Pedro
Alonso Lopez nasceu em Santa Isabel, na vila de Tolima, Colômbia, no
dia 8 de outubro de 1948. Seu pai, Megdardo Reyes, membro do Partido
Conservador da Colômbia, morreu na guerra civil quando faltavam 6
meses para o nascimento de Pedro... este era o sétimo em uma família
de treze filhos marcada pela miséria.
Meses
depois, morando em El Espinal, segundo Pedro, sua mãe, Belinda Lopez
Castaneda trabalhava como prostituta em casa, onde a sala foi
separada apenas por uma cortina... do outro lado, a mãe recebia seus
clientes, sendo possível as crianças presenciarem as interações
obscenas entre eles.
Aos
8 anos de idade, a mãe pegou Pedro acariciando os seios de sua irmã
mais nova, sendo expulso de casa e colocado em um ônibus que o
deixou a cerca de 200km da família. A mãe de Pedro nega esse fato e
diz que sempre pensou que o filho tivesse sido sequestrado na época
de seu desaparecimento.
Mentira
ou não, Pedro acabou nas perigosas ruas da Colômbia, país que na
época tinha uma alta taxa de criminalidade. Um homem idoso o abordou
na rua – ainda com seus 8 anos de idade – aproximou-se
educadamente oferecendo comida e lugar para morar... menino ingênuo,
concordou e foi com o estranho, que em vez do prometido, o levou a um
prédio abandonado e o sodomizou por várias vezes, abandonando-o na
rua depois...
Mais
tarde, disse: “Eu perdi minha inocência com 8 anos de idade,
então, eu decidi fazer o mesmo com o maior número de jovens que
pude...”
A
partir de então, desconfiado e aterrorizado, passou a dormir em
becos e boxes vazios de mercado, de cidade em cidade, vivendo de modo
precário. Para viver nas ruas, foi obrigado a se associar a outros
meninos para se proteger de possíveis estupradores e ladrões,
aprendeu a fumar crack e a lidar com facas em brigas de rua.
Em
Bogotá, com 9 anos de idade, conheceu um casal de idosos que –
desta vez, era verdade – lhe forneceu comida e casa, inscrevendo-o
em uma escola para órfãos. Tudo correu bem por aproximadamente três
anos. Aos 12 anos, um professor violentou Pedro, que resolveu fugir
com o dinheiro da escola... voltou às ruas.
Nos
primeiros anos procurou trabalho, mas nunca encontrou ou se fixava em
algo por sua falta de experiência e baixa escolaridade, então,
passou a viver de furtos, sofrendo frequentes prisões, onde sempre
acabava libertado – mas nunca sem antes levar uma boa surra...
Aos
21 anos, foi acusado por roubo de um automóvel e acabou preso...
após 2 dias na cadeia, foi agarrado por dois detentos mais velhos e,
novamente, violentado pelos membros da gangue da prisão, um risco
que corre todo detendo mais jovem nas prisões de todo o mundo. Não
reclamou... pelo contrário, Pedro fez uma faca grosseira e matou
três dos membros da gangue nas duas semanas que se seguiram... foi
reconhecido como “legítima defesa”, gerando um acréscimo de
apenas dois anos à sua sentença.
Vítimas
Ao
ser libertado da prisão, Pedro deu início à sua vingança, caçando
meninas. Viajou por quase todo o Peru, deixando uma estimativa de
aproximadamente 100 (cem) meninas estupradas e assassinadas. Parece
que raptava crianças indígenas, porém, foi capturado por um grupo
de Ayachucos no norte do Peru, ao tentar raptar uma menina de 9 anos.
Pedro foi espancado, desnudado e torturado e, quando estavam para
enterrá-lo vivo, uma missionária americana interveio,
convencendo-os a entregá-lo para a polícia. Pedro foi deportado em
alguns dias, com as autoridades se recusando a ouvir as reclamações
dos índios.
Então,
Pedro retornou a viajar por toda a Colômbia e Equador, selecionando
suas vítimas... uma onda de meninas desaparecidas foi inscrita como
obra de ligas de escravidão ou prostituição, mas sem qualquer
evidência firme sobre essas suspeitas.
Vítimas
Em
1980, com a inundação ocorrida próximo a Ambato, Equador, os
corpos de quatro crianças desaparecidas foram revelados. Dias
depois, Carvina Poveda observou Pedro deixando mercado de Plaza Rosa
com sua filha de 12 anos... perseguiu Pedro, que foi capturado pelas
pessoas da cidade e detido pela polícia, que começou a suspeitar.
Mediante
o silêncio de Pedro, vestiram o padre Córdoba Gudino com roupas de
presidiário e o colocaram na cela de Pedro... Gudino ganhou sua
confiança e trocaram histórias sobre crimes a noite toda...
confrontado com as confissões feitas ao padre, Pedro se abriu
fazendo uma confissão completa.
Vítimas
Pedro
disse que “andava pelas ruas à procura de uma menina com um certo
olhar no rosto, um olhar de inocência e beleza”. Sobre sua
tendência à pedofilia, disse: “É como comer frango... por que
comer frango velho quando você pode ter pinto?”; “Eu queria
tocar o mais profundo prazer e profunda excitação sexual, antes de
sua vida murchar”.
Segundo
Pedro, ele assassinou pelo menos 100 meninas no Equador, talvez 100
na Colômbia e “muito mais que 100” no Peru... dizia “gosto de
meninas do Equador, elas são mais gentis e confiáveis... elas não
desconfiam de estranhos como as meninas colombianas”.
No
início, a polícia não acreditava nas grandiosas alegações do
suspeito, mas as dúvidas se acabaram quando Pedro levou os detetives
para 53 covas próximas à Ambato, ficando acorrentado enquanto os
policiais desenterravam os restos de meninas de 8 e 12 anos... em 28
outros locais, os investigadores voltaram sem nada devido a incursões
de animais predadores, mas a polícia já estava convencida...
Acusado
por 53 homicídios, viu essa estimativa aumentar para 110 como
resultado de suas confissões... condenado em 1981 por assassinato no
Equador, Pedro foi sentenciado ao máximo de pena permitido no país:
16 anos. Com o tempo, por bom comportamento, Pedro se tornou elegível
para a condicional em 1990.
Frase
de Pedro: “Foi um momento divino, quando eu coloquei minhas mãos
em volta do pescoço das meninas e vi a luz de seus olhos
desaparecer... só quem mata sabe o que estou dizendo...”.
Após
ter cumprido 14 dos 16 anos da pena máxima no Equador, foi libertado
em 1994, e encaminhado à Colômbia, onde foi declarado insano e
internado em um hospital psiquiátrico até 1998, onde ganhou a
liberdade após ser declarado “são”, sob fiança de 50 dólares
e a condição de informar o Judiciário todo o mês... isso nunca
aconteceu.
Em
2002, a Interpol emitiu uma ordem de prisão contra Pedro por
suspeita de um assassinato em El Espinal... nunca mais foi visto.
Uma das
frases “filosóficas” de Pedro: "O tempo da morte é
apaixonante e emocionante. Algum dia, quando solto, vou sentir esse
momento de novo. Feliz por voltar a matar. É a minha missão. "
Fonte:
Asesinos en serie (site espanhol)
Murderpedia.org
Enciclopédia
de Serial Killers, de Michael Newton
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