sábado, 31 de maio de 2014

LAERTE PATROCÍNIO ORPINELLI, o "Monstro de Rio Claro" ou o "Maníaco da Bicicleta"



Laerte era o sétimo filho de uma família com oito crianças, nascidos em Araras, interior de São Paulo. Seu comportamento estranho, que teve início por volta dos 10 anos de idade, chamou a atenção de sua professora quando cursava o terceiro ano primário: falava pouco, brincava sozinho e tinha péssimo rendimento escolar, o que o levou a abandonar os estudos. Nessa mesma época, ficou uma semana fora de casa, sem dar qualquer notícia e retornou ao lar como se nada tivesse acontecido. Para chamar a atenção da família, costumava bater latas no quintal, o que irritava sua mãe, Eliza. Para tentar contê-lo, passou a amarrá-lo com pedaços de trapos na beirada da cama ou ao pé da mesa.

Com 16 anos deu início a uma série de internações na Clínica Psiquiátrica Sayão, onde chegou a permanecer por cinco anos ininterruptos em tratamento. Às vezes fugia... O diretor da clínica – José Carlos Naitz-ke – afirma que a família o internava sob a alegação de problemas com alcoolismo. Para ele, Laerte não tinha uma doença mental e mantinha seu diagnóstico clínico em segredo.

Um dos sobrinhos – que não quis se identificar – três dos quatro irmãos são aposentados por alcoolismo, e o comportamento arredio de Laerte foi potencializado pela desunião da família... após casarem, os irmãos nunca mais passaram um Natal juntos.

Vez em quando, pedia para a mãe escrever cinco cartas para uma mesma pessoa... seu comportamento beirava o infantil. Certa vez, ao ver Laerte com um brinquedinho em casa, um sobrinho pediu para ver e ele respondeu: “Não! É meu!”. Apesar das dificuldades de relacionamento, Laerte teve uma namorada – Sidney Aparecida Martins, de 62 anos – que conheceu em 1983 e chegaram a viver juntos por dois anos e meio. Segundo ela, Laerte era agressivo; eles dormiam em quartos separados embora morassem na casa dela, no bairro Bela Vista, próximo ao Horto Florestal (local onde foram encontradas duas ossadas de crianças mortas por Laerte). Ela o descreve como “agitado, saía de manhã e só voltava à noite”. Nunca viu Laerte com dinheiro, sabia que ele tinha problemas com bebidas, mas não dos seus problemas psiquiátricos.

Durante a década de 90, o desaparecimento e assassinato de várias crianças aterrorizou Rio Claro, no interior de São Paulo. O assassino seduzia suas vítimas com caramelos e doces, atraindo-os para locais ermos onde os violentava e assassinava: se não resistissem, ele os asfixiava com as próprias mãos; se resistissem, eram espancados até a morte... era morrer, ou morrer.

Laerte vivia como andarilho, utilizava uma bicicleta vermelha para se locomover de uma cidade para outra, fazendo bicos com suas vendas de esmaltes, lixas, espetinhos em quermesses e auxiliar de pedreiro. Sua aparente fragilidade e simpatia despertava compaixão nas pessoas, que acabavam por ajudá-lo. Confessou friamente 11 (onze) assassinatos de crianças entre 4 e 10 anos; duas outras mortes foram declaradas informalmente à polícia. Costumava registrar em um pequeno caderno o dia e a cidade por onde passava e, a partir destas anotações, a polícia elaborou um banco de dados que registra a rota macabra de 26 cidades e 96 crianças desaparecidas (pasmem!).

Laerte fazia questão de dizer que tinha profissão: “engraxador de portas de estabelecimentos comerciais”. Foi preso, aos 56 anos, no município de Leme, no dia 13 de janeiro de 2000.


VÍTIMAS

Atraía suas vítimas com doces ou balas e, na promessa de conseguir muito mais para a criança, dava carona em sua bicicleta até sua casa – na verdade, as conduzia a um local ermo, como bosques, abrigos abandonados – e, ao perceber o domínio sobre a criança, a atacava com raiva e brutalidade, as estuprava, torturava e, por fim, a morte. Usava pedras, deixava os corpos expostos e outros enterrados parcialmente. Chegou a afirmar que bebia o sangue de algumas das vítimas já mortas e que era influenciado por um espírito maligno que o fazia perseguir e matar crianças. Também atribuía seus crimes ao alcoolismo

Jéssica Alves Martins, 9 anos – dia 21 de novembro de 1999. Há registro da passagem de Laerte por um alberque do município no dia 20. Dois dias depois, o corpo dela foi encontrado na Vila Santa Terezinha, estuprada e estrangulada. Julgado em 2001 por este crime, foi condenado a 27 anos de prisão.

Osmarina Pereira Barbosa, 10 anos – conhecida como Marina, foi abordada por Laerte em 17 de janeiro de 1990, no bairro de Santa Maria, em Rio Claro... estava acompanhada por seu primo José Fernando de Oliveira, 9 anos. Laerte confessou que os levou para um canavial, onde estuprou e espancou primeiramente Marina até a morte e, em seguida, espancou José também até a morte. A ossada de Marina foi encontrada em setembro de 1990... disse que José demorou mais do que a prima para morrer. Laerte pegou 15 anos de prisão por cada um dos assassinatos no ano de 2008.

Aline Cristina dos Santos Siqueira, 8 anos – desapareceu da cidade de Rio Claro na companhia de um indivíduo montado em uma bicicleta. Laerte confessou que raptou e matou a menina, mas o corpo dela nunca foi encontrado.

Edson Silva de Carvalho, 11 anos – desapareceu da cidade de Monte Alto, interior paulista, em 26 de maio de 1998; seu corpo foi encontrado em uma casa abandonada, em avançado estado de decomposição. Acredita-se ter sido a primeira vítima de Laerte fora da cidade de Rio Claro... confessou que, na tentativa de abusar sexualmente de Edson, o menino gritou desesperadamente, o que o fez bater a cabeça da criança repetidamente contra a parede, o que causou sua morte instantânea. Foi condenado por esse crime a 18 anos de prisão, em 2001.

Crislaine dos Santos Barbosa, 4 anos – a vítima mais nova de Laerte, raptada em Pirassununga, interior de São Paulo, na noite de 25 de abril de 1999. Ele seguiu a mãe da menina até a casa, esperou quando a mãe saísse de casa, entrou sem ser notado e pegou a menina que a mãe deixara dormindo no sofá da sala; ao sair, deixou a porta encostada. Meses depois, encontraram uma ossada compatível com a criança em um canavial nos fundos de um motel. Laerte confessou esse crime e foi condenado em 2001 a 16 anos de prisão.

Mesmo fim trágico tiveram Daniela Regina de Oliveira Jorge, 5 anos; Alyson Maurício Nicolau Cristo, 6 anos; e Anderson Jonas da Silva, 6 anos.

Em entrevista à revista IstoÉ, deu as seguintes declarações: matava crianças por “gostar de ver o corpinho delas... gostar da beleza que elas têm”. Declarou que gostava das crianças mas do jeito “sexual”. As seduzia porque, ao beber, incorporava “Satã”, ficava nervoso e sentia o desejo de vê-las aterrorizadas... as escolhia depois de beber. Aí, dava início à sessão de violência... disse ter começado a matar há cinco ou seis anos antes de ser preso. Ao ser perguntado se já matou adultos, riu e disse que não, só crianças, umas 15 num total. Não se preocupava em ser preso e se dizia arrependido... queria se “tratar”...

Laerte, o “Maníaco de Rio Claro”, morreu no dia 03 de janeiro de 2013, na Penitenciária de Iaras/SP; sua morte foi divulgada apenas em 16 de janeiro de 2013, pela SEAP de São Paulo. Era diabético e hipertenso.

Instinto Assassino – a história do Monstro de Rio Claro

Reportagem sobre Laerte e algumas de suas confissões

Fonte: Wikipedia
           Fenix Blogspot
           Isto É
          Tribuna do Povo



SAMUEL MANZIE - Anjos Assassinos



No sábado à tarde do dia 27 de setembro de 1997, Eddie Werner, de onze anos de idade, saiu de casa em Oakley Hills, no distrito de Jackson Township, Nova Jersey, vestindo calça jeans preta, camisa preta e sneakers para vender doces e embalagens para presentes, com o objetivo de arrecadar fundos para sua escola e também, quem sabe, faturar um par de walkie-talkies. Batendo de porta em porta, foi sozinho cumprir sua missão.

Naquela mesma tarde, outro rapaz de Township tinha assuntos mais graves a tratar: Samuel Manzie, de 15 anos, teve um envolvimento entre agosto a dezembro de 1996 com Stephen Simmons, de 43 anos, de Holbrook, Nova York, um pedófilo condenado que conheceu através da internet.

Com o consentimento de seus pais, Samuel começou a procurar outros aliciados por Stephen com o objetivo de construir um processo criminal por abuso sexual, além de permanecer em contato com o pedófilo através de telefone, de modo que pudessem ser gravadas suas ligações. Com o tempo, Samuel desistiu de continuar com a investigação contra Stephen e, no dia 27 de setembro, se deparou com Eddie em sua porta.

Eddie, a vítima

Segundo os investigadores, Eddie chegou à casa de Samuel, que estava sozinho, às 17h30, para vender seus doces. Samuel teria supostamente molestado e estrangulado Eddie, que enfiou o corpo do menino em uma mala e o escondeu até o dia seguinte antes de descartar o cadáver em uma área arborizada, do outro lado da rua, atrás da casa de um vizinho. O corpo foi descoberto pela polícia dois dias após seu desaparecimento.

Esse crime deixou a comunidade local em alerta e começaram a questionar sobre a necessidade de uma maior restrição ao acesso à internet. Samuel até seus 12 anos era um menino brilhante, que cresceu cada vez mais solitário e a cada dia passava mais tempo com seu computador. Seu contato com Stephen ocorreu em uma sala de bate-papo destinada a homens homossexuais, marcaram encontro em um shopping de Township e foi convidado para um fim de semana em uma casa em Long Island, onde Stephen tentou dividir Samuel com seu amante de 59 anos.

Como Samuel conseguiu manter esse contato com Stephen durante tanto tempo sem o conhecimento de seus pais é um mistério, porém, o advogado de Samuel diz que os pais compreenderam e apoiaram Samuel, além de fornecer atendimento psiquiátrico quando tomaram conhecimento do caso.

Em 1999, Samuel se declarou culpado pelo assassinato, roubo e agressão sexual contra Eddie, sendo condenado à 70 anos de prisão, sendo elegível para a condicional após cumprir 59 anos, quando tiver com 76 anos de idade; Stephen, por sua vez, foi condenado por seus crimes de pedofilia a
5 anos de prisão. Ambos declaram fazer parte um da vida do outro... Samuel chegou a pedir que Stephen fosse inocentado... Stephen, por sua vez, diz amar Samuel e que ficou com ele até o fim...

Fonte: Murderpedia.org


sábado, 17 de maio de 2014

MATTHEW MILAT - Anjos Assassinos



No dia 20 de novembro de 2010, Matthew Milat e seu amigo Cohen Klein atraíram David Auchterlonie para a floresta estadual Belanglo, no dia de seu aniversário de 17 anos, com a promessa de beber e fumar maconha na mesma área onde o tio de Matthew, Ivan Milat, assassinou sete mochileiros no início de 1990. Lá, eles se juntaram a outro adolescente, Day Chase.

Ao chegarem a um entroncamento rodoviário na floresta, Matthew aplicou um golpe brutal em David, com um machado medieval de duas cabeças e começou a acusá-lo de espalhar mentiras sobre ele, que nega a todo tempo.

Klein

A partir desse momento, Klein deu início a uma gravação de aproximadamente 15 minutos, da tortura e tormento aos quais foi submetido David – o que foi apresentado ao tribunal, chocando os parentes do rapaz e os demais ouvintes – enquanto o atingia com golpes de machado.

David, a vítima

David foi obrigado a deitar de bruços no chão; ouve-se, na gravação, Klein mandando Day Chase voltar para o carro (Day tentou tirar o machado das mãos de Milat). Os parentes de David não foram avisados do teor do audio... seguem trechos da gravação:
Milat: “Olhe para a p... do lixo, David... eu vou matá-lo, p... se você continuar se movendo... olhe para o chão e responda às minhas perguntas”

David chora...

Milat: “Se você continuar a me olhar eu vou cortar a sua cabeça fora... olhe para o chão! Me diga: é verdade que você tem dito por aí sobre os meus negócios?”

David: “Não, não é verdade, Matt”

Milat: “Não olhe para mim, ok!?”

David: “Não fui eu, cara”

Milat: “Olhe para o chão!”

David: “Não é verdade”

Milat: “Coloque seus braços atrás da cabeça”

David: “Não é verdade, Matt”

Milat: “Cale a boca, p... Coloque as mãos no rosto... você vai continuar se metendo comigo?”

David: “Não, não vou, eu juro”

Milat: “Como é que eu vou saber disso?”

David: “Você tem minha palavra...”

Milat: “O quanto vale a sua palavra?”

David: “Fomos amigos por muito tempo... eu tenho palavra”

Milat: “Sim, nós fomos companheiros por muito tempo e quantas vezes já me disseram que você estava me apunhalando, p... Ok? Você me entendeu?”

David: “Sim”

Milat: “Olhe para o chão... você entende o que estou dizendo?”

David: “Sim, cara, entendo”

Milat: “Entendeu mesmo?”

David: “Sim, cara!”

Milat: Entendeu mesmo?

David: “Sério”

Milat: “Eu não acredito em você”

David: “Eu sou homem, cara... juro por Deus para você... eu nunca disse nada sobre você”

Milat: “Eu realmente não acredito em p... nenhuma do que você diz... ok?”

David: “Cara, eu dou minha palavra... eu não faria isso...”

Milat: “Sim, você me dá sua palavras e sua palavra não é p... de nada, não é boa o suficiente. Eu tive a sua palavra antes e não vale nada”

Neste momento, ouve-se o som do machado de Matthew... fim da gravação.



Era dia do aniversário de David e, por volta das 16h, sua madrasta, Donna Auchterlonie lembra de ter conversado com ele, que parecia feliz, despreocupado e de bom humor... o pai de David disse ter perguntado por que o filho ia para a floresta às 20h, mas sabia que seu filho era amigo de Matthew há alguns anos. Não entende por que motivo alguém teria o assassinado.

Um parente de Matthew ficou surpreso ao saber que o rapaz fora o autor do homicídio... embora seja parente de sangue de Ivan (o serial killer), eles não tinham qualquer contato e que Matthew foi criado como uma pessoa normal... não sabia que ele conhecia a floresta.

A madrasta de David

O corpo de David foi encontrado em uma cova rasa, na floresta de Belango na noite de domingo... ao confessar no tribunal, Matthew disse: “Vocês me conhecem, sabem da minha família, sabem meu sobrenome, eu fiz o que eles fazem...” - tudo em tom de ironia.

Em junho de 2012, Matthew Milat e Cohen Klein receberam a sentença: Milat foi condenado à 43 anos e Klein a um total de 32 anos. Na época, Matthew tinha 17 anos e Klein 18 anos.

O tribunal levou em conta o tempo gasto em custódia, então, Milat e Klein serão elegíveis para a condicional em 2040 e 2031, respectivamente.


Fonte: The Daily Telegraph
           Tru TV
           Murderpedia.org


ANESTOR BEZERRA DE LIMA, o "Matador de Taxistas"



No dia 23 de julho, em Porteirinha, Minas Gerais, o taxista Edmárcio Martins, 22, foi assassinado; em Inhapim, Minas Gerais, o assassino pega o táxi de José Wanderley de Souza, no dia 5 de agosto... seu último contato foi num posto de gasolina. Segundo o frentista, José estava acompanhado de um rapaz, que estava muito agitado, andava de um lado para o outro.

Quatro dias depois, Hélio Gualberto Lord, 53, assassinado em Lassance, Minas Gerais; no dia 12 de agosto, atacou na capital, Belo Horizonte... o motorista Flávio Augusto de Souza também desaparece. No dia 19 de agosto, a vítima foi Willian Max de Souza Carvalho, em João Pinheiro.

Em agosto de 2004, um desconhecido chega à cidade de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais e contrata uma corrida de táxi para São Paulo. O motorista não pode viajar mas indica um amigo para fazer o serviço: Daniel de Souza Lima. Um dia depois, seu corpo é encontrado com um tiro na cabeça, em São Paulo.

Para a identificação deste viajante desconhecido foi, primeiramente, feito seu retrato falado através das orientações de quem o viu com os taxistas. A principal pista foi um número de telefone que o assassino deixou com uma mulher, em Minas Gerais: era de uma farmácia próximo à casa onde ele morou, em Diadema, São Paulo. Pela foto, os policiais identificaram Anestor Bezerra de Lima, com passagens por furto e estelionato.

Quando a mãe de Anestor foi levada à delegacia para depoimento, ele ligou cinco vezes para o delegado e ainda chegou a conversar com a família e amigos das vítimas, passando falsas informações. Se identificava como “Sargento Gabriel”, informando que “tinha ocorrido um acidente com uma van branca e que o Daniel (uma das vítimas) estava em coma em um hospital de Itajubá”.

Esta ligação tinha sido feita de Campinas, interior de São Paulo, no dia 28 de agosto... dois dias depois, um taxista de Campinas aparece morto na beira da estrada: Jaime Andrade da Silva, mineiro, 52 anos, sétima vítima de Anestor.

Josinei Alves de Oliveira, 25, foi contratado para levar Anestor de Ariquemes (RO) até Machadinho D'Oeste (RO) e posteriormente até Mato Grosso, em Colniza. No trajeto, Anestor o matou a tiros... em Porto Velho (RO), o taxista Alonço Eugênio de Melo, desaparecido no dia 09 de setembro e visto na companhia de um homem parecido com Anestor, segundo testemunhas, foi encontrado morto.

Anestor Bezerra de Lima é natural de Manga, no norte de Minas Gerais. Ex-motorista de ônibus, foi demitido por restrição em avaliação psicológica, desestruturação psíquica e comportamento de grandeza e hostilidade... não aceita ordens, regras e normas. Pedia às vítimas que o levasse até São Paulo, onde as matava com tiros na cabeça.

No dia 10 de setembro de 2004, Anestor foi preso entre as cidades de Machadinho D'Oeste (RO) e Colniza (MT), em uma barreira montada por quatro policiais militares próximo ao local onde ele tentou fazer sua décima vítima – que feriu Anestor no braço e na perna. Então, fugiu pegando carona com um caminhoneiro, que acabou parado no cerco. Com Anestor foram encontradas três carteiras de identidade e uma pistola, usada nos crimes.

Segundo um dos agentes da delegacia de Colniza, quando questionada se dava algum tipo de sonífero para suas vítimas, ele respondeu que o único sonífero que dava era “um tiro na cabeça”.

A polícia acredita que ele tenha cometido os crimes por interesse nos bens patrimoniais das vítimas, pois foi encontrado na conta do ex-motorista um depósito no valor de R$ 25mil realizado no dia 18 de agosto de 2004.

No dia 16 de setembro de 2004 o juízo da Comarca de Aripuanã autorizou a transferência de Anestor para São Paulo.

Acredita-se que Anestor esteja agindo desde 2000 e que, possivelmente, tenha matado mais de 20 pessoas.


PROCESSOS

Vítima Josinei Alves de Oliveira – Comarca de Colniza/MT – artigos 157, §3º, 307 e 333 do Código Penal, e artigo 16, parágrafo único, inciso IV da Lei 10.826/03.

Processo n. 787-52.2005.811.0105 – julgado em 2006 e condenado à 26 anos e 2 meses de reclusão em regime inicial fechado, mais 6 meses de detenção em regime semiaberto, além do pagamento de 64 dias-multa, por latrocínio, falsa identidade, corrupção ativa e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Apelou desta sentença desejando a absolvição... porém, o Tribunal deu parcial provimento, absolvendo Anestor somente do crime de falsa identidade, pois “atípica a conduta do agente que, ao ser preso, atribui a si falsa identidade, ainda que tenha assim procedido para esconder passado criminoso, em respeito ao DIREITO DE AUTODEFESA e de NÃO SER OBRIGADO A PRODUZIR PROVA CONTRA SI – nemo tenetur se detegere – (ver o acórdão: http://sdrv.ms/KdkxxX), readequando a pena para o quantum de 26 anos e 2 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e pagamento de 64 dias-multa.

Nesse ano de 2013, foram impetrados Habeas Corpus e Mandado de Segurança em favor de Anestor, pedindo sua remoção da Penitenciária I de Balbinos para a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé/SP, pois, “sua permanência no atual estabelecimento penal pode trazer riscos à sua integridade física”... foi INDEFERIDO o pedido (HC n. 0198451-20.2013.8.26.0000 TJSP).

Vítima: Hélio Ferro – Foro Criminal da Barra Funda/SP – art. 157, §2º, incisos I e II do Código Penal. Condenado à 5 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto, no dia 6 de dezembro de 2005. Processo n. 0074089-05.2004.8.26.0050.

Foro Criminal da Barra Funda – Processo n. 0006283-55.2001.8.26.0050 – furto; condenado em 9 de outubro de 2001 a 10 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado.

Foro de São Bernardo do Campo – vítima: Flávio Augusto de Souza – Tráfico e uso indevido de drogas – condenado no dia 5 de outubro de 2007 à 30 anos de reclusão em regime integralmente fechado e pagamento de 16 dias-multa. Processo n. 0033973-64.2004.8.26.0564.

Foro de São Bernardo do Campo – vítima: Helio Gualberto Lorde – latrocínio – condenado em 12 de março de 2008 à 23 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado e 11 dias-multa. Processo n. 0033972-79.2004.8.26.0564.

Foro de São Bernardo do Campo – vítima: Edmárcio – homicídio simples – pronunciado no dia 9 de maio de 2008 (ver: http://sdrv.ms/JmAAbP). Processo n. 0033971-94.2004.8.26.0564.

Foro de São Bernardo do Campo – vítima: Maicon Ventura Santos – homicídio simples – Processo n. 0038125-58.2004.8.26.0564.

Foro de Itatiba – vítima: José Humberto dos Santos Freitas – homicídio; artigo 121, §2º, inciso III, 3ª figura, do Código Penal – Processo n. 0000068-44.2004.8.26.0281.

Tribunal do Júri de Rondônia – vítima: Alonço (ou Alonso) Eugênio de Melo – homicídio qualificado; artigo 121, §2º, inciso I e IV do Código Penal – condenação reajustada em apelação para 16 anos de reclusão (condenado inicialmente à 17 anos e seis meses de reclusão). Processo n. 0082038-96.2004.8.22.0501.

Ainda, pelo TJRO, foi condenado à 22 anos de reclusão e pagamento de 264 dias-multa pelo artigo 157, §3º, parte final do Código Penal, pela Vara Criminal de Machadinho D'Oeste, Processo n. 01920010000761. Latrocínio praticado contra a vítima Claudemir da Silva, taxista, no dia 14 de abril de 2001, por volta das 20h30. Claudemir viajava na companhia de seu irmão, Carlos Alberto que, a certa altura, pediu que parasse o carro por conta de uma dor de barriga, momento em que Anestor anunciou um assalto, amarrou ambos e disparou contra a cabeça de Claudemir... tentou atirar em Carlos Alberto, mas a arma não funcionou. A contratação desta corrida foi presenciado pelo pai de Claudemir, que reconheceu posteriormente o assassino de seu filho ao ver a notícia de sua prisão em Conilza, Mato Grosso.

Alguns casos ainda aguardam julgamento...


Fonte: Hora do Povo – Tribunais de Justiça dos Estados de Rondônia e São Paulo
           Correio Braziliense
           Rondonotícias
           Estadão
           Diário do Grande ABC


domingo, 11 de maio de 2014

ELISA BAKER



Esta não chega a ser uma serial killer mas, pelo crime cometido, ganhou esse lugar de “destaque” entre tão distintas figuras...

A história diz respeito à Zahra Baker, nascida em 16 de novembro de 1999, em Wagga Wagga, Austrália, considerada desaparecida em 9 de outubro de 2010, com apenas 10 anos de idade. Por causa da natureza horrenda do crime e da série de eventos que antecederam sua morte, o caso teve repercussão mundial.

Filha do casal Emily Dietrich e Adam Baker, sua mãe teve depressão pós-parto e desistiu da custódia em favor do marido, Adam, que se mudou para Giru, Queensland, em 2004, para trabalhar em uma usina de açúcar. Zahra foi diagnosticada com câncer ósseo em 2005, sofrendo, mais tarde, metástase para o pulmão. Em consequência, teve a perna amputada e perda auditiva.

Zarah

Adam conheceu Elisa Fairchild através de um site na internet – ela morava no oeste da Carolina do Norte. Ela visitou Adam em Queensland e rapidamente se casaram... ela já havia se casado seis vezes e Adam ainda era casado na época. O câncer de Zahra começou a diminuir em 2008, pouco antes de sua mudança para os Estados Unidos com seu pai e a madrasta.

Já na Carolina do Norte, após alguns meses, eles se estabeleceram definitivamente em Hickory, onde Zahra frequentou a escola pública até que ela deixou de ir à escola passando a ser educada em casa – o que não se sabe ao certo se aconteceu. Muitos vizinhos alegaram ter visto que Elisa abusava fisicamente e mentalmente, além de negligenciar a menina. Dois professores visitaram Zahra após ela ter aparecido no colégio com um olho roxo em uma escola pública de Hudson, quando ela estava na quarta série.

Antes da morte de Zahra, o Serviço de Proteção à Criança, tanto do condado de Caldwell quanto de Catawba, fizeram várias visitas à residência da menina, onde eles moraram antes de se estabelecer em Hickory.

A "família feliz"

Também foram encontrados relatos de comportamento abusivo por parte de Elisa contra seus próprios filhos, datados de 1999... ela tem 3 crianças de dois relacionamentos diferentes: uma filha nascida fora do casamento e um casal de filhos de um casamento anterior.

No dia 9 de outubro de 2010, às 5h30, Elisa fez uma chamada para o 911 relatando um incêndio na parte de trás de sua residência... quando a polícia chegou, encontrou uma nota com um pedido de resgate e um cheiro de gasolina vindo do caminhão da empresa onde Adam trabalha.

Duas horas depois, em um segundo telefonema para o 911, Zahra é considerada desaparecida. Segundo Adam, na noite anterior ao incêndio, foi encontrada essa nota de resgate no valor de 1 milhão de dólares dirigida ao chefe dele e que os supostos sequestradores devem ter confundido sua filha com a filha do Sr. Coffey – seu chefe. Provavelmente, o fogo teria sido para distraí-los e poder sequestrar a menina.

Durante as investigações, Elisa falhou no teste do polígrafo ao ser perguntada “se ela teria machucado Zahra”, “se ela sabia de alguém que poderia ter prejudicado Zahra” e “se ela sabia quem escreveu o bilhete de resgate”.

Elisa, no Tribunal

No dia 10 de outubro de 2010, cães de busca e salvamento deram alertas positivos ao cheiro de restos humanos nos carros da família Baker. Neste mesmo dia, Elisa foi presa por vários crimes que incluíam ameaças, cheques sem fundos, furto e condução com licença revogada, todos crimes sem relação com a morte de Zahra. Também foi presa, acusada por obstrução da justiça, depois de admitir que escreveu o bilhete de resgate, induzindo a polícia a erro.

No final do mês de outubro, a filha de Elisa, Âmbar Fairchild, testemunhou em audiência que sua mãe lhe disse que estava pensando em sair da Carolina do Norte um dia antes de ser presa, e que sua mãe estava envolvida em um relacionamento online com um homem da Inglaterra, que tinha enviado milhares de dólares.

Uma tia de Elisa, Buzzie Winkler, disse aos jornalistas que ela tinha confessado que Zahra morreu depois de estar doente por duas semanas e que ela e Adam tinham desmembrado a menina e escondido os restos mortais. Depois, Elisa confessou o crime, mas disse que Adam desmembrou a menina sozinho, após sua morte, e que os dois esconderam seus restos mortais. Elisa também disse à polícia que Zahra morreu em 24 de setembro, mas só teria anunciado seu desaparecimento no dia 9 de outubro.

O dono de um site que escreve sobre serial killers, Eric Gein, usou um nome falso para escrever à Elisa na cadeia que, ao responder, compartilhou algumas informações. Disse em uma das cartas: “nós realmente não a matamos, mas o que ele fez depois do fato é meio apavorante... ele me deixa com medo”.

Elisa disse ao seu advogado onde poderiam encontrar possíveis provas relativas à morte de Zahra, como, que a prótese de perna de Zahra foi deixada em uma lixeira, em Hickory... a mesma foi encontrada no final de outubro em uma estrada no condado de Caldwell, a poucos quilômetros de uma antiga residência de Elisa. Em novembro de 2010, Elisa começou levando a polícia a diferentes áreas em Catawba e no Condado de Caldwell localizando os restos dispersos de Zahra... mas sua cabeça não foi encontrada. Elisa disse que jogou o colchão de Zahra em uma caçamba de lixo, encontrada posteriormente em um aterro sanitário.

Elisa também levou a polícia a outra lixeira, atrás de uma mercearia em Hudson, onde ela e Adam teriam despejado uma tampa do carro e a cama, usada para esconder e transportar Zahra, e que também poderiam encontrar partes do corpo de Zahra no sifão da banheira e que luvas de plástico que ela usou também seriam encontrados.

No dia 12 de outubro de 2010, um informante disse à polícia que um homem tinha dito que Zahra esteve na casa de um parente dele com sua mãe, “Elisa”, e que ele precisava fugir da cidade porque havia feito algo muito ruim... este homem disse que ele e um segundo homem estupraram a menina. O segundo homem era amante de Elisa e que, após o estupro, ele bateu muito na cabeça de Zahra. Os investigadores estiveram na referida casa e encontraram um colchão no chão do pátio lateral, com uma grande mancha escura no meio do colchão... o “dono” do colchão disse que tinha urinado sobre ele e, por isso, o colchão estava com a mancha escura... o colchão foi apreendido como evidência.

Uma vez que nenhuma causa da morte pode ser determinada, considerou-se como “homicídio violento indeterminado”. Elisa disse à polícia que ela e Adam eliminaram juntos os restos de Zahra, porém, de acordo com torres de telefonia celular, ela estava na área onde os restos mortais foram encontrados, Adam não... os investigadores acreditam que Elisa teria assassinado e desmembrado a menina no dia 24 de setembro, eliminado seus restos no dia seguinte... Elisa foi indiciada por assassinato em segundo grau com as seguintes circunstâncias agravantes, no dia 22 de fevereiro de 2011, em Catawba:

seu histórico de abusos físicos, verbais e psicológicos à criança;
escondeu a criança de sua família, antes e depois do crime;
profanou o corpo de Zahra para impedir a investigação de assassinato;
Zahra era jovem e fisicamente doente/deficiente;
Elisa se aproveitou de sua posição de confiança.

Se não tivesse confessado e conduzido os policiais aos restos de Zahra, Elisa responderia por assassinato em primeiro grau. Adam negou qualquer envolvimento e os policias não encontraram qualquer evidência que pudesse incriminá-lo. O crânio de Zahra foi encontrado no dia 21 de fevereiro de 2012.

Elisa Baker foi condenado à 18 anos de prisão no dia 14 de setembro de 2011 e, em 2013, a mais 10 anos por acusações relacionadas à drogas.

Fonte: Murderpedia.org
           TruTV.com
           Huffington Post


HAROLD SHIPMAN, o "Doutor Morte"



Harold Shipman Frederick nasceu em Nottingham, Inglaterra, no dia 14 de janeiro de 1946, o segundo de quatro filhos de Vera e Harold Shipman, um motorista de caminhão. Família de classe média e metodistas devotos, sua mãe morreu de câncer quando ele tinha 17 anos, de forma semelhante ao que mais tarde se tornou seu próprio modus operandi: guardava morfina em casa para uso nas fases posteriores da doença, com Harold testemunhando a dor de sua mãe até sua morte em 21 de junho de 1963.

Recebeu uma bolsa de estudos para a faculdade de medicina e graduou-se em Leeds School of Medicine, em 1970. Começou a trabalhar na Pontal General Infirmary, em Pontal, West Riding of Yorkshire... em 1974, assumiu seu primeiro cargo de clínico geral, no Centro Médico Ormerod Abraao, em Todmordem, West Yorkshire. Em 1975 foi pego falsificando receitas para seu próprio uso... multado em 600 libras, teve uma breve passagem por uma clínica de reabilitação de drogas em York, um breve período como diretor médico em Hatfield College, Durham, e trabalho temporário no National Coal Board, tornando-se clínico geral no Centro Médico Donneybrook, em Hyde, Greater Manchester, de 1977 até 1980. Fundou seu próprio centro cirúrgico na Market Street, em 1993, tornando-se um membro respeitado na comunidade.


Em março de 1998, a Dra. Linda Reynolds começou a se preocupar com a alta taxa de mortalidade entre os pacientes de Shipman, que considerava necessária a cremação dos corpos das mulheres idosas... a médica suspeitava que Shipman fosse o responsável pela morte desses pacientes, seja por negligência ou por dolo.



Denunciado à polícia, não conseguiram encontrar provas suficientes para acusá-lo, o que depois se atribuiu à inexperiência os investigadores na apuração do caso. Em abril de 1998, Shipman matou mais três pessoas e, sua última vítima foi Kathleen Grundy, encontrada morta em sua casa no dia 24 de junho de 1998, sendo Shipman o último a vê-la viva e, posteriormente, assinou seu atestado de óbito, determinando a “velhice” como causa da morte.

A filha de Grundy, a advogada Angela Woodruff, ficou preocupada quando o advogado Brian Burgess informou que “sua vontade tinha se realizado” deixando 386 mil libras para Shipman e excluindo os filhos de sua herança. O corpo de Grundy foi exumado e, quando examinado, encontraram vestígios de diamorfina, usada para controle da dor em pacientes terminais com câncer. Shipman foi preso em 7 de setembro de 1998, encontrado em seu poder uma máquina de escrever usada para redigir a “última vontade” de Grundy.

Na investigação, a polícia conseguiu uma lista de outros 15 casos de mortes atribuídas a Shipman e descobriram um padrão na administração de doses letais de morfina aos pacientes, atestados de óbito assinados por ele e registros médicos forjados, indicando que estes estavam com a saúde debilitada.

Harold após ganhar um prêmio por ter
 arrecadado dinheiro para uma entidade beneficente

Seu julgamento ocorreu no dia 5 de outubro de 1999, acusado pelos assassinatos de Marie West, Irene Turner, Lizzie Adams, Jean Lilley, Ivy Lomas, Muriel Grimshaw, Marie Quinn, Kathleen Wagstaff, Bianka Pomfret, Norah Nuttall, Pamela Hillier, Maureen Ward, Winifred Mellor, Joan Melia e Kathleen Grundy, todas mortas entre 1995 e 1998.

Em 31 de janeiro de 2000, após seis dias de deliberação, o júri considerou Shipman culpado pelos 15 assassinatos e por forjar a “última vontade” de Grundy. Condenado a 15 penas de prisão perpétua consecutivas sem possibilidade de condicional, mais 4 anos por forjar a vontade. Dois anos depois sua sentença foi confirmada e, em 11 de fevereiro de 2000, o Conselho Geral dos Médicos excluíram formalmente Shipman de seus registros.

Shipman sempre negou sua culpa, refutando as provas científicas existentes contra ele, e nunca fez qualquer declaração sobre suas ações. Sua esposa não acreditava nas acusações.

Quanto aos outros (e muitos outros) casos que apontavam para Shipman, as autoridades concluíram que seria desnecessário devido as sentenças do primeiro julgamento. O inquérito concluiu que Harold Shipman seja, provavelmente, responsável por mais de 250 assassinatos durante seus anos de atuação.

Apesar das acusações contra Dr. John Bodkin Adams, em 1957, Dr. Leonard Arthur, em 1981, e Dr. Thomas Lodwig, em 1990 (entre outros), Shipman é o único médico na história legal britânica a ser considerado culpado por matar pacientes.

No dia 13 de janeiro de 2004, às 6h20, Shipman cometeu suicídio por enforcamento em sua cela na prisão de Wakefield, na véspera de seu 58º aniversário, declarado morto às 8h10. Alguns tabloides receberam esta notícia com satisfação, enquanto algumas famílias se sentiram angustiadas, pois, o suicídio de Shipman significava que nunca teriam a confissão de Shipman, ou mesmo resposta de por quê ele cometera esses crimes.


AS VÍTIMAS

MARIE WEST – assassinada por Shipman em sua casa, no dia 6 de março de 1995, aos 81 anos, sem saber que uma amiga dela, Marion Hadfield, estava na cozinha. Ele disse que ela morreu por um derrame.

IRENE TURNER – com 67 anos, tinha um histórico médico complicado e, recentemente, voltado de férias quando foi visitada por Shipman no dia 11 de julho de 1996. Injetou morfina em Irene e, ao perceber que ela estava morrendo, pediu a um vizinho que embalasse algumas roupas dela, pois, esta precisava ir ao hospital. Posteriormente, disse que ela morreu de diabetes... na exumação, foi encontrada morfina em seu corpo.

LIZZIE ADAMS – disse que chamou uma ambulância para ela quando descoberto em sua casa, no dia 28 de fevereiro de 1997, por um de seus amigos. Fingiu cancelar a ambulância quando ficou claro para ele que a professora de dança estava morta. Shipman disse que ela morreu de pneumonia... seus registros médicos foram encontrados em uma sacola plástica na garagem.

JEAN LILLEY – Shipman foi chamado a sua casa em 25 de abril de 1997... um vizinho o viu sair e, quando entrou para ver Jean, a encontrou morta. Shipman disse que Jean, de 59 anos, morreu por insuficiência cardíaca, mas o legista não encontrou qualquer evidência de problemas cardíacos, e sim uma dose letal de morfina.

IVY LOMAS – com 63 anos, morreu em uma cirurgia com Shipman, em 29 de maio de 1997. continuou a ver outros pacientes antes de dizer que ela tinha morrido. Alterou seus registros médicos dois dias depois e disse caiu em contradição diversas vezes ao falar como a recepcionista havia morrido.

MURIEL GRIMSHAW – encontrada morta em sua casa no dia 14 de julho de 1997 por sua filha, Ann Brown. Ele alegou que Muriel morreu por um AVC. Em seguida, alterou seus registros médicos para esconder a causa mortis. Ao ser exumado, foi encontrada morfina em seu corpo.

MARIE QUINN – injetou morfina em sua casa no dia 24 de novembro de 1997. Shipman disse a seu filho que Marie telefonou para ele dizendo que achava que teve um AVC e que, ao chegar na casa, ela já estava morta. Registros telefônicos não mostram nenhuma chamada e não havia qualquer evidência de que ele sofria dos problemas que ele disse.

KATHLEEN WAGSTAFF – Shipman confundiu Kath com outra paciente e foi até a casa desta, injetou morfina nesta senhora de 81 anos, no dia 9 de dezembro de 1997... disse que esta morreu por uma doença cardíaca. Também não foi encontrado registro telefônico de qualquer chamada, nem evidência de doença cardíaca.

BIANKA POMFRET – telefonou para Shipman no dia 10 de dezembro de 1997, sendo encontrada mais tarde morta em sua cadeira, dentro de casa. Ele disse que ela tinha problemas cardíacos e morreu de trombose coronária e doença isquêmica cardíaca. Em sua exumação, foi encontrado morfina em alta quantidade.

NORAH NUTTALL – visitada em 26 de janeiro de 1998, foi encontrada morta menos de uma hora depois por seu filho em uma cadeira. Disse Shipman que chamou uma ambulância ao encontrar Norah morta, fingindo fazer outra chamada para cancelá-la. Os registros telefônicos não mostraram qualquer chamada ou posterior cancelamento.

PAMELA HILIER – com 68 anos de idade, lendo seu jornal, recebeu a visita de Shipman, no dia 9 de fevereiro de 1998. Encontrada morta por paramédicos que contataram a polícia. Shipman disse que ela morrera por um derrame e não seria necessária a necropsia. Especialistas descobriram que ele fez cerca de 10 modificações em seus registros médicos da duas horas antes de seu corpo ser encontrado.

MAUREEN WARD – 57 anos, sofria de um câncer que desaparecera com tratamento e não tinha outros problemas de saúde quando morreu em 18 de fevereiro de 1998. Shipman relatou sua morte devido a um tumor cerebral. Alterou seus registros médicos que sugerem ter o câncer se espalhado para o cérebro mas, um especialista que a tinha acompanhado um mês antes disse ao tribunal que não havia sinais de que seu câncer tivesse retornado.

WINIFRED MELLOR – com 73 anos, encontrada morta em sua cadeira no dia 11 de maio de 1998, queixava-se de sinusite. Recebeu Shipman no início deste dia que alegou, posteriormente, que sua morte foi causada por uma trombose coronária, embora ela estivesse em forma o suficiente para uma caminhada de duas horas que fez algumas semanas antes de sua morte. Após envenená-la com morfina, alterou seus registros para fazer parecer que ela se queixara por dores no peito.

JOAN MELIA – fez uma cirurgia com Shipman no dia 12 de junho de 1998, aos 73 anos. No mesmo dia, foi encontrada morta em sua cadeira. Emitiu uma certidão de óbito por pneumonia agravada por enfisema... posteriormente, foram descobertas altas doses de morfina, mas não problemas pulmonares graves.

KATHLEEN GRUNDY – estava bem de saúde e muito ativa um dia antes de sua morte, no dia 24 de julho de 1998. Visitada por Shipman na manhã deste dia para uma amostra de sangue, foi encontrada morta em seu sofá no período da tarde. Exumado, encontraram em seu corpo altas doses de morfina, não havendo qualquer registro de que tinha tirado amostras de sangue... Shipman falsificou os registros do computador para fazer com que parecesse que Grundy era usuária de drogas. Neste caso, Shipman também foi acusado por alterar um documento em que lhe era concedido cerca de 386 mil libras.


Fonte: Murderpedia.org