sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

JORDAN BROWN, EUA - Anjos Assassinos



Christian Brown, pai de Jordan, descreveu o menino como uma criança normal, alegre e carinhosa. Sua mãe declarou: “Não sei o que aconteceu naquela casa, mas eu sei que o meu filho não fez aquilo. Jordan era uma típica criança de 11 anos, muito alegre e carinhoso”.

No entanto, a polícia afirma que essa mesma criança carinhosa, no dia 20 de fevereiro de 2009, encostou uma espingarda calibre 20 na cabeça de sua madrasta grávida de 8 meses, Kenzie Houk (26) e puxou o gatilho. Ela e o bebê faleceram. Então, Jordan guardou a arma, pegou sua mochila e foi para a escola como se nada tivesse acontecido e, quando perguntado pela polícia o que tinha acontecido, disse que viu uma camionete preta rondando o local.

O CRIME

Na quinta, 19 de fevereiro de 2009, Jordan entrou no ônibus escolar, como sempre faz, na Pensilvânia. Sexta, dia 20, foi diferente. Segundo a polícia, antes de deixar a fazenda onde morava com seu pai e a madrasta em Wanpum, Pensilvânia, Jordan matou com um tiro na parte de trás da cabeça sua madrasta grávida, enquanto deitada na cama. Colocou a arma, uma espingarda calibre 20, de volta em seu quarto e saiu para pegar o ônibus. O bebê faleceu poucos minutos depois por falta de oxigênio, segundo os peritos.

Kenzie e suas filhas Jenessa e Adalynn

A família de Kenzie Houk (madrasta de Jordan), disse que eles tiveram problemas de relacionamento com Jordan. O menino tinha ciúmes da madrasta com seu pai. O irmão de Houk, Jack, disse que a gravidez de Kenzie só agravou a situação entre eles.

Segundo a polícia, a espingarda usada é projetada para crianças, tendo um braço mais curto e que essas armas não (ou costumavam) ser registradas. O irmão de Kenzie disse que o menino e seu pai praticavam tiro atrás da fazenda em que moravam e que caçavam juntos.




REPERCUSSÃO

O caso teve repercussão mundial, pois, como Jordan seria julgado como adulto com apenas 11 anos de idade, poderia ser a pessoa mais nova da história dos EUA a ser condenada à prisão perpétua.

As declarações de um psicólogo do Shadyside Hospital, em Pittsburgh, afirma que o cérebro humano não se desenvolve plenamente antes dos 25 anos, e que, provavelmente, Jordan entende a diferença entre o bem e o mal, mas as chances de entender as consequências de suas ações da mesma forma que entenderia com 21 anos são poucas...

Se Jordan fosse julgado como adulto, seria condenado a uma pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.

Segundo Michelle Leighton, diretora do Programa de Direitos Humanos da Universidade de San Francisco, existem 8 casos em que crianças de 13 anos ou mais foram condenadas à prisão perpétua sem liberdade condicional, porém, não há nenhum caso de crianças com idade menor que essa. De acordo com Michelle, “é injusto sentenciar nossas crianças a morrer na prisão”, e afirma que os EUA são o único país que sentencia suas crianças à morrer na prisão, colocando o Estado da Pensilvânia como o que aplica prisão perpétua em pessoas mais jovens do que qualquer outro Estado.

Para Michelle, Jordan é “uma criança extremamente perturbada, mas isso não faz dele um adulto e não podemos fingir que ele é um adulto. Sua condenação como adulto não traz os mortos de volta”.

Na Pensilvânia, qualquer pessoa a partir dos 10 anos é julgada automaticamente pelo tribunal de adultos. O advogado de defesa, Dennis Elisco, esclarece: “Quando essa lei foi aprovada, anos atrás, havia um sério problema com gangues que recrutavam garotos de 10 ou 11 anos para cometer assassinatos. Num caso desses, eu concordaria com a prisão perpétua. Mas Jordan é um exemplo oposto”.

A estratégia dos advogados de defesa é transferir o caso para a corte juvenil – existem precedentes para a concessão de tal medida:

→ no ano de 2007, uma menina da cidade de Elizabeth Township, na Pensilvânia, disse que matou a tiros seu pai porque ele abusava sexualmente dela. Rachel Booth, de 13 anos, atirou no rosto de seu pai com uma espingarda calibre 12 enquanto ele dormia. Um acordo com o Ministério Público transferiu seu caso para a corte juvenil, o que impediu sua prisão;

→ Timothy Fullum, de Homewood, também teve seu caso transferido para a corte juvenil em 2004. Com 16 anos, ele esfaqueou seu amigo, Israel Cyrus, de 15 anos, durante uma briga. Permaneceu em uma instituição para jovens até seus 21 anos;

Desde que fora acusado em 2009, Jordan permaneceu na detenção para jovens.

A pressão da opinião pública e de organizações governamentais deu resultado: Jordan foi julgado pela corte juvenil no dia 13 de abril de 2012, considerado “delinquente” (o que, na corte juvenil, é similar à “culpado” na corte comum, para adultos) e ficará em uma instituição para jovens delinquentes até seus 21 anos.

Em maio deste ano (2013), Jordan teve sua transferência aprovada para outro instituto de jovens, no centro da Pensilvânia (mais próximo de casa), em uma audiência fechada para o público. Ainda, a Corte de Apelações da Pensilvânia anulou a decisão que condenou Jordan, no condado de Lawrence, sendo necessário um novo processo para o garoto que agora conta com 15 anos de idade, decisão esta que frustou a família de Kenzie.


MOTIVO DA ANULAÇÃO

Segundo a Corte, as evidências apresentadas no julgamento de 2012 não eram suficientes para a acusação; para eles, existe um espaço de 45 minutos entre o horário em que Jordan e uma das filhas de Houk pegaram o ônibus para a escola e o horário em que uma empresa de corte de árvores chega ao local para trabalhar. A acusação não teria apresentado nenhuma evidência de que alguém teria ou não entrado na casa durante esse tempo.

Segundo o depoimento do trabalhador da empresa de corte de árvores, ele apenas observou pegadas de criança na neve... no entanto, a acusação omitiu esse espaço temporal e desconsiderou a possibilidade de outra pessoa qualquer ter se aproximado da residência naquela manhã.

De acordo com a Corte Superior, não há impressões digitais na arma, nem sangue nas roupas de Jordan; resíduos de pólvora foram encontrados em sua camisa e calças, mas não fizeram o exame em suas mãos.

Estamos no quinto ano deste caso e, segundo os próprios advogados de defesa de Jordan, não sabem o que pode acontecer daqui por diante... Em junho deste ano (2013) a Corte Superior da Pensilvânia se manifestou no sentido de que não deseja reaver os argumentos do apelo de Jordan.

Fonte: Murderpedia
           News Online – Pittsburgh CBS Local
           Post-Gazette Pittsburgh



KLARA MAUEROVA - Paladares Excêntricos

Klara e seus filhos, Ondrej e Jakub

Klara nasceu em 1975. Era uma garota desajustada, cujas frequentes explosões místicas foram comparados com Joana D'Arc e sempre disse que se destinava a servir em uma missão designada por Deus. Sua irmã mais nova, Katerina, tinha uma personalidade semelhante e juntas fantasiavam constantemente sobre as coisas que fariam quando tivesse oportunidade.

Klara chegou a ir para a faculdade, mas nunca conseguia se libertar de suas manias religiosas. Foi viver com um homem, ainda nessa época, com quem compartilhou uma vida de sexo tórrido, segundo suas declarações. Engravidou e teve 2 filhos: Ondrej e Jakub.

Após a separação, causada por seu caráter violento, Klara ficou sozinha com as crianças. Apesar de suas excentricidades, era uma boa mãe, passava o tempo com seus filhos, amando e cuidando deles. Sentindo-se sozinha, convidou sua irmã, Katerina, para viver com ela e seus 2 filhos.

Klara e Katerina conheceram Barbora Skrlova, 33 anos, na universidade. Esta tinha uma doença rara glandular: tinha a aparência de uma menina de 12 anos e constantemente se dizia menor para escapar de punições ou qualquer ação legal que pudesse sofrer. Barbora foi adotada por um casal, porém, violenta, passou um tempo em uma instituição mental da qual fugiu.

A presença de Barbora mudou muitas coisas na vida de Klara e Katerina. A psicopatologia destas aflorou com a sutil lavagem cerebral feita por Barbora. Psiquiatras que avaliaram Klara a identificaram com uma espécie de “distúrbio psíquico grave de dissociação da identidade”.


TRANSFORMAÇÃO

Influenciadas por Barbora, Klara e Katerina ingressaram em uma seita chamada Movimento do Graal, que alegavam ter centenas de seguidores na Grã-Bretanha e dezenas de milhares de pessoas no mundo, e baseava-se em escritos feitos entre 1923 e 1938, por Oskar Ernst Bernhardt, coletadas na mensagem do Santo Graal, na qual ele afirma que o homem pode chegar ao céu fazendo o bem sobre a terra.

Mas a realidade era diferente. Um dos preceitos do grupo era de que seus membros estavam livres de tabus sociais, como o canibalismo, incesto e assassinato. Seu líder era conhecido apenas como “O Doutor”, que se comunicava com seus seguidores somente por meio de mensagens de texto enviadas a seus telefones celulares. Esse líder apoiava escravidão, abuso de crianças e promiscuidade sexual, em um suposto sentido libertário.

Influenciadas por Barbora, Klara raspa a cabeça, tira as sobrancelhas, usa vestido esfarrapado e para de tomar banho. Sua irmã Katerina apoiava suas ações. Barbora tinha comportamento duplo: em alguns momentos, se comportava como uma mulher adulta; em outros, como uma criança. Barbora tinha ciúmes da atenção dispensada por Klara a seus dois filhos. Klara, então, aconselhada por Barbora, começou a puni-los.

Desesperada com o 'mau comportamento' dos filhos, Klara novamente aconselhada por Barbora mandou construir duas jaulas de ferro para seus dois filhos, deixando-os nelas em tempo integral e, às vezes, algemados em tábuas por várias horas.


O HORROR

Agosto de 2006. As jaulas foram colocadas no porão com as crianças, despidas, recebendo comida através das barras. Elas não sabiam que permaneceriam lá por cerca de 8 (oito) meses!!!

Klara e Katerina começaram a torturar as crianças: queimavam seus braços e pernas com cigarros, amarravam e amordaçavam-nas quando recebiam visitas, batiam neles com cintos e tentavam afogá-los; também davam choques elétricos através das barras e foram abusados sexualmente. Jogavam baldes de água fria para limpá-las uma vez por semana, dormiam no chão sem cobertores, com fezes e urina. Nem sempre eram alimentados e se chorassem, eram espancados através das grades. Eram obrigados a beber o próprio vômito e se cortar com facas para deleito dos parentes.

Começaram, então, a alimentá-los demais para que ganhassem peso. Então, Klara pegou uma faca afiada e pediu para que Ondrej tirasse um pedaço de sua perna. Depois que ele o fez, Katerina e Barbora agarraram o menino enquanto Klara, a mãe, esfolava o braço de Ondrej, seu filho. O menino gritou de dor e terror, observado por seu irmão que também chorava muito. Às vezes comiam pedaços do garoto na frente deles, o que provocava o choro da criança.

Jakub permaneceu assim um mês, imaginando que um dia aconteceria com ele o mesmo que aconteceu com seu irmão. Então, primeiro, sua mãe rasgou pedaços de um braço, então, todos os meses o ritual se repetia: Klara rasgava os pedaços de carne de uma das crianças e depois devoravam as três.


A DESCOBERTA

Barbora, então, teve uma ideia que foi sua ruína: Katerina comprou em uma loja de eletrônicos uma câmera de vigilância sem fios, usada para monitorar bebês. Colocaram no porão para que, através dela, pudessem ver o que as crianças estavam fazendo e também quando eram torturados.

Reviravolta: um vizinho instalou uma câmera para monitorar o quarto de seu filho recém-nascido, porém, por um erro de transmissão, captaram imagens de 3 mulheres torturando crianças. Passados alguns dias, ele percebeu que estava interceptando o sinal que vinha da casa vizinha, reconhecendo Klara; então, gravou as imagens e chamou a polícia.

Dez de maio de 2007. Policiais chegaram à casa de Klara que se colocou na porta do porão com sua irmã, Katerina, tentando impedir a entrada da polícia. Os policiais as algemaram e levaram para a viatura e, em seguida, quebraram os cadeados encontrando o horror.

O cheiro de sangue, sujeira, urina e fezes era esmagadora. O chão estava pegajoso e as paredes tinham manchas de sangue seco. Jakub (7) estava desmaiado, enquanto Ondrej (10), em choque, sangrava e chorava muito. Ambos tiveram ferimentos terríveis, partes do corpo comido e quase sem carne.

Em frente da gaiola tinha uma menina, segurando um ursinho de pelúcia e, ao ver os policiais, correu para seus braços dizendo se chamar 'Anika', tinha 12 anos e era filha adotiva de Klara. Os agentes a levaram de lá rapidamente e, ao ganhar a rua, a garota contou à polícia que tentou desesperadamente abrir a gaiola de ferro para escapar: era Barbora, que tinha de novo usado o artifício para fugir.

O caso foi um escândalo. As crianças foram hospitalizadas e poderiam testemunhar no julgamento contra sua mãe e tia, contando os horrores vividos na jaula durante quase um ano. As duas mulheres culparam Barbora, mas não conseguiram localizá-la, pois, fugira para a Noruega, com identidade falsa dizendo chamar-se 'Adam', com 13 anos. Um casal norueguês a adotou e a matriculou na escola primária. Levou quase um ano para a polícia a encontrar. Presa na Noruega, seus pais adotivos ficaram chocados quando souberam que se tratava de uma mulher de 36 anos, não de uma menina de 13.

Extraditada para a República Tcheca, foi julgada junto com Klara e Katerina, e sua vida e personalidade inspirou o filme “A Órfã”, que trata da capacidade da protagonista para enganar pessoas, colocando-se como menor de idade e mascarando seus ataques psicopatas.

No tribunal, Klara confessou torturar os filhos, mas alegou ter sido influenciada por Katerine e Barbora. Os policiais também tomaram conhecimento de mensagens enviadas por um sujeito apelidado “Doutor”. Ele teria enviado uma série de mensagens explicando como torturá-las.

Coisas terríveis aconteceram. Eu percebo isso e não consigo entender como poderia ter permitido tudo isso”, dizia Klara Mauerova.

Klara Mauerova recebeu pena de 9 anos de prisão por tortura; Katerina, a mais atuante na tortura, recebeu pena de 10 anos de cadeia. Barbora e outro membro do grupo, Jan Turek, receberam 5 anos de cadeia e, outros dois membros, Hana Basova e Jan Skrla receberam 7 anos de cadeia cada um.

Link para as fotos do caso: http://sdrv.ms/11IwCh7


ACLIDES MARCELO GOMES, o "Menino Mau"

Aclides em dois  momentos:
no dia de sua prisão e no dia de seu julgamento (de óculos)

Aclides, nascido em 17 de dezembro de 1978, com 33 anos, mato-grossense de Rosário Oeste, se dizia pintor de paredes. Seu lazer era fumar maconha, o que o deixava sadicamente alterado, pois, após consumi-la, partia para a prática de assaltos violentos e assassinatos, que o tornavam pior entre os mais malvados assassinos de Cuiabá. Seu advogado tentou alegar semi-insanidade devido a “distúrbios psicológicos causados por problemas familiares” já que ele fora abandonado por sua mãe, que era prostituta, e seu pai, o dono do prostíbulo.

Sua fama provém da adolescência, fase em que preferia ser chamado de “Menino Mau” à “bad boy” para não ser confundido com os machões de classe média da época e porque fumava maconha na companhia de outros dois amigos, cuja alcunha era “Boneco” e “Muié”. Com 20 anos de idade, já tinha matado 5 pessoas.

Nunca houve dúvidas quanto à masculinidade de Aclides, pois, era o mais cruel dos cobradores do tráfico de Cuiabá: sua marca registrada era o esmigalhamento dos crânios de suas vítimas (!!!!).

Escapou várias vezes dos cercos policiais até que, como considerado executor da “Chacina do Altos da Serra”, e andava despreocupado pelos bairros pobres de Cuiabá, acabou surpreendido na cama com duas mulheres. Tentou fazê-las reféns mas, não deu certo... foi preso em 20 de junho de 2001 e nunca mais saiu...

Ganhou notoriedade quando executou 6 pessoas de uma só vez no crime que ficou conhecido como a “Chacina dos Altos da Serra”, em 28 de março de 2001, às 1h30min, bairro onde morava.



Na ocasião, acredita-se que o traficante Edmilson dos Santos Siqueira ordenou que Aclides matasse sua concorrente, a traficante Gonçalina Guia Campos, de 35 anos, conhecida como “Simone”, dona de um ponto de venda de maconha, com o preço mais baixo da região.

Aclides e mais dois cúmplices foram ao local onde ocorria a venda de drogas e, enquanto seus comparsas torturavam os fregueses, ele provou a droga: Aclides ficou fora de si. Matou Gonçalina e os 5 fregueses, e esmigalhou seus crânios. Uma pessoa sobreviveu por fingir que estava morta. Além da assinatura deixada, os matou na frente dos dois filhos de Gonçalina – na época com 12 e 14 anos – testemunhas principais da chacina.

Edmílson, possível mandante

Ao ser preso, não confirmou o traficante Edmilson como mandante. Disse que teve um desentendimento com Gonçalina porque ela não queria lhe fornecer drogas. Tragicamente, as testemunhas do Ministério Público foram assassinadas: uma na própria casa e a outra na cela de um presídio.

As vítimas deste episódio foram o pedreiro João Severino da Silva; Eleonice da Costa Oliveira, a “Rosinha” (25); Gonçalina Guia de Campos (35); Antonieldes da Silva Nascimento (18); o travesti Vanderley Kilses, a “Amapoula” (35) e um homem não identificado que teve o corpo carbonizado.

Gonçalina foi brutalmente espancada e teve o corpo arrastado para fora da casa, quando os assassinos enrolaram sua cabeça com arame farpado e a deixaram agonizando até amanhecer. Revirada a casa em busca de pasta-base, nada encontraram... a droga só foi encontrada pela perícia durante a necropsia de Gonçalina: estava dentro de sua vagina (!!!).

Em 20 de março de 2009, Aclides foi condenado à 48 anos de prisão pela Chacina de Altos da Serra.

No dia 09 de outubro de 1999, às 20h30min, Aclides matou a tiros o chapeiro Luciano Rodrigues de Magalhães. Foi condenado, no dia 18 de fevereiro de 2011, à 13 anos de reclusão. Somavam-se, então, aproximadamente 100 anos de prisão e, segundo a sentença, além de antecedentes criminais, Aclides contava como crimes supervenientes mais de 10 homicídios, roubos, tráfico e uso de substância entorpecente.

No dia 19 de setembro de 2012, Aclides foi pronunciado pelo assassinato de Alexandre da Costa Meira, no dia 09 de dezembro de 1999, à 1h da manhã, na Avenida Jurumirim, bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Esse processo recebeu o número 2585-72.2007.811.0042 e aguarda a marcação da data do julgamento. Não houve recurso contra a sentença de pronúncia. Dados encontrados no processo.

No dia 30 de julho de 2013, Aclides foi condenado às penas do artigo 121, §2º, inciso II do Código Penal, à 5 anos e 5 meses de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de Mário Cristo de Jesus, fato ocorrido no dia 25 de outubro de 2000, às 18h50min, no bairro Pedregal, em Cuiabá (processo n. 9561-03.2004.811.0042)


DADOS DO PROCESSO DO MENINO MAU

01- Exec. Penal extraída da ação penal n. 002/03 do juízo da 1ª VC da Capital, pena de 08 anos e 08 meses de reclusão, em regime fechado, art. 121, § 2º inciso II e IV, c/c art. 14 inc. II do C.P., sendo o trânsito em 06/10/2003.

02- Exec. Penal extraída da ação penal n. 41/03 do juízo da 1ª VC da Capital, pena de 06 anos de reclusão e 01 mês de detenção, art. 121, "caput" do C.P., sendo o trânsito em 04/11/2003.

03- Guia de Execução Penal Provisória recebida da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, extraída do Processo Crime nº 2003/54, sendo o réu condenado por infração ao art. 121, § 2º, III do CP, a pena de 12 (doze) anos de reclusão, em regime fechado, sendo o trânsito para o MP em 10/11/2003. Vítima: Isael José de Moraes.

04-Guia de Execução Penal definitiva, recebida da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT, extraída do Processo Crime n.º 68/2003, sendo o réu condenado por infração ao art. 121, § 2º, incisos I e III, do CP, a pena de 12 anos de reclusão, em regime fechado, cuja sentença transitou em julgado no dia 09/02/2005 para o MP e para a Defesa. Vitima: Elvis Correa da Conceição.

05- Guia de execução definitiva recebida da 7º Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, extraída do processo crime n.º 2001/111, sendo o réu condenado por infração do art. 157, § 2º, inciso I do CP, a pena de 08 anos e 03 meses de reclusão, em regime fechado, bem como ao pagamento de 30 dias-multa, cuja sentença transitou em julgado no dia 09/11/2005 para o MP e no dia 04/11/2005 para a Defesa. Vítima: Ailton Monteiro de Magalhães.

06- Condenado a 4 anos e 4 meses de reclusão em regime semi aberto e 1 ano de detenção, nas sanções do Art. 121, "Caput" c/c Art. 14, II do CP. Pelo Juiz prolator Dr. Adilson Polegato de Freitas, Proc. N. 016/02.

07- Guia de Execução Penal Definitiva recebida da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, extraída do Processo nº 2005/78, sendo o Réu condenado por infração do Art. 121, caput c/c Art. 14, inciso II, ambos do CP, a pena de 02 anos e 04 meses de reclusão, em regime fechado, cuja sentença transitou em julgado em 02/05/2007 para a MP, defesa e Réu.

08- Guia Definitiva da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, ref. processo nº 7/2009, infração do art. 121, § 2º, incisos I e IV, c/c art.121, § 2º, incisos I, III, IV e V, c/c art. 121, § 2º, incisos I, IV e V, c/c art. 121, § 2º, I, IV e V c/c art. 14, inciso II, c/c art. 71, § único, todos do CP, com as implicações da Lei nº 8.072/90, a pena de 48 anos de reclusão, em regime Fechado, sendo transitado em 27/03/2009-MP e 01/04/2009-Defesa. Chacina de Altos da Serra.

09- Guia de Execução da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, processo 8828-32.2007.811.0042, por infração do art. 121, §2º, inciso IV, c/c art. 65, inciso I e II, alinea "d" do CP, pena de 13 anos de reclusão. Regime inicialmente fechado. Transito em julgado MP. 25/02/2011. Defesa 02/03/2011. Vítima: Luciano Rodrigues de Magalhães.


Atualmente, é pastor da igreja Deus é Amor onde cumpre pena, segundo informações, na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

Fonte: Olhar Direto.com – Diário de Cuiabá
           Pau-rodado.blogspot
           Confraria do Juri.com

           Gazeta Digital

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

GERTRUDE BANISZEWSKI, a "Mãe Torturadora" - Indianápolis/EUA



Por mais que leia sobre as mais variadas atrocidades, não tem como dizer que já me acostumei e nada mais me surpreende... mais uma vez, fiquei chocada e, acreditem se quiser, ainda não tive coragem de assistir ao filme, embora saiba que as cenas não são reais mas, o problema é que conhecemos a história da vítima e imaginamos seu sofrimento – que, claro, é MUITO MAIOR do que o demonstrado pela atriz que representa a cativa... saber que existem pessoas que usam um invólucro para esconder sua real personalidade assusta a qualquer um e, apesar da minha indignação, acho necessário sabermos do que um ser humano é capaz, e que nem sempre aquilo que nossos olhos estão vendo corresponde com a realidade... que pode ser muito pior do que imaginamos...


Gertrude nasceu dia 19 de setembro de 1929, sendo a terceira criança em uma família de seis filhos. Em 1940 viu seu pai, a quem tinha maior apego, ter um infarte e falecer. Cinco anos depois, com 16 (dezesseis) anos de idade, largou a escola para se casar com o deputado John Baniszewski, de 18 anos, com quem teve 4 (quatro) filhos. Embora o temperamento difícil de John, permaneceram casados por dez anos.

Teve um rápido casamento com um homem chamado Edward Guthrie e, depois, casou-se novamente com John, tendo mais 2 (dois) filhos, antes de se divorciarem definitivamente em 1963. Com 34 anos de idade, Gertrude se mudou com Dennis Lee Wright, de 23 anos, que abusou muito mais dela. Após o nascimento de seu filho, Dennis Jr., Wright desapareceu, deixando Gertrude sozinha.

A partir deste momento, Gertrude teve que se virar com a pensão incerta oferecida por seu ex-marido John, o trabalho de baby-sitter e lavando roupas de outras pessoas. Os problemas financeiros de Gertrude pioraram quando descobriu que sua filha Paula, de 17 anos, estava grávida de 3 (três) meses de um homem mais velho e casado.

A saúde de Gertrude não ia bem. Apresentava uma série de enfermidades não identificadas, não praticava higiene adequada, não comia, o que culminou por afetar sua aparência – queda de cabelos, magra como um esqueleto, olhos encovados. Embora ainda jovem, passou a se comportar como uma senhora, alegando que permanecia casada com Dennis (omitia seu desaparecimento), o que conferiu a ela um verniz de respeitabilidade.

Os filhos de Gertrude são:
Paula Baniszewski
Stephanie Baniszewski
John Baniszewski Jr.
Marie Baniszewski
Shirley Baniszewski
James Baniszewski
Dennis Lee Wright Jr.


OPORTUNIDADE

Em julho de 1965, recebeu uma proposta irrecusável: cuidar de duas adolescentes – Sylvia Marie Likens, 16 anos, e Jenny Faye Likens, 15 anos, enquanto seus pais viajavam a trabalho – Lester e Betty Likens trabalhavam em um parque de diversões. Mandariam para Gertrude 20 dólares por semana.

As meninas frequentavam a mesma escola que os filhos de Gertrude, todos frequentavam a mesma igreja aos domingos, enfim, Gertrude PARECIA ser a pessoa ideal...

Quando o primeiro pagamento dos pais das meninas atrasou, Gertrude bateu nelas. A partir daí, as meninas apanhavam por comer doces que Gertrude as acusava de ter roubado – na verdade, as meninas tinham comprado! Era o início do calvário das adolescentes...


CASA DOS HORRORES
3850, East New York Street

Em agosto de 1965, Gertrude começou a abusar física e verbalmente de Sylvia, permitindo que seus filhos a agredissem, empurrando-a da escada.

Um dia, quando as irmãs Likens e os filhos de Gertrude voltaram da igreja, estes disseram à mãe que estavam revoltados com a quantidade de comida que viram Sylvia comer. Então, Gertrude disse à Sylvia que estava chateada com o que Sylvia faria para arruinar sua aparência e forçou a menina a comer um cachorro-quente lotado de condimentos. Quando Sylvia vomitou, Gertrude a obrigou a comer o vômito. Logo depois, receberam a visita dos pais de Sylvia e Jenny, que foram obrigadas a não falar nada sobre o acontecido.

Ao ouvir Sylvia comentar que deixou um rapaz beijá-la, Gertrude acusou Sylvia de ser prostituta, deu sermões sobre a podridão, sujeira de prostitutas e mulheres em geral – como se ela fosse melhor. Suspeita-se de que Gertrude fosse pedófila. Disse a todos da casa que Sylvia estava grávida e chutou-a várias vezes na virilha. Quando Sylvia tentou se sentar, a filha de Gertrude, Paula, a jogou para fora da cadeira e disse: “Você não tem permissão para se sentar em cadeiras”. A partir de então, Sylvia só podia sentar-se em cadeiras com a permissão de Gertrude.

Quando as irmãs Likens comentaram ter visto as filhas de Gertrude – Paula e Stephanie – fazerem sexo com garotos da escola em troca de dinheiro, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, 15 anos, outros amigos da escola e meninos da área foram chamados por Gertrude para bater em Sylvia. Gertrude chegou a forçar Jenny a bater na própria irmã.

O casal Phyllis e Raymond Vermillion se mudaram para a casa ao lado de Gertrude e imediatamente notaram o abuso e violência cometidos contra as Likens. Ao fazerem um churrasco para confraternizar as duas famílias, Phyllis percebeu Sylvia caminhando pelo quintal com um olho totalmente roxo. Paula, filha de Gertrude, orgulhosamente disse que ela tinha feito aquilo com Sylvia e, em seguida, pegou um copo de água fervente e jogou no rosto da menina. Nenhum dos Vermillion relatou o incidente às autoridades.

Dois meses depois, Phyllis foi à casa de Gertrude pedir alguma coisa e notou Sylvia vagando como se estivesse em transe com os lábios inchados e um olho roxo totalmente inchado. Para demonstrar como fora o ocorrido, Paula tirou seu cinto e começou a bater em Sylvia na frente de Phyllis que, mais uma vez, nada relatou às autoridades.

Certa vez, Sylvia pegou uma roupa de educação física da escola – mesmo sendo impedida por Gertrude de ir às aulas. Gertrude encontrou a roupa e arrancou a confissão de Sylvia através de espancamento e queimando-a com pontas de cigarros, prática que se tornou rotina.

Gertrude chamava os amigos da vizinhança para queimar Sylvia diariamente. A este ponto, Gertrude tirara Sylvia da escola, acusou-a novamente de prostituição, forçou-a a se despir e a inserir uma garrafa de Coca-Cola em sua vagina na presença de um grupo de meninos da vizinhança.

Coy Hubbard passou a frequentar a casa de Gertrude, pois, ela ensinaria judô ao menino praticando em Sylvia.

Gertrude convenceu a melhor amiga de Sylvia – Anna Sisco, 13 anos – de que ela tinha dito aos meninos da escola que a mãe de Anna era prostituta. Chamou Anna à sua casa e a incentivou a agredir Sylvia. Logo depois, Gertrude disse a uma das amigas de Paula, sua filha, uma garota chamada Judy Duke, que Sylvia tinha espalhado rumores sobre sua mãe, fazendo com que as meninas se unissem e fossem espancar Sylvia.


O PORÃO

A partir de então, Sylvia ficou com incontinência urinária e Gertrude decidiu que a menina não poderia mais conviver com os demais, trancando-a no porão da casa. A ausência de local apropriado forçou Sylvia a defecar e urinar no chão e, quando Gertrude viu, deu início a um regime de banho para limpar Sylvia, a quem ela chamava de “menina suja”.

O “regime” consistia em encher uma banheira com água fervente, amarrando os pulsos e tornozelos de Sylvia e a mergulhando nela. Isso acontecia uma ou várias vezes ao dia e, após os banho, Paula esfregava um punhado de sal sobre o corpo nu de Sylvia. Raramente era alimentada e passava a maior parte do tempo nua. Por várias vezes John Jr., de 12 anos, a fazia comer suas próprias fezes, vômito e urina. Quando autorizada a comer algo “normal”, tinha que ser de forma diferenciada, como uma vez a fizeram comer uma sopa com os dedos.

Durante esse período, Gertrude acolheu como seu assistente um garoto da vizinhança, Ricky Hobbs, de 14 anos – suspeita-se de que ela mantinha um caso com o garoto (daí a suspeita de pedofilia) – que seguia cegamente as ordens de Gertrude. O garoto exemplar experimentara uma mudança brusca de personalidade ao lado de Gertrude.

Os filhos de Gertrude também ganhavam dinheiro com Sylvia, chamando garotos da área para se divertir vendo-a nua ou empurrando-a da escada para o porão.


ACENDE-SE UMA LUZ

Jenny conseguiu fazer contato com a irmã mais velha, Diana Likens, através de uma carta em que descreveu os horrores que ela e Sylvia, principalmente, vinham sofrendo, pedindo que Diana chamasse a polícia. Diana ignorou a carta acreditando que Jenny só estava descontente com alguns castigos e inventou histórias para poder morar com ela.

Algum tempo depois, Diana foi visitar as irmãs e Gertrude se recusou a deixá-la entrar, o que chamou a atenção de Diana. Ela, então, se escondeu perto da casa e, quando avistou Jenny, se aproximou dela que disse que não poderia falar com ela e saiu correndo.

Preocupada, Diana chamou o serviço social, contando que Gertrude lhe disse que tinha mandado Sylvia embora por esta ser uma prostituta imunda e, desde então, nunca mais a viu. Quando o assistente social chegou à casa de Gertrude, esta mandou Jenny mentir, ameaçando-a. Jenny, então, disse que Sylvia tinha fugido. O assistente social, então, voltou ao seu escritório e preencheu a papelada dizendo que era desnecessário fazer mais visitas à casa de Gertrude.


FIM DO SOFRIMENTO

Em 20 de outubro, Gertrude chamou a polícia para vir prender um rapaz em sua casa. Robert Bruce Hanlon era um jovem local que alegou que os filhos de Gertrude tinham roubado as coisas de seu porão. Ele foi à casa de Gertrude à noite, exigindo que ela devolvesse suas coisas.

Phyllis, a vizinha, testemunhou quando Hanlon foi colocado na viatura e se aproximou para falar a favor do rapaz, mas não mencionou Sylvia em nenhum momento.

Em 21 de outubro, Gertrude mandou que John Jr., Coy e Stephanie trouxessem Sylvia do porão e a amarrassem na cama, pois, Sylvia disse que estava conseguindo controlar sua incontinência, portanto, seria permitido que ela dormisse na cama.

Quando Gertrude foi verificar Sylvia pela manhã e percebeu que ela tinha molhado a cama, Gertrude colocou um vestido em Sylvia, levou-a para a sala de estar e obrigou a menina a fazer um strip-tease para seus filhos e os meninos da vizinhança, forçando novamente Sylvia a se masturbar na frente deles com a garrafa de Coca-Cola.

Ao terminar, autorizou Sylvia a se vestir e, logo em seguida, começou a declarar que Sylvia difamava suas filhas pela vizinhança e disse: “Você marca minhas filhas, por isso eu vou marcá-la!”... despiu Sylvia violentamente, amordaçou-a, amarrou-a enquanto um de seus filhos esquentava uma agulha, instruindo Ricky Hobbs a escrever “Sou uma prostituta e me orgulho disto” no abdômen. Em certo momento, Hobbs parou e perguntou à Gertrude como se soletrava “prostituta”... Gertrude escreveu em um papel e ele continuou a queimar o abdômen de Sylvia. Foram queimaduras de 3º grau que, segundo a perícia, a cirurgia plástica moderna teria sido incapaz de corrigir.

Satisfeita, Gertrude saiu do quarto e seus filhos ainda esculpiram um “S” entre os seios de Sylvia... mais tarde, explicaram que significava “slave” (escrava).

Em seguida, Coy levou Sylvia para o porão, usando-a para treinar judô antes de voltar para casa. No meio da noite, Jenny visitou a irmã escondida e Sylvia lhe disse que ia morrer. Pouco depois que Jenny saiu, Gertrude entrou no porão e trouxe Sylvia novamente para cima, deixando que dormisse em uma das camas até o meio-dia do dia seguinte – 23 de outubro. Stephanie levou Sylvia para um banho quente e sabão e, posteriormente, Gertrude e Paula vestiram Sylvia e Gertrude ditou uma carta para que Sylvia escrevesse a seus pais. O teor era o seguinte:

Queridos Sr. e Sra. Likens,

Saí com um grupo de rapazes no meio da noite e eles me disseram que iriam me pagar se eu entrasse no carro deles e fizesse tudo o que quisessem... ao terminar, eles me bateram e deixaram feridas no meu rosto e por todo o meu corpo. Também tatuei no meu estômago, “sou prostituta e me orgulho disso”.



Eu fiz quase tudo o que poderia fazer para enlouquecer Gertie (apelido digamos “carinhoso” para Gertrude) e gastar mais dinheiro do que ela tinha. Eu rasguei um colchão novo e urinei nele. Eu também fiz contas no médico maiores do que ela poderia pagar e deixei Gertie e seus filhos numa pilha de nervos.”

Gertrude, assim como a saudação estranha que fez no início, instruiu Sylvia a não assinar a carta. Ao término da carta, Gertrude começou a arquitetar um plano para que John Jr. e Jenny deixassem Sylvia num depósito de lixo para morrer. Ao ouvir isso, Sylvia tentou correr para a porta da frente, mas seu estado impossibilitou que ela se movesse rapidamente. Foi novamente colocada no porão e Gertrude lhe fez algumas torradas, mas Sylvia não conseguia engolir. Gertrude lhe deu um soco na boca e John a levou pro porão amarrada. Gertrude levou um prato de biscoitos para Sylvia no porão e esta disse que ela desse aos cães, pois eles estavam com mais fome do que ela. Gertrude, então, deu-lhe vários socos no estômago.

No dia 24 de outubro, Gertrude tentou matar Sylvia no porão sem sucesso, porém, Coy desceu e espancou Sylvia com um cabo de vassoura.

Ao longo da noite e nas primeiras horas da manhã do dia 25 de outubro, Sylvia batia no piso do porão com uma pá de ferro (certamente tentando chamar a atenção de alguém), o que foi ouvido por vizinhos que, MAIS UMA VEZ, não chamaram as autoridades.

No dia 26 de outubro, Gertrude quis dar um banho em Sylvia, mandando Stephanie e Ricky trazê-la para cima e deitando-a na banheira completamente vestida... perceberam que ela não mais respirava. Stephanie tentou manobras de ressuscitação mas, a esta altura, Sylvia já estava morta.

Gertrude instruiu seus filhos a levar o corpo de Sylvia para o porão e deixá-lo nu. Em seguida, mandou Hobbs ao telefone público e chamar a polícia (ela não tinha telefone). Quando os policiais chegaram, ela entregou a carta que tinha feito Sylvia escrever e, em meio à comoção, Jenny sussurrou para um dos policiais: “Tirem-me daqui e eu vou contar tudo”.

Combinado ao corpo de Sylvia encontrado no porão, os policiais prenderam Gertrude, Stephanie, John, Hobbs e Coy Hubbard por assassinato. Outras crianças da vizinhança presentes no momento, Mike Monroe, Randy Lepper, Duke e Siscoe, foram presos por lesão corporal.




AUTOPSIA

O corpo de Sylvia Likens apresentava inúmeros ferimentos, queimaduras, danos nos músculos e nervos. Foram indicados: espasmos, sofrimentos, torturas, contorções de dor, mordedura nos lábios do lado de dentro arrancando pedaço. O exame de seu canal vaginal, embora inchado e quase totalmente fechado, revelou que seu hímen estava intacto, o que acabou com as afirmações de Gertrude de que Sylvia era prostituta e que estaria grávida.
Causa da morte: inchaço no cérebro, hemorragia interna cerebral e choque por danos prolongados na pele.




ESTADO DE INDIANA versus BANISZEWSKI

Permaneceram todos presos sem fiança até o julgamento: Gertrude e seus filhos, além de Hobbs e Hubbard.

As acusações contra Siscoe, Duke, Monroe e Lepper foram retiradas. O advogado de Stephanie pedira que fosse julgada separadamente e o promotor retirou as acusações de assassinato.

O caso teve início em maio de 1966. O Ministério Público pediu a pena de morte para Gertrude e seus filhos John (13 anos) e Paula, junto com Ricky Hobbs (14 anos) e Coy Hubbard. O julgamento de Paula foi interrompido, pois, teve que ser levada às pressas para dar à luz: em homenagem à mãe, a criança se chama Gertrude.



Representados por advogados diferentes, estes trabalharam uns contra os outros, sempre tentando transferir a culpa, apesar de terem sido julgados todos juntos. O advogado de Gertrude tentou culpar as crianças a todo tempo, demonstrando que ela era doente crônica e incapaz de prevenir ou prosseguir com qualquer abuso.

Um dos depoimentos que mais prejudicou Gertrude foi o seu próprio, que a auto-incriminou. Ela descreveu Sylvia como uma prostituta do bairro, que tinha encontros com homens casados e que brigava frequentemente. Para corroborar seu testemunho, Marie, sua filha de 11 anos, foi chamada a depor. Inicialmente, Marie confirmou tudo o que a mãe havia dito até que, durante o interrogatório, repentinamente, gritou “Deus me ajude!” antes de admitir que tudo era mentira... contou detalhadamente como sua mãe e seus irmãos torturaram e assassinaram Sylvia.



Gertrude foi considerada culpada de assassinato em primeiro grau, porém, para a surpresa dos cidadãos de Indiana, não recebeu a pena de morte, mas sim prisão perpétua sem possibilidade de condicional.

Paula foi condenada por assassinato em segundo grau, recorreu e foi concedido novo julgamento. Porém, fez um acordo judicial e se declarou culpada de homicídio voluntário. Passou 3 (três) anos na prisão e depois foi colocada em liberdade condicional.

John Jr., Coy Hubbard e Ricky Hobbs foram condenados por homicídio voluntário e condenados a 18 meses em um centro de detenção juvenil. Aos 17 anos de idade, Hobbs sofreu um colapso nervoso, começou a fumar compulsivamente dentro da detenção, o que deteriorou seus pulmões... faleceu aos 21 anos de câncer no pulmão.

Gertrude recorreu da decisão, ganhando um novo julgamento e novamente considerada culpada, porém, desta vez, foi condenada à 18 anos. Ao longo destes, tornou-se prisioneira-modelo, trabalhou na oficina de costura e ganhou o apelido de “mãe” na prisão. Pasmem! Obteve a liberdade condicional em 1985!!!

Com a notícia da condicional de Gertrude, Jenny e sua família apareceram na TV, juntamente com outras entidades, para se opor à liberdade condicional de Gertrude. Coletaram 4.500 assinaturas dos cidadãos de Indiana, exigindo que Gertrude permanecesse atrás das grades.



Durante sua audiência da condicional, Gertrude disse não saber exatamente o papel que teve no caso, porque estava drogada, mas assumiu total responsabilidade pelo que aconteceu com Sylvia.

Gertrude saiu da prisão no dia 04 de dezembro de 1985, viajou para Iowa com o nome de Nadine Van Fossan e faleceu de câncer de pulmão em 1990. O destino de seus filhos permanece, em grande parte, desconhecido. Sabe-se que Paula se mudou para Iowa e assumiu nova identidade; alguns dizem que ela ainda está viva e mora em uma fazenda em algum lugar no campo. Stephanie tornou-se professora também assumindo novo nome.



John mudou seu nome para John Blake e trabalhou como motorista de caminhão antes de se tornar um agente imobiliário e ministro leigo. Nunca foi preso novamente. Casou-se e teve 3 (três) filhos, vivendo no anonimato, só reaparecendo em 1998, no episódio do Massacre de Jonesboro, para falar pela primeira vez sobre o assassinato Likens, dizendo que ele assumiu total responsabilidade por sua participação no assassinato e que uma sentença mais dura teria sido mais justo.

No ano de 2009 demoliram a casa onde Sylvia foi torturada e morta. Em sua homenagem, existe um memorial no Willard Park, em Indianápolis, EUA.



Baixe o filme: Um Crime Americano (2007)

Fonte: Pasdemasque.blogspot
           Murderpedia.org
           TruTv.com