segunda-feira, 7 de outubro de 2013

JEROME BRUDOS, o "Matador com fetiche por sapatos"



Nascido em Dakota do Sul, em 31 de janeiro de 1939, Brudos era o caçula de 4 (quatro) filhos. Como sua mãe desejava uma menina, passou a vestir e calçar Brudos com vestidos e sapatos de mulher, ao mesmo tempo em que o depreciava, espancava e maltratava.


Mudou-se para a Califórnia com toda a sua família e cresceu com uma raiva profunda e permanente contra sua dominadora mãe e um estranho e precoce fetiche por sapatos de mulheres.

Ao descobrir um par de sapatos de saltos altos em um aterro local, ele os trouxe para casa, onde foram confiscados e queimados por sua mãe. Quando entrou para a escola, Brudos roubava sapatos de sua irmã; aos 16 anos, então vivendo no Oregon, ele diversificou com arrombamento, retirando sapatos de casas vizinhas, algumas vezes pegando roupas íntimas femininas dos varais.

Em 1956, aos 17 anos, Brudos bateu em uma garota que resistiu aos seus grosseiros avanços em um encontro, acabando em um tribunal juvenil, ordenado a visitar o hospital estadual em Salem como um paciente externo, enquanto continuava sua educação de segundo grau. Fora diagnosticado com esquizofrenia. Formou-se e virou técnico em eletrônica.


Entrando para o Exército em março de 1959, foi incomodado por sonhos de uma mulher rastejando para sua cama à noite. Uma conversa com o psiquiatra do Exército o levou à dispensa em 15 de outubro de 1959, indo para casa viver com seus pais em Salém, mudando-se para o depósito de ferramentas.

Sem o conhecimento de sua família, Brudos tinha começado a importunar as mulheres locais, espreitando-as até ter uma chance de bater nelas e sufocá-las levando-as à inconsciência, saindo com seus sapatos. 

Ainda virgem em 1961, encontro sua futura esposa e rapidamente engravidou-a, indo para o altar por um senso de obrigação. Em 1967, estabelecido no subúrbio de Aloha, Portland, Brudos começou a reclamar de enxaqueca e "de perder a consciência", aliviando seus sintomas com incursões noturnas à espreita para roubar sapatos e roupas íntimas rendadas. Em uma ocasião, uma mulher acordou e deparou-se com ele mexendo em seu armário. Brudos deixou-a inconsciente, estuprando-a antes de sair.

Em 26 de janeiro de 1968, Linda Slawson, 19 anos, estava vendendo enciclopédias de porta em porta quando bateu à porta de Jerry Brudos. Surrada com cacetete e estrangulada até a morte em seu porão, ela tornou-se a primeira das cinco vítimas conhecidas assassinadas por Brudos no Oregon.

A segunda, Stephanie Vikko, de 16 anos, desapareceu de Portland em julho. Uma terceira, a estudante Jan Whitney, 23 anos, desapareceu em 26 de novembro no trecho a duas horas de distância, entre Eugene e McMinnville, e seu carro foi abandonado ao norte de Albany, Oregon.

Residência e garagem de Brudos

Assim, as autoridades estavam trabalhando em uma linha de desaparecimentos, sem nenhuma prova concreta de homicídio. Isso mudou em 18 de março de 1969, com a descoberta dos corpos de Stephanie Vikko em uma área de floresta ao norte de Forest Grove. Nove dias depois, Karen Sprinker, 19 anos, desapareceu de um estacionamento em Salem, deixando seu carro. Duas testemunhas relataram ter visto no mesmo dia um homem grande, vestido com roupa de mulher, andando no estacionamento.

Enquanto a polícia esteve procurando pelo suspeito, Brudos enfrentou uma crise menor em sua própria casa, pois, ao limpá-la, sua esposa descobriu fotografias de Jerry vestido como drag e encontrou também um peito de "plástico", descrito por Brudos como "peso de papéis" (de fato, era um troféu de caça, tratado com conservantes). Ela não viu as outras fotografias que mostravam Brudos com suas vítimas, posando com seus corpos vestindo-as com roupas íntimas com babados, como bonecas em tamanho natural, mas a suspeita obscura começou a envenenar seu espírito de qualquer forma.

Vítimas

Em 23 de abril de 1969, Brudos fez sua vítima final, capturando Linda Salee, 22 anos, em um Shopping de Portland. Seu corpo foi afundado preso a um auto-transmissor, sendo retirado do rio Long Tom em 10 de maio. Dois dias depois, 15 metros rio abaixo, uma equipe de mergulhadores descobriu a vítima Karen Sprinker, presa a um bloco de motor como peso. O segundo corpo vestia um sutiã muitos números maior, cheio de papel-toalha para esconder que seus seios haviam sido amputados.

Entrevistas com colegas de escola revelaram diversas histórias de um auto-descrito "veterano do Vietnã" idoso que frequentemente abordava garotas no campus, pedindo encontros. A polícia demarcou a cena de um desses rendez-vous em Corvallis, em 25 de maio, inquirindo Jerry Brudos intensamente antes de deixá-lo ir. 

Corpo encontrado










                         



Preso sob acusação de armas escondidas cinco dias depois, Brudos sucumbiu e confessou assassinatos em detalhes, orientando as autoridades para a evidência que comprovaria o seu caso. 

Em 27 de junho de 1969, Brudos admitiu a culpa nos assassinatos de Linda Slawson, Jan Whitney, Linda Salee e Karen Sprinker e foi sentenciado à prisão perpétua.

Sua popularidade com os companheiros de cela é registrada em uma lista de "acidentes" na prisão, incluindo um que o deixou com o pescoço fraturado em 1971.
Faleceu na prisão, em 28 de março de 2006, com câncer no fígado.


Jerry Brudos colecionava troféus de suas vítimas, além de fotos que tirava com as mesmas depois de mortas e vestidas da maneira como ele apreciava. Eram pesos de papel feitos com seios que amputava das mulheres; o pé esquerdo de Linda Slawson, a primeira vítima, que ele usava em alguns sapatos de sua coleção. Em algumas situações, Brudos obrigava sua esposa a executar as prendas domésticas nua, usando apenas salto alto.



Fonte: A Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton.


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