domingo, 30 de março de 2014

ENRIQUETA MARTÍ, a "Vampira de Barcelona"



Nascida em 1868, ainda jovem Enriqueta se mudou de sua cidade natal em Saint Feliu, onde trabalhava como serva e babá, para se tornar prostituta em bordéis e outros locais no porto de Barcelona ou no Portal de Santa Madrona.

Em 1895 se casou com um pintor chamado Joan Pujaló, que não durou muito devido aos relacionamentos de Enriqueta com outros homens, seu caráter estranho, falso e imprevisível, além das contínuas visitas à locais de prostituição foi a causa de sua separação. Apesar disso, reconciliaram-se por aproximadamente seis vezes. Quando Enriqueta foi presa em 1912, estavam separados já há cinco anos e não tinha filhos.

Enriqueta levava vida dupla: durante o dia, se vestia com trapos e mendigava em casas de caridade, conventos e paróquias nas regiões carentes da cidade, onde selecionava crianças que pareciam as mais negligenciadas. Levando-as pela mão, dizia que eles eram seus filhos... à noite, ela se prostituía ou os assassinava. Ela não tinha qualquer necessidade de mendigar, pois, como cafetina e prostituta tinha dinheiro suficiente para viver bem... vestia-se com roupas luxuosas, chapéus e perucas, frequentou o El Liceu, o Casino de La Arrabassada e outros lugares onde os ricos de Barcelona se reuniam. Acredita-se que nesses lugares ela tenha se oferecido como aliciadora de crianças.

Em 1909 ela foi presa em seu apartamento, na Rua Minerva, em Barcelona, acusada de comandar um bordel que oferecia serviços sexuais de crianças entre 3 e 14 anos de idade... junto com ela, um outro jovem de família rica também foi preso. Graças a seus contatos com a alta sociedade de Barcelona, que também usavam seus serviços como aliciadora de crianças, Enriqueta nunca foi julgada e a questão se perdeu no sistema.



Enquanto prostituía crianças, Enriqueta também praticava feitiçaria. Entre os ingredientes que ela usou para fazer seus remédios estavam os restos das crianças que matava – variava de bebês até crianças de 9 anos. Usava tudo o que podia: gordura, sangue, cabelo e ossos (que, normalmente, transformava em pó) e, por isso, não teve problemas com a eliminação dos corpos. Enriqueta vendia pomadas, cataplasmas, poções para tuberculose – doença muito temida na época – entre outros tipos de doenças que não tem cura na medicina tradicional. Os ricos pagavam grandes somas de dinheiro para estes remédios.

Suspeita-se que ela sequestrou um considerável número de crianças, pois, suas ações perduraram por aproximadamente 20 anos. Finalmente, foi presa em El Raval, mezanino número 29 da rua Ponent – hoje rua Joaquim Costa. Mais evidências foram encontrada em apartamentos em Barcelona, onde viveu anteriormente.

Os peritos, por sua vez, conseguiram identificar um total de 12 crianças com as poucas evidências que conseguiram recuperar... Enriqueta não fizera registro de suas atividades.



No dia 10 de fevereiro de 1912, Enriqueta sequestrou sua última vítima, Teresita Guitart Congost. A notícia ganhou notoriedade e indignação pública devido à passividade das autoridades quanto às crianças desaparecidas. Uma vizinha teria visto uma menina com o cabelo cortado em uma janela do apartamento nº 29, na rua Ponent. A vizinha, que nunca tinha visto aquela criança, perguntou à Enriqueta se era filha dela... Enriqueta fechou a janela bruscamente sem dizer nada.

A vizinha levou a denúncia às autoridades que, no dia 27 de fevereiro, com a desculpa de uma reclamação sobre a posse de galinhas no apartamento, foram procurar Enriqueta. Esta se mostrou surpresa mas não se opôs à entrada dos policiais. Encontraram duas meninas no interior do apartamento – Teresita e Angelita.

Teresita foi encaminhada para seus pais... segundo suas declarações, Enriqueta prometeu-lhe doces e, ao perceber que estava afastada demais de sua casa, pediu para voltar, mas Enriqueta cobriu sua cabeça com um pano preto e a forçou a entrar no apartamento. Lá, Enriqueta cortou seu cabelo, mudou seu nome para Felicidad e ordenou que a chamasse de madrasta, pois, a menina não teria mais pais. Alimentava a menina com batatas e pão amanhecido e prendia a menina, que era proibida de ir para a varanda ou olhar pela janela.

Um dia, quando Enriqueta saiu, as meninas foram explorar o apartamento e encontraram um saco com roupas de menina cobertas de sangue e uma faca de desossar também coberta de sangue, o que foi encontrado posteriormente pela polícia.

Angelita, no entanto, tinha um relato mais assombroso: disse que quando chegou ao apartamento, havia um menino de 5 anos, chamado Pepito, que a chamava de mãe... ela viu Enriqueta matá-lo na mesa da cozinha... correu para o quarto e se escondeu embaixo da cama. Enriqueta dizia que Angelita era sua filha com Juan Pujaló, o que foi negado em juízo por Juan.

Além do que Teresita disse, a polícia também encontrou outro saco com roupas sujas e pelo menos trinta ossos de pequenas dimensões... encontraram um salão suntuoso no apartamento, onde havia um armário com roupas bonitas para menino e menina, o que contrastava com o resto do apartamento, que era pobre e cheirava mal. Em outra sala, encontraram o horror: cinquenta jarros, potes e lavatórios com restos humanos preservados; banha, sangue coagulado, cabelo infantil, esqueletos, ossos das mãos em pó e vasos com as porções, pomadas e unguentos já preparada para a venda.

Em outros dois apartamentos de Enriqueta encontraram paredes falsas e, nos tetos, restos humanos. No jardim da casa na rua Jocs Florais, encontraram um crânio de uma criança de 3 anos de idade, e uma série de ossos que correspondiam a crianças de 3, 6 e 8 anos de idade.

Há relatos de que Enriqueta também praticou canibalismo e, segundo Angelita, também a forçou a comer carne humana. Enriqueta nunca foi julgada por seus crimes... foi linchada na prisão em 12 de maio de 1913.

Fonte: Murderpedia.org
           Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton



sábado, 22 de março de 2014

IVAN ROBERTO MARKO MILAT, o "Assassino de Mochileiros"



Em 1989, desapareceram Deborah Phyllis Everist e James Harold Gibson. Seus corpos incompletos (provavelmente por ação de animais) foram encontrados em outubro de 1993, na floresta de Belanglo, por um morador local.

Vítimas

O esqueleto de Deborah ainda usava uma corrente de prata com crucifixo e um bracelete de pedras semipreciosas e, nas proximidades, um par de sandálias. Haviam várias marcas de fratura na parte posterior de seu crânio, os restos da mandíbula estavam quebrados e havia sinais de facadas na região lombar.

James estavam em melhor conservação... vestia calça jeans, com o zíper aberto e o botão fechado, calçava tênis ainda amarrados e, próximo ao corpo, um chapéu de feltro que ajudou em sua identificação. Apresentava sete ferimentos com instrumento cortante: 2 nas costelas, dois na parte mais alta das costas, um de cada lado do peito e um no meio da coluna vertebral, seccionando três vértebras, o que o paralisou.

Em 1991 desapareceram: Simone Loretta Schmidl (janeiro), Gabor Kurt Neugebauer e Anja Habschied (dezembro).

Vítimas

Simone era alemã e seu corpo foi encontrado em novembro de 1993, na mesma floresta, parcialmente vestido, em volta da cabeça, uma bandana roxa (pela qual foi identificada), usava joias e, pelo exame da arcada dentária, confirmou-se a identificação. Sofreu inúmeras facadas no peito e nas costas, inclusive com a secção na coluna vertebral idêntica à de James.

Gabor e Anja eram namorados e seus corpos foram encontrados também em novembro de 1993. Gabor estava embaixo de uma pilha de folhas e coberto por um tronco de árvore, esqueleto completo, vestido com sua calça jeans, zíper aberto e botão fechado. Havia duas mordaças em volta de sua cabeça, uma dentro da boca e outra fora... foi estrangulado, possuía várias fraturas na mandíbula e seis entradas de projéteis na cabeça – quatro foram recuperados dentro do crânio de Gabor – nas proximidades, caixas de munição e 90 cápsulas deflagradas.

Anja tinha a blusa levantada até os ombros; calça jeans e sutiã cortados na lateral, encontrados longe dali. Faltava o crânio e as duas primeiras vértebras, o que levou à conclusão de que ela fora decapitada com instrumento afiado, machado ou espada e, estaria de joelhos com a cabeça abaixada. Sua cabeça NUNCA foi encontrada.

Vítimas

Joanne Lesley Walters e Caroline Jane Clarke desapareceram no início de 1992 e foram encontradas em setembro de 1992, por dois motoqueiros durante uma competição de motocross. Joanne estava parcialmente coberta por folhas secas e um tronco de árvore. Vestia calça jeans, com o zíper aberto e botão fechado, porém, sua calcinha nunca foi encontrada; inúmeras facadas na altura do coração, usava sapatos e joias. Seu corpo estava em adiantado estado de decomposição, porém, em suas mãos foram encontrados fios de cabelo escuro, armazenados para futura comparação. Sua cabeça estava envolta em uma mordaça, com alguns pedaços em sua garganta, o que sugeriu asfixia; cinco facadas no peito, nove nas costas, sendo cinco propositalmente na espinha dorsal, paralisando a vítima. Não havia ferimentos de defesa e não foi possível identificar se houve estupro, mas foi recolhido material para exame.

Caroline foi esfaqueada, levou dez tiros no crânio, de onde recuperaram quatro projéteis. Seus braços estavam estendidos acima da cabeça, esta envolta em um pano vermelho, o que demonstrou que ela estava vendada no momento dos disparos. Também foi esfaqueada no pescoço. Segundo os testes balísticos, os tiros foram disparados de três direções diferentes, tendo a cabeça da moça como alvo. Nas proximidades, a polícia recolheu seis baganas de uma marca de cigarro, cartuchos de arma calibre .22 e um pedaço de plástico verde do tamanho de uma moeda, além de avistarem os restos de uma fogueira de pedras de 35cm.


INVESTIGAÇÕES

Vários depoimentos foram recolhidos no decorrer das investigações e um desses chamou a atenção... tratava-se de Alex Milat que contou ter visto algo suspeito. Ele contou que estava na floresta quando viu um veículo Ford e outro com tração na quatro rodas percorrendo uma trilha; no banco da frente do primeiro carro apenas o motorista, no banco de trás outros dois homens sentados e entre eles uma mulher com um pano envolvendo-lhe a cabeça. No segundo veículo, além do motorista, um casal no banco de trás, a mulher amordaçada da mesma maneira. A testemunha deu uma descrição tão detalhada aos policiais que incluía até a roupa que os ocupantes vestiam.

Juntaram-se a este depoimento o seguinte:
uma mulher telefonou à polícia denunciando o antigo patrão de seu namorado, Ivan Milat, dono de uma propriedade próximo à floresta de Belanglo e de um veículo com tração nas quatro rodas; era colecionador de armas;
Joanne, moradora local, ligou para a polícia relatando a existência de um boletim de ocorrência de 1990 por ela e um cidadão inglês que passava férias na Austrália, Paul Onions, pois, ele escapara de um assaltante após pegar carona com um homem bem apessoado, divorciado, descendente de iugoslavos que, em dado momento, o ameaçou com arma de fogo.

A força tarefa resolveu investigar a família Milat. Tratava-se de uma viúva mãe de 14 filhos, homens e mulheres, todos familiarizados com armas desde a infância e muitos moravam nas proximidades dos fatos. Dois dos irmãos, Ivan e Richard, trabalhavam na mesma empresa na época dos crimes e, ao analisar o livro de ponto, constataram que Richard tinha álibi para todos os dias prováveis dos assassinatos, porém, Ivan folgou nos dias que o comprometeria, o que o tornou suspeito. Ivan foi preso no dia 22 de maio de 1994.

Rich (irmão) e Ivan

Ivan fora absolvido em 1971, pois, ao dar carona para duas mochileiras, foi acusado de estuprar uma delas... no depoimento, as garotas o acusaram de portar uma faca.

Ao investigar os carros da família, encontraram um Nissan Patrol 4 x 4 que pertenceu à Ivan; o novo dono do carro entregou à polícia um projétil que encontrou embaixo do banco do motorista, calibre .22, compatível com as caixas de munição encontradas nos locais do crime.

Ivan também possuía uma pequena propriedade à 37km da floresta de Belanglo e uma motocicleta. Na casa de Ivan foram encontrados os sacos de dormir de Simone e Deborah, uma faca Bowie, uma fotografia de Ivan com uma Colt .45 (descrita por Paul Onions), uma fotografia de sua namorada vestindo um top Benetton idêntico ao de Caroline Clarke, uma bandana roxa idêntica à que estava amarrada na cabeça de Simone, várias faixas de tecido similares às usadas para amarras as vítimas e uma manchada com o sangue de Caroline, um rifle Ruger .22.



Na casa de mãe de Ivan, foi encontrada uma espada curva de cavalaria, provável arma utilizada para decapitar Anja. Ivan negou tudo e não reconheceu nenhum dos objetos.

Considerado culpado em 27 de julho de 1995, por unanimidade, recebeu 6 anos pelo ataque à Paul Onions e prisão perpétua por cada um dos sete assassinatos que cometeu, sentenças que ouviu em silêncio sem manifestar qualquer emoção.

Ficou na prisão de segurança máxima em Maitland, Sydney até 1997, sendo transferido para a prisão de Goulburn após uma tentativa de fuga, onde permanece até hoje. Alega até hoje ser inocente e formou um grupo que luta por sua absolvição, além de sempre declarar que fugirá na primeira oportunidade. A polícia ainda investiga a possibilidade de mais alguém da família estar envolvida... muitos acreditam que ele não agia sozinho – principalmente pelos testemunhos acerca de dois veículos envolvidos.

Ainda existem muitos mochileiros desaparecidos (e desaparecendo) na mesma região, desde aquela época. Com o mesmo modus operandi de Ivan, outros corpos foram encontrados pela região: Diane Penacchio (29), encontrada em 1991; Leanne Goodall (20), Robyn Hickie (17) e Amanda Robinson (14), em 1978 e 1979; Gillian Jamieson, Anette Briffa e Deborah Balkan, em 1980; Peter David Letcher, em 1988; Susan Isenhood (22), desaparecida em 1985 e encontrada em 2004.

Em janeiro de 2009, Milat cortou seu dedo mindinho, colocou em um envelope e entregou ao guarda da prisão para ser enviado ao tribunal.

Cuidado ao visitarem a Austrália, especialmente, os arredores da floresta Belanglo.

Fonte: Serial Killers, louco ou cruel
           Murderpedia.org


DANIEL PETRY - CASO GABRIEL KUHN - Blumenau/SC (2007)

A vítima

(ATENÇÃO: o link disponibilizado na fonte, ao final do post, contém imagens fortes!)

No dia 23 de julho de 2007, Gabriel Kuhn, 12 anos, foi à casa de um vizinho, de 16 anos, para jogar videogame, como de costume. O adolescente de 16 anos frequentava a casa de Gabriel e vice-versa, sempre para jogar, assim como também mantinha um bom relacionamento com as outras crianças do bairro. Era visto como um adolescente educado e quieto.

O corpo de Gabriel foi descoberto por outro jovem de 16 anos que, ao pular o muro da casa do assassino para chamar o colega para brincar, encontrou o autor sujo de sangue... gritou por socorro e chamaram os bombeiros.

Na versão deste adolescente, na época do fato – que em alguns sites de notícias, especialmente internacionais, é mencionado como Daniel Petry, com aproximadamente 22 anos atualmente – o crime foi motivado por uma discussão durante um jogo de computador. Ele teria estrangulado Gabriel e, ao vê-lo desacordado, decidiu escondê-lo no sótão que fica a 1,80m do chão e, com a ajuda de uma escada, amarrou o corpo a um fio na tentativa de suspendê-lo.

Como estava muito pesado, o assassino cortou as pernas de Gabriel com uma faca e, quando chegou na parte óssea, pegou uma serrinha, relata a delegada que tomou o depoimento do assassino.

No entanto, o laudo pericial desmentiu a versão de Daniel: a perícia declarou que Gabriel estava vivo quando teve suas pernas arrancadas com a serra e que também sofrera abuso sexual... a causa mortis foi hemorragia causada pelo corte das pernas.

Acredita-se, então, que o motivo do assassinato de Gabriel tenha sido acobertar a violência sexual sofrida pelo menino. O Ministério Público solicitou a internação provisória do jovem, o que foi aceito de pronto pelo juízo que, posteriormente, determinou o cumprimento de medida socioeducativa por 3 anos...

Em um site espanhol, afirmam a autoria de Daniel Petry pelo crime e que ambos, neste dia, jogavam online, cada um em sua casa... em algum momento teria iniciado uma discussão, e Daniel se dirigiu à casa de Gabriel, que estava sozinho. Ao abrir a porta, Gabriel foi derrubado por um empurrão e passou a receber alguns golpes.... o assassino teria o levado a seu quarto onde ocorreu a violência sexual. Gabriel teria ameaçado contar a seus pais e, então, Petry decidiu matá-lo: tentou estrangular o menino que ficou desacordado e teve outra ideia – pegou uma serra e começou a cortá-lo. Gabriel teria acordado e começou a gritar de dor... Petry continuou cortando. Após serrar a perna esquerda, Gabriel deixou de gritar: entrara em choque por causa do sangramento. Petry deu continuidade e serrou a perna direita... Gabriel morreu pouco depois, por causa da dor e perda de sangue. Petry tentou esconder o corpo no sótão da casa, mas como pesava muito não conseguiu e deixou o corpo na entrada de sua casa.

De acordo com essa versão, quem encontrou o corpo despedaçado foi o irmão de Petry que, ao ver a atrocidade, saiu correndo e outro vizinho viu e chamou a polícia.

Fonte: Movimento Gabriela Sou da Paz
          Terra notícias – Mundo Real Wordpress
          Site Bestgore – Tibiaking
          Crimes and Killers Tumblr


domingo, 16 de março de 2014

ALEXANDER KINYUA - Paladares Excêntricos



Alexander Kinyua, com 21 anos, estudante de engenharia elétrica na Universidade de Morgan, no Estado de Maryland, contou para a polícia local que comeu o coração e parte do cérebro de Kujoe Bonsafo Agyei-Kodie, de 37 anos, um ex-aluno ganês da mesma universidade.

As suspeitas pelo assassinato recaíram sobre Kinyua quando as mãos e parte da cabeça da vítima foram encontradas em sua casa, no condado de Harford. Através de investigações, foi descoberto que o resto do corpo de Kodie foi deixado em um recipiente de lixo próximo de uma igreja da comunidade.

Kujoe Bonsafo Agyei-Kodie havia sido visto pela última vez no dia 25 de maio de 2012, quando saiu de casa para uma corrida. As primeiras pistas pela o misterioso desaparecimento surgiram quando o pai do assassino reportou a existência de restos humanos enrolados em um cobertor na lavanderia da própria casa.

Alexander e Kodie (vítima)

O pai passou a suspeitar do envolvimento do filho no crime quando Alexaner passou a demonstrar um comportamento estranho e foi flagrado tentando remover as evidências da casa. Para a polícia, Alexander alegou que a carne encontrada não era humana, mas sim animal.

Encaminhado para a delegacia, ele não especificou seus motivos, mas confessou ter matado Agyei-Kodie e comido parte dos restos mortais. Analistas de comportamento do FBI investigaram seu envolvimento com drogas e a relação que mantinha com o africano.

Agyie-Kokei viveu com a família do assassino por seis meses, quando começou a cursar a Universidade de Morgan com um visto de estudante. Em 2008, o ganês foi preso por 18 meses por abuso sexual e deixou a instituição. Já libertado, retomou os estudos na Universidade de Towson.

Apesar de não ter mais contato próximo com o antigo hóspede, o pai de Kinyua disse ter ouvido boatos de que Kodie sofria de depressão e temia ser deportado para o país natal.

Kinyua, por outro lado, era visto como uma pessoa amigável e tranquila até que, no início do mês, deixou um colega cego depois de atacá-lo com um taco de beisebol, também sem motivos aparentes. Outro indício de alteração foram mensagens postadas na época, no Facebook, nas quais pedia a “destruição da família negra” e “sacrifícios humanos em massa”.


ADRIANO DA SILVA, o "Monstro de Passo Fundo"



No dia 16 de agosto de 2002, em Lagoa Vermelha, o menino de 12 anos, Éderson Leite, saiu de casa para vender rifas da escolinha de futebol e nunca mais retornou. Seu corpo foi encontrado três semanas depois do crime, no interior do município. Na primeira confissão em depoimento à polícia, Adriano disse ter levado Éderson a um lugar ermo, com a promessa de comprar uma rifa; chegando lá, aplicou um golpe na traqueias do menino para que desmaiasse e posteriormente o asfixiou com um cinto. Foi condenado em 12 de novembro de 2008, à 22 (vinte e dois) anos por furto, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 20300024106 – sentença: http://sdrv.ms/16lLrYs.

Em 09 de março de 2003, Passo Fundo, o menino de 13 anos, Alessandro Silveira, engraxate, tinha como ponto principal a praça Tamandaré. Supostamente conheceu Adriano, sendo levado à uma área deserta, no bairro Petrópolis, onde foi estrangulado e violentado. Sua ossada foi encontrada no dia 20 de setembro de 2003, sendo reconhecido pelas roupas e calçados que usava quando sumiu. Pelo assassinato de Alessandro Silveira, Adriano foi condenado em 2006 à pena de 29 anos, 3 meses e 20 dias por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 20500011097.

Em Soledade, no dia 19 de abril de 2003, o menino Douglas de Oliveira Hass, 10 anos, foi atraído por Adriano até um moinho abandonado, onde foi morto por asfixia mecânica. Em depoimento, Adriano confessou que transportou o corpo de Douglas em um carrinho de mão até uma casa em construção, onde fazia bico como pedreiro, enterrou o corpo sob a churrasqueira e cobriu com cimento. A ossada de Douglas só foi encontrada pela polícia após a confissão de Adriano. Pelo crime, em 18 de junho de 2008, o júri de Soledade condenou Adriano à pena de 21 anos e 5 meses por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Volnei Siqueira dos Santos, 12 anos, desapareceu em 09 de julho de 2003, em Passo Fundo. Vendedor de rapadura na região do bairro Nossa Senhora Aparecida, há contradição no depoimento de Adriano: primeiro, confessou o crime e disse ter violentado o cadáver do menino; depois, voltou atrás e confessou somente a violência sexual. Sete adolescentes foram presos, confessaram o crime, ficaram 45 dias detidos e foram soltos após revelarem que confessaram sob pressão policial. O DNA de Adriano foi encontrado no sêmen colhido nas roupas de Volnei, cujo corpo foi encontrado cinco dias depois do crime, em um mato da Vila Jardim – processo n. 20500015300.

Em 15 de agosto de 2007, Adriano foi condenado a 32 anos, 2 meses e 15 dias por homicídio duplamente qualificado, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver; em 2010, o julgamento foi anulado a pedido da defesa. Um novo júri popular aconteceu em 11 de outubro de 2011, mantendo a sentença anterior – sentença: http://sdrv.ms/19S6cex.

O pequeno índio, Júnior Reis Loureiro, 10 anos, costumava ser visto vendendo artesanato em posto de combustíveis localizado às margens da ERS-153, na saída de Ernestina. No dia 14 de setembro de 2003, em Passo Fundo, conheceu Adriano, que prometeu vender os cestos para o menino. Adriano caminhou com a vítima por cerca de 500m até uma rua deserta, onde o asfixiou e matou. Para dificultar o encontro da vítima, colocou uma tábua sobre o corpo... disse à polícia que pensou em violentar o cadáver, mas teve nojo do cheiro do menino, cujo corpo foi encontrado no dia 22 do mesmo mês.

Em setembro de 2006, Adriano foi condenado à 21 anos e 8 meses pelo homicídio duplamente qualificado do menino – processo n. 20500011089.

Dia 29 de setembro de 2003, em Passo Fundo, o desaparecimento do menino de 11 anos, Jéferson Borges Silveira foi mais um caso emblemático, pois, um representante comercial de 48 anos chegou a ser preso pelo crime. Adriano assumiu o crime, mas voltou atrás e afirmou que só tinha mantido relações sexuais com o cadáver, que foi encontrado no dia 03 de outubro, em um mato da perimetral, sendo morto por estrangulamento. Foi condenado em 6 de outubro de 2010, à 37 anos de prisão.

Em 02 de outubro de 2003, em Passo Fundo, Luciano Rodrigues, 9 anos, que participava de programas sociais da Secretaria de Cidadania e Assistência Social e fora abordado por Adriano em uma dessas atividade, na Vila Xangrilá. Com a promessa de dinheiro, o menino seguiu Adriano por mais de 2km, sendo assassinado em um antigo campo do quartel, no bairro Nossa Senhora Aparecida... sua ossada foi encontrada em 29 de novembro. Pelo crime, Adriano foi condenado, em 2006, à pena de 37 anos, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 2050001100.

No dia 31 de outubro de 2003, Passo Fundo, Leonardo Dornelles dos Santos, de 8 anos, morador da Vila Santa Marta, costumava frequentar um fliperama, onde conheceu Adriano, que passou a tarde pagando fichas de jogos para alguns meninos. Atraído pelo criminoso até um mato, foi asfixiado e morto... a ossada foi encontrada no dia 17 de dezembro do mesmo ano. Adriano foi condenado a 21 anos, 10 meses e 20 dias de prisão – processo n. 20500011267.

Não estão disponíveis todas as sentenças...

Em Sananduva, no dia 03 de janeiro de 2004, Daniel Bernardi Lourenço, de 14 anos, era vendedor de picolés e foi atraído por Adriano com uma encomenda de R$29 em sorvetes para uma suposta festa. Chegando ao local combinado, foi espancado e violentado sexualmente, sendo localizado seu corpo no dia do crime, o que deflagrou uma caçada ao então foragido, Adriano, preso três dias depois escondido em um matagal em Maximiliano de Almeida. A perícia comprovou, dias depois, que o sêmen encontrado nas roupas de Daniel era de Adriano, que foi condenado no dia 25 de outubro de 2007, à pena de 24 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.

Adriano revelou detalhes sobre as mortes dos meninos; sem demonstrar qualquer emoção, disse como imobilizava suas vítimas e que só abusava sexualmente deles depois de mortos. Nunca levava nada das crianças; já fora condenado por latrocínio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver no Paraná onde cumpria pena de 27 anos pela morte de um taxista, de onde fugiu após seis meses Chegou a ser preso durante investigações feitas pela polícia gaúcha, mas foi solto por falta de provas. Desde, então, vagou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos.

Usava luvas e lenço para não deixar impressões digitais e disse que sentia uma “vontade íntima, um vício de matar”. O curioso é que, nos últimos meses, ele foi detido três vezes: uma por furto, outra por portar uma faca e uma terceira vez quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele. A polícia nunca desconfiou estar diante de um foragido... Adriano disse ter perdido seus documentos, se identificou como Gabriel (nome de seu irmão). Em liberdade, Adriano matou mais uma vez e foi novamente preso com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.

Antes, a série de assassinatos era tratada como fatos isolados; dez meses se passaram, com um total de 14 meninos assassinados ou desaparecidos na região e a insistência da polícia de que não havia ligação entre os casos. Adriano assumiu 12 dos quatorze assassinatos, inclusive alguns considerados esclarecidos pela polícia, além de confessar que era procurado desde 2001 por ter fugido da cadeia no Paraná pela morte do taxista.

Só atacava meninos de origem humilde, encontrados nas ruas, se utilizando a mesma técnica: atraía os meninos até locais desertos, onde os nocauteava com golpes de muay thai e as estrangulava com pedaços de corda. Em alguns casos, manteve relações sexuais com o cadáver da vítima, deixando no corpo dos meninos a prova que a polícia precisava para prendê-lo: seu próprio DNA.

Atualmente cumpre pena na Penitenciária de Charqueadas.

Reportagem sobre o caso


Fonte: Último Segundo
           Pasdemasque Blogspot
           Gente Estranha Blogspot

domingo, 9 de março de 2014

ERIC SMITH - Anjos Assassinos



Nascido no dia 22 de janeiro de 1980, Eric foi preso em 2 de agosto de 1993, aos 13 anos de idade, no condado de Steuben, em Nova Iorque, pelo assassinato, abuso sexual e mutilação de Derrick Robie, 4 anos de idade (Robie nasceu em 2 de outubro de 1988).




Segundo notícias, Eric era um menino solitário que sofria com as provocações de outros garotos por suas salientes orelhas, óculos de lentes grossas, sardas e cabelo vermelho. Atraiu Robie a um local ermo em um parque, onde o estrangulou e jogou pedras enormes em sua cabeça, despiu o menino e o sodomizou com um galho de árvore. A causa morte foi um trauma na cabeça combinado à asfixia.

Eric admitiu que matara Robie dois dias após seu funeral, sendo condenado, por unanimidade, por seu assassinato em segundo grau, pegando pena máxima disponível à época para assassinos juvenis: um mínimo de 9 anos à perpétua.

Eric e a vítima

Seus pais acharam o veredito de “culpado” injusto, pois, estavam convencidos de que o filho estava doente... embora o alívio da família de Robie, nada ameniza sua dor ao lembrarem que as pessoas perguntam “quantos filhos vocês têm?”... agora, a mãe de Robie responde que tem um menino em casa – o irmão de Derrick, Dalton Robie, 12 anos na época do crime – e outro no céu.

No verão de 1993, Eric participou de um programa de recreação realizado a um quarteirão da casa de Robie, que também fizera parte do programa. No dia 2 de agosto de 1993, a mãe de Robie não pode levá-lo ao programa e, então, o menino foi, pela primeira vez, sozinho... era praticamente ao lado de sua casa e não teria ruas para atravessar.

Na época do crime, os detalhes do fato não foram levado à público, porém, com o risco do deferimento da liberdade condicional de Eric, a família de Robie decidiu contar, em entrevista à CBS News:

O corpo de Robie foi encontrado em um pequeno pedaço de madeira, a meio caminho entre o parque onde ele estava indo e sua casa. Segundo o promotor Tunney, Robie foi atraído da calçada e estrangulado... o assassino, desconhecido, desenterrou uma grande rocha e outra menor, com as quais agrediu Robie. Depois, abriu a lancheira de Robie, comeu seu lanche, encontrou um pequeno galho de árvore com o qual sodomizou Robie... posteriormente, arrumou o corpo de Robie.”

Em suas declarações, Eric disse que “gostou, e gostou demais do que fez, e que não queria que aquilo acabasse”. Segundo o investigador, Eric estava feliz, alegre e gostava de fato de contar o que tinha acontecido. Inicialmente, negou, mas, de repente, mudou abruptamente sua história: “Do outro lado da rua, em campo aberto. Foi quando vi Derrick”. Descreveu as roupas e a lancheira que Derrick carregava.

Os vizinhos acreditavam que realmente Eric tivesse feito aquilo... segundo um deles, Erick perguntou o que aconteceria se descobrissem que o assassino era uma criança... a vizinha respondeu que achava que esta criança precisaria de ajuda psiquiátrica e percebeu o interesse dele em saber o que os testes de DNA apresentariam.

Na prisão, escreveu uma carta à família de Robie: “Sei que minhas ações causaram uma terrível perda na família de Robie e, realmente, sinto muito... tentei pensar em tudo o que Derrick nunca experimentará: seu 16º aniversário, Natal, casa próprias, graduação, faculdade, casamento, seu primeiro filho. Se pudesse voltar no tempo, gostaria de trocar de lugar com Derrick e suportar toda dor que causei a ele”... ao final da declaração, afirma que não pode suportar a ideia de “muros, arame farpado e barras de metal pelo resto da vida”. Engraçado que, em vez de desejar nunca ter feito isso, ele desejaria “trocar de lugar com a vítima para sentir o que o menino sentiu”...

Segundo o promotor de Justiça John Tunney, em momento algum duvidou que, se não tivesse prendido Eric, este teria matado novamente.

Eric Smith teve sua condicional negada por 5 vezes desde 2002... a última ocorreu em maio de 2012.

Fonte: Murderpedia.org
           Inerte.com


MIYUKI ISHIKAWA, a "Parteira do Demônio"



Nascida em 1897, em Kunitomi, se formou na Universidade de Tóquio e, mais tarde, se casou com Takeshi Ishikawa, porém, não teve filhos. Trabalhou como diretora do Hospital Maternidade de Kotobuki, considerada uma parteira experiente.

Na década de 1940, havia muitos bebês em sua maternidade e Miyuki se viu diante de um dilema: muitos dos pais dessas crianças eram pobres e incapazes de criar seus filhos e ela não poderia ajudar essas crianças, devido à falta de serviços sociais ou de caridade.

Miyuki encontrou uma solução: resolveu negligenciar inúmeras crianças, o que levou muitos à morte. O número exato de vítimas é desconhecido, mas estima-se que ela tenha matado pelo menos 103 (cento e três) bebês. A maioria das parteiras do Hospital Kotobuki renunciaram a seus cargos, revoltadas com as práticas determinadas por Miyuki.

Tempos depois, ela tentou arrecadar grana pelos assassinatos, solicitando grandes somas de dinheiro dos pais alegando que a despesa seria menor do que criar uma criança não desejada. Um médico, Shiro Nakayama, cúmplice do esquema, ajudou o casal falsificando atestados de óbito, práticas que foram ignoradas pela polícia do distrito de Shinjuku.

Antes desses acontecimentos, casos semelhantes já haviam ocorrido... o povo de Itabashi foi acusado, em 1930, pelo assassinato de 41 (quarenta e uma) crianças adotivas. Hatsutaro Kawamata foi preso em 1933 pelo assassinato de pelo menos 25 (vinte e cinco) filhos adotivos. O governo japonês estava ciente da crise, mas nada fazia. Casos de infanticídio eram vistos normalmente como lesão corporal com resultado morte pelo Código Penal do Japão até 1907.


PRISÃO E JULGAMENTO

Dois policiais da delegacias de polícia de Waseda encontraram acidentalmente os restos de cinco das vítimas de Miyuki, em 12 de janeiro de 1948. Autópsias realizadas nos corpos provaram que eles não morreram de causas naturais... Miyuki e Takeshi foram presos no dia 15 de janeiro de 1948.



As vítimas foram abandonadas, então ela culpava os pais por sua morte. O público apoio (!!!) a justificativa de Miyuki, mas Yuriko Miyamoto entendeu como discriminação. Ao investigar mais profundamente, encontraram mais 40 (quarenta) cadáveres na casa de um agente funerário... mais trinta corpos foram descobertos em um templo. O grande número de cadáveres recuperados e o período de tempo em que os assassinatos ocorreram tornou difícil para as autoridades determinar o número exato de vítimas.

As autoridades viram seus homicídios como crime de “omissão”. No Tribunal Distrital de Tóquio, Miyuki foi condenado a 8 (oito) anos de prisão; Takeshi e Dr. Shiro Nakayama foram condenados a 4 (quatro) anos de prisão. O casal apelou de suas sentenças e, em 1952, o Tribunal Superior de Tóquio revogou a sentença original e Miyuki foi condenada a 4 (quatro) anos de prisão, e Takeshi a 2 (dois) anos.

Este incidente é considerado a principal razão pela qual o governo japonês começou a considerar a legalização do aborto: o aumento do número de crianças indesejadas nascidas no Japão. Em 13 de julho de 1948, a Lei de Proteção Eugênica – agora, Lei de Proteção ao Corpo da Mãe – e um sistema de exames nacionais de parteiras foi estabelecido. Em 24 de junho de 1949, o aborto por razões econômicas foi legalizado sob a proteção desta lei.


Fonte: Murderpedia.org


terça-feira, 4 de março de 2014

CRAIG PRICE - Anjos Assassinos



No dia 4 de setembro de 1989, Marie Bouchard foi visitar sua filha Joan Heaton, de 39 anos, e seus dois netos, Jennifer, 10 anos, e Melissa, 8 anos, na região metropolitana de Buttonwoods, em Warnidk, Rhode Island. Marie estava preocupada pois não tinha notícias da filha há uma semana.

Quando Marie chegou à casa, acharam estranho ninguém atender a porta após tocarem a campainha várias vezes e sabiam que Joan deveria estar por perto, pois, o carro estava estacionado na garagem. Decidiram entrar...



Imediatamente, perceberam que algo estava errado: o interior da casa estava salpicado de sangue, além do cheiro pútrido que permeava o ar. Ao caminharem mais para dentro da residência, fizeram a terrível descoberta... Joan estava deitada no corredor sob lençóis encharcados de sangue... sua filha mais velha, Jennifer, estava próximo à Melissa, no chão da cozinha. As três foram brutalmente assassinadas.

Marie chamou a polícia que, imediatamente, isolou a cena do crime e deu início às investigações. O crime chocou a polícia: todas as vítimas foram esfaqueadas várias vezes com facas de cozinha... a filha mais nova, Melissa, foi esfaqueada com tanta força que uma das lâminas rompeu seu pescoço; ela teve o crânio esmagado com um banquinho de cozinha. Joan foi esfaqueada 57 vezes, espancada e estrangulada. Acreditava-se que estavam mortas à 3 dias da descoberta.



A polícia de Warnick se empenhou ao máximo para pegar o assassino, contando, ainda, com a ajuda do FBI. O profiler McCrary acreditava que o assassino era provavelmente alguém da vizinhança, sugerindo ainda que conectassem este crime à outro ocorrido dois anos antes, em Buttonwoods, devido às coincidências.

Em julho de 1987, Rebecca Spencer, 27 anos, foi encontrada morta em sua sala de estar... foi esfaqueada várias vezes. Ela se preparava para se mudar para outro bairro.



Em ambos os casos – Heaton e Spencer – o assassino usou uma arma que já estava presente na casa. Para McCrary, as vítimas flagraram o assassino quando este ingressara na residência com outra finalidade, sendo assassinadas com uma “arma de oportunidade”. Outra semelhança foi o exagero com que as vítimas foram mortas... Joan e Rebecca foram esfaqueadas cerca de 60 vezes cada uma, e as crianças aproximadamente 30 vezes... pelo modo frenético com o qual foram esfaqueadas, certamente, o assassino teria cortado a própria mão, e pediu que os investigadores procurassem alguém pela vizinhança que tivesse a mão cortada ou enfaixada.

No dia 5 de setembro de 1989, os detetives Ray Pendergast e Mark Brandreth, ao patrulhar um parque perto de Buttonwoods, o primeiro avistou um rosto familiar: um garoto da vizinhança, Craig Price, de 15 anos, que ele treinara em um programa de basquete local.

Pendergast perguntou se Craig ouvira algo sobre os assassinatos; Craig disse que sim, pois, vira os corpos saindo da casa no dia anterior... ele morava há algumas portas de distância da família Heaton.

Os detetives perceberam que Craig tinha um curativo na mão e, curioso, Pendergast perguntou se ele tinha se machucado... Craig disse que tinha bebido algumas noites antes e, ao dar um soco na janela de um carro que tentara furtar, na Avenida Keeley, cortou a mão. O detetive perguntou se ele tinha certeza disso, pois, por que ele admitiria a dois policiais que tentou furtar um carro?

Parecia improvável que um adolescente cometeria tais crimes, muito menos uma criança tão bem-humorada e alegre como Craig... porém, Craig tinha um corte na mão e morava na mesma rua, fatos que os detetives não podiam ignorar.

Os detetives foram averiguar e não encontraram qualquer registro de tentativa de furto de carro na referida avenida e nem de qualquer vidro de carro quebrado. As suspeitas contra Craig aumentaram...


INVESTIGAÇÕES SOBRE CRAIG

Craig, aos 15 anos, já tinha um histórico de crimes que incluía arrombamento, roubo, espreitava o interior das casas da vizinhança e uso de drogas, além de ser conhecido por um temperamento violento. A polícia já tinha sido chamada à sua casa em mais de uma ocasião para resolver brigas em que se envolvera.

Decidiram questionar Craig mais profundamente... pediram que fosse com seus pais à delegacia para prestar esclarecimentos. Craig foi questionado mais detalhadamente sobre como ele cortou a mão... ele manteve sua história e os detetives pediram que ele passasse pelo detector de mentiras. Submetido ao polígrafo, este identificou Craig como desonesto, porém, não era prova o suficiente.

Amigos e conhecidos de Craig disseram que ele participava de uma gangue conhecida por arrombar casas, e que ele tinha se vangloriado por matar Rebecca Spencer – foi a primeira evidência que ligava Craig a um assassinato. Rapidamente, os investigadores conseguiram um mandado de busca para a casa de Craig.


No dia 17 de setembro, pela manhã, os detetives foram à casa de Craig, o que deixou seu pai chocado, porém, ele não tinha escolha a não ser deixá-los entrar. No galpão atrás da casa, encontraram várias provas incriminatórias: em um saco havia várias facas ensanguentadas (que descobriram ser sangue da família Heaton), juntamente com roupas ensanguentadas, luvas e outros objetos. Então, os investigadores acordaram Craig e o prenderam pelo assassinato de Joan, Jennifer e Melissa. Surpreendentemente, ele não se desesperou.

Para espanto dos detetives, Craig, na delegacia, imediatamente confessou os assassinatos dos Heaton, descrevendo em detalhes os acontecimentos fatídicos, apesar de vez ou outra alterar sua história. Com o relato de Craig, seu pai saiu às pressas da sala de interrogatório para vomitar e não conseguiu mais voltar. A mãe de Craig permaneceu horrorizada ao lado do filho enquanto ele relatava seus crimes.

Craig disse que sua intenção principal era arrombar a casa... encontrou uma janela aberta na cozinha e entrou, caindo acidentalmente sobre uma mesa que quebrou. Apesar do barulho, prosseguiu o roubo... não percebeu que o barulho despertou Joan que, ao entrar na cozinha, viu Craig, ao acender a luz. Os gritos de Joan acordou as crianças; Melissa correu para a cozinha para chamar a polícia, mas Craig a dominou.

Pegou algumas facas na cozinha e começou a esfaqueá-las. Durante o ataque, uma das meninas mordeu a mão de Craig que, em um acesso de raiva, mordeu o rosto da menina. Craig também mordeu Joan, quebrou um banco no rosto da menina Melissa quando ela continuou a lutar com ele. Acidentalmente, ele esfaqueou a própria mão, tirou as luvas que usava e cuidou dos ferimentos no banheiro dos Heaton, deixando um rastro de sangue e impressões atrás dele...

Admitiu ter coberto os corpos com cobertores e, em seguida, tentou limpar a cena do crime com toalhas, mas com medo de ficar por muito tempo na casa e a polícia surpreendê-lo, desistiu. Reuniu as toalhas, facas, luvas e fugiu do local.

Ao chegar em casa, escondeu suas roupas encharcadas de sangue em uma bolsa no sótão – os detetives encontraram, mais tarde, o saco no exato local que Craig disse...

Logo após, os detetives mais uma vez foram surpreendidos por Craig; perguntado sobre Rebecca Spencer, ele admitiu que também a matou – ele tinha apenas 13 anos na época. Sem qualquer dificuldade, deu detalhes da noite em questão, mostrando pouco remorso. Os detetives sentiam, ao mesmo tempo, repulsa e alívio, solucionando quatro assassinatos em poucas horas.


CONSEQUÊNCIAS

Embora a brutalidade de seus crimes, Craig nunca enfrentou um julgamento ou cumpriu pena de prisão, pois, confessou seus crimes há algumas semanas antes de seu 16º aniversário. De acordo com a lei de Rhode Island, os tribunais deveriam encaminhá-lo à uma instituição juvenil até completar 21 anos – portanto, após 5 anos, Craig seria um homem livre, com o registro limpo.

Essa decisão enfureceu os cidadãos de Rhode Island, especialmente as famílias das vítimas. A lei trabalhava a favor de Craig e, naquela época, serial killers com idade menor que 16 anos eram raros... Craig foi considerado um dos mais jovens assassinos do país.

Mesmo não podendo ser julgado, Craig teve que passar por uma audiência antes de ser enviado à instituição. No dia 21 de setembro de 1989, Craig apresentou-se perante o juiz Carmine R. DiPetrillo, no Tribunal do condado de Kent, sendo considerado culpado dos assassinatos e acusações de roubo.

Condenado à 5 anos no “Centro de Treinamento Correicional”, de Rhode Island, de segurança máxima; foi determinada a sua submissão à exame psicológico intenso e terapia. Craig se recusou ao tratamento e também a discutir oficialmente os assassinatos invocando a Quinta Emenda.

Com base no parecer de seus advogados, se retirou do programa de diagnóstico e tratamento... de acordo com os documentos judiciais, o argumento utilizado foi baseado “no temor de que o exame psiquiátrico resultasse no encaminhamento de Craig à uma clínica psiquiátrica, o que poderia ultrapassar o seu 21º aniversário”.

Na instituição, Craig completou o ensino médio e começou a fazer cursos universitário online, para conseguir um bom emprego ao deixar o centro.

Em 1993, embora tenha recusado o tratamento, desenvolveu uma reputação por bom comportamento que rendeu a permissão para aconselhar outros jovens; ainda, teve a permissão de fazer um vídeo de rapa, que incluiu letras ameaçadoras.

Quando souberam, através de reportagens, do tratamento VIP recebido por Craig na instituição, os cidadãos de Rhode Island exigiram sua interrupção. O tempo para a libertação de Craig estava se expirando – tinha menos de um ano e meio para que descobrissem uma forma de mantê-lo na instituição.


CAMPANHA CONTRA A LIBERTAÇÃO

Quatro pessoas foram fundamentais na campanha: Marie (mãe de Joan), sua irmã, Mary Lou, o capitão Kevin Collins (liderou a investigação dos Heaton) e o Procurador-Geral Jeffrey Pine.

Em 1990 pressionaram o legislativo para a aprovação do projeto de lei O'Neil, que endureceu penas sobre assassinos adolescentes. Em maio de 1994, o então presidente Bill Clinton também demonstrou sua indignação em saber que Craig seria libertado em aproximadamente 6 meses.

Em 8 de junho de 1994, Rhode Island ficou chocada em saber que Craig foi indiciado por uma acusação de agressão simples e extorsão ao ameaçar o diretor da instituição, Mark Petrella. Acusado, institui-se a fiança de 500mil dólares e seu julgamento foi marcado. Neste mesmo mês, ele foi informado de que sua recusa em se submeter a exames psiquiátricos poderia levá-lo a ser preso por desacato ao tribunal, mas ele não se abalou.

Ao ser ouvido no tribunal, em 27 de junho, novamente determinado que passasse por exame psiquiátrico, Craig se recusou e o juiz acrescentou mais um ano a sua permanência na instituição.

Em outubro de 1994, Craig foi condenado à 15 anos, oito dos quais foram suspensos por sua permanência na Instituição Correicional de Adultos, em Cranston. Em fevereiro de 1996, mordeu o dedo de um agente penitenciário – o que acrescentou mais um ano à sua condenação.

Em outubro de 1998, mais sete anos foram adicionados à sua sentença por agredir outro agente penitenciário, o que se seguiu em fevereiro de 1999 e outubro de 2001, condenado a um total de mais 4 anos por agressão verbal e física aos agentes penitenciários.

Atualmente, não há como dizer “quando” Craig será libertado... a data está prevista para fevereiro de 2022, porém, alguns esperam que ele seja libertado bem depois disso, devido seu comportamento agressivo.

Fonte: Murderpedia.org


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