sábado, 28 de junho de 2014

ROBERT PICKTON, o “Assassino da Fazenda de Porcos”



Robert William Pickton, conhecido como “Willie”, nasceu em 26 de outubro de 1949. Morador de Port Coquitlam, British Columbia, no Canadá, era criador de porcos e foi condenado pelo assassinato em segundo grau de seis mulheres, porém, também é acusado pela morte de outras, muitas delas prostitutas e usuárias de drogas, em Vancouver. Em dezembro de 2007 foi condenado à prisão perpétua, sem possibilidade de condicional por 25 anos – a sentença mais longa disponível sob a lei canadense por assassinato.

A fazenda

Confessou a um policial disfarçado, enquanto estava no cárcere que, o que o deixava muito chateado era ter sido negligente em suas ações nos últimos tempos – pouco antes de ter sido pego – pois, faltava apenas uma vítima para chegar à escala de 50 assassinatos e, desta forma, superaria a marca do “Assassino de Green River” (EUA), ao qual atribuem cerca de 42 assassinatos... essa era a insatisfação dele...


A DESCOBERTA

No dia 5 de fevereiro de 2002, a polícia executou um mandado de busca para armas de fogo ilegais na propriedade de Pickton e seus três irmãos... levado sob custódia, a polícia obteve um segundo mandado para a fazenda como parte da investigação sobre mulheres desaparecidas, quando itens pessoais – incluindo um inalador para asmáticos, pertencente a uma das mulheres desaparecidas – foram encontrados. Apesar disso, no dia. seguinte, Willie foi liberado e mantido sob vigilância policial.

No dia 22 de fevereiro de 2002, Willie foi preso e acusado por dois crimes de homicídio qualificado pelas mortes de Sereena Abotsway e Mona Wilson... em 2 de abril de 2002 mais três acusações foram adicionadas pelos assassinatos de Jacqueline McDonell, Diane Rock e Heather Bottomley. A sexta acusação pelo assassinato de Andrea Joesbury foi adicionada em 9 de abril de 2002, seguida por uma sétima acusação por Brenda Wolfe.

O inalador de Sereena Abotsway encontrado no escritório de Willlie

Em 20 de setembro, mais quatro acusações foram adicionadas pelos assassinatos de Georgina Papin, Patricia Johnson, Helen Hallmark e Jennifer Furminger... depois, seguiram-se de Heather Chinnock, Tanya Holyk, Sherry Irving e Inga Hall no dia 3 de outubro de 2002.

No dia 26 de maio de 2005, mais doze acusações foram lançadas contra ele pelas mortes de Cara Ellis, Andrea Borhaven, Debra Lynne Jones, Marnie Frey, Tiffany Drew, Kerry Koski, Sarah Devries, Cynthia Feliks, Angela Jardine, Wendy Crawford, Diana Melnick e uma mulher não identificada.

Foto do interior do trailer de Willie, onde foi
 encontrado sangue de Mona Wilson
A cozinha de Willie, onde foi encontrado um vibrador - entre
 outros brinquedos sexuais apreendidos em
 toda a propriedade - com DNA de Mona Wilson e
 também uma fronha com DNA de Andrea Joasbury












Porta no matadouro de Willie onde foi
 encontrado DNA de Mona Wilson

Cutelo encontrado com DNA de Dinah Taylor









As escavações continuaram até novembro de 2003, o que elevou os custos da investigação e, atualmente, a propriedade esta penhorada pela Coroa. Nesse meio tempo, todas as construções foram demolidas... a análise forense era difícil, pois, os corpos poderiam ter sido deixados para se decompor ou dados aos porcos na fazenda.

Em 10 de março de 2004 foi revelado que a carne humana pode ter sido moída e misturada à carne dos porcos, e distribuída comercialmente ou entregue a amigos e visitantes da fazenda... outra alegação é que Willie teria alimentado os porcos com os corpos das vítimas.

Neste balde - e em outros também - foram encontrados
partes do corpo de Andrea Joesbury

Na investigação preliminar, foi descoberto que Willie foi acusado em 1997 de ter esfaqueado uma profissional do sexo que sobreviveu e testemunhou que “após dirigir até a Fazenda Port Coquitlam e ter relações sexuais com ela, ele colocou uma algema em sua mão esquerda e esfaqueou seu abdômen, e que ela também tinha esfaqueado Willie... depois, ambos foram tratados no mesmo hospital, onde os funcionários usaram uma chave encontrada no bolso de Willie para remover as algemas do pulso dela”.

Freezer, armário, duas mesas e um gancho encontrados
no matadouro de Willie, local onde foram encontrados restos mortais de Mona Wilson

Essa acusação de tentativa de assassinato foi suspensa porque a mulher tinha problemas com drogas e o Ministério Público entendeu que seu depoimento era “instável”... as roupas e botas de Willie ficaram armazenadas por mais de sete anos em um armário do departamento de polícia e, em 2004, testes de DNA mostraram que duas das mulheres desaparecidas tinham amostras de DNA compatíveis com Willie – o que foi comparado com o DNA existente em seus pertences armazenados resultando POSITIVO.

No dia 20 de fevereiro de 2007, foram apresentadas ao tribunal as seguintes informações:
dentro do trailler de Willie: um revólver calibre 22, uma caixa de munição para Magnum 357, óculos de visão noturna, dois pares de algemas forradas, uma seringa com 3ml de um líquido azul e afrodisíaco chamado “mosca espanhola”;

um vídeo de um amigo de Willie onde este lhe diz conhecer uma excelente maneira de matar uma viciada em heroína: injetando um fluido de para-brisa; em outro vídeo, Willie diz ter matado prostitutas após algemá-las e estrangulá-las e, em seguida, a faz sangrar eviscerando-as para alimentar os porcos;
fotos de uma lata de lixo contendo restos mortais de Mona Wilson.

No dia 17 de dezembro de 2007, Willie foi condenado pela morte de:
Sereena Abotsway, 29 anos, desaparecida em agosto de 2001;
Mona Lee Wilson, 26 anos, vista pela última vez em 23 de novembro de 2001 e dada como desaparecida em 30 de novembro de 2001;
Andrea Joesbury, 22 anos, vista pela última vez em junho de 2001;
Brenda Ann Wolfe, 32 anos, vista pela última vez em fevereiro de 1999 e foi dado como desaparecido em abril de 2000;
Marnie Frey Lee, vista pela última vez em agosto de 1997;
Georgina Papin, vista pela última vez em 1999.

Muitos detalhes sobre o que foi encontrado na fazenda foram proibidos de serem noticiados ao público... o que se teve notícia é de que o que lá acontecia era bem pior do que se imaginava. A mídia noticiava sobre pés, dentes, ossos, partes de corpos, picador de madeira, freezers com alguns restos mortais... alguns repórteres foram ameaçados com prisão se relatassem algo do que existia nos autos ou do que fora dito nas audiências.


TRADIÇÃO NA SUINOCULTURA

Em 1905, William Pickton, bisavô do serial killer, comprou um terreno perto de um hospital psiquiátrico e começou a criar porcos... seus filhos e netos cresceram criando porcos... no final dos anos 50, os Picktons foram forçados a vender sua fazenda e tiveram que investir em outros negócios.

Em 1963, Leonard Pickton e sua esposa, Helen Louise, compraram 40 hectares de pântano por 18mil dólares e começaram a criar porcos... tiveram 3 filhos: Robert, David e Linda – esta última não foi criada na fazenda, mas na cidade, onde frequentou o internato, casou com um homem de negócios e atualmente mora em South Granville, perto do centro de Vancouver.

David e Robert permaneceram na fazenda, cheirando a porcos, sangue e carnificina. Seu pai morreu em 1978 e sua mãe em 1979... herdaram, portanto, a fazenda, junto com sua irmã.

A terra comprada em 1963 foi avaliada em 300mil dólares em 1993 e, posteriormente, em 7,2 milhões de dólares em 1994... venderam parte da fazenda a uma empresa de desenvolvimento de moradias, e a cidade de Port Coquitlam comprou outro pedaço de sua propriedade por 1,2 milhão de dólares, construindo um parque. Em 1995, outra parte da fazenda foi vendida por 2,3 milhões e foi construído o Blakeburn Elementary School.

Foi nessa época de prosperidade dos Pickton que as mulheres começaram a desaparecer em larga escala: Catherine Gonzales (1995), Catherine Cavaleiro, Dorothy Spence, Diana Melnick, Tanya Holyk, Olivia Willians, Frances Young, Stephanie Lane, Helen Hallmark, Janet Henry e daí em diante...

Neste documento, vocês poderão ler toda a conversa de Pickton com o policial disfarçado em uma cela no presídio... no final da página 157 para a página 158 verão quando Willie lamenta não ter alcançado a marca dos 50 assassinatos para poder ultrapassar o “Assassino de Green River”, dos EUA – link: http://sdrv.ms/KdBKXX (texto em inglês).

Neste vídeo de 9 minutos, extraído da gravação acima transcrita, em alguns momentos ele se diz chateado por não ter feito a vítima número 50 e, ao final, por não ter ultrapassado a marca do Assassino de Green River... pelo menos não oficialmente. Também em inglês:

O blog do Aprendiz Verde traz uma excelente cobertura sobre Robert Pickton e todo o procedimento da investigação, incluindo fotos do caso:


Fonte: Murderpedia
           Crime Library
           O Aprendiz Verde


PETER ZIMMER - Anjos Assassinos


Nascido em 07 de julho de 1968, Peter assassinou seus pais adotivos e seu irmão, quando tinha 14 anos de idade, na casa onde moravam no condado de Iowa, no dia 23 de maio de 1983.

Hans Zimmer, o pai adotivo, imigrou da Alemanha para Chicago ainda jovem... casou-se com Sally Sokol e, em 1968, adotaram um menino recém-nascido, Peter. Quatro anos depois eles adotaram outro menino. Ao perder seu emprego como mecânico de avião, mudaram-se para Mineral Point, onde o irmão de Sally tinha uma empresa que fazia cristais para rádios.


Moravam em uma casa de campo a poucos quilômetros da cidade e Peter estudava em uma escola em Mineral Point, sendo considerado um garoto popular, passando rapidamente a integrante da equipe de atletismo do colégio.

Em maio de 1983 a família estava em Wisconsin a cerca de dois meses quando um conselheiro escolar recebeu um telefonema de uma pessoa da antiga escola de Peter, em Illinois, dizendo que o rapaz havia mencionado que mataria toda a família.


Quando os detetives chegaram até a casa de Peter, descobriram Hans, 48 anos, morto na varanda com cinco perfurações à bala, sua esposa, Sally, 44 anos, esfaqueada pelo menos 15 vezes e arrastada até um galpão, e seu filho Perry, 10 anos, morto em um quarto no andar de cima da casa, esfaqueado por mais de 20 vezes.

Peter fugiu com o carro de seu pai, depois pegou uma carona até Kansas, onde foi preso ao utilizar o cartão de crédito de seu pai. Havia 6 revólveres no carro...


A Lei Wisconsin, na época, não permitiu que Peter fosse julgado como adulto... ele não contestou os assassinatos e foi julgado apenas “delinquente”, sendo mantido na Instituição Ethan Allen até pouco antes de seu aniversário de 19 anos, o limite legal da época.

Durante este tempo, ele também recusou aconselhamento clínico e terapia, lia vorazmente as cartas que recebia de seus amigos em Illinois e Wisconsin e NUNCA foi considerado culpado, tendo, portanto, direito a reivindicar a propriedade dos Zimmer como único herdeiro – situações que foram sanadas após este caso... atualmente, isto não mais é possível legalmente.

Trajetória de Paul Zimmer até se tornar Jovan Collier

Seus tios lutaram contra este pagamento, mas no final acordaram quanto a este e Peter ganhou uma nova oportunidade: receberia aluguel, taxa de matrícula em uma escola e cem dólares por mês durante quatro anos, a menos que violasse o acordo retornando aos locais onde residem os parentes das vítimas – Wisconsin, Illinois e Arizona.

Em julho de 1987 recebeu um novo nome – Jovan Collier – e pegou um avião para Fort Lauderdale para recomeçar sua vida. Nas primeiras semanas, conheceu várias garotas na praia; disse que precisava se “ressocializar”...

Um ano depois, teve uma filha com uma mulher de Wisconsin e, anos mais tarde, cursava a faculdade de Saint Louis, segundo registros do tribunal. Serviu a Guarda Nacional Aérea por 8 meses no ano de 1990.

Filha de Collier - Nicole

Para outras pessoas, disse que esteve na Marinha até 2005 – nunca houve registro disso... quanto à família, disse que seus pais foram mortos por um motorista bêbado e chegou a levar sua nova família para visitar o túmulos deles, chorava e colocava flores – lembrou um amigo.

Após dois casamentos, Jovan conheceu Candy Williams em Saint Petersburg, no segundo semestre de 2005, indo morar cerca de três meses depois e planejavam se casar... segundo Candy, Jovan disse que era divorciado, tinha um filho em Indiana, voando para lá várias vezes para visitá-lo... mais tarde soube que ele ainda era casado e passou fins de semana tentando se reconciliar com sua esposa.

Jovan/Peter com Candy

Além do mais, fazia visitas periódicas a sua mãe biológica, com quem teve um primeiro contato em 2005, comprovando seu vínculo através de exame de DNA... ela havia contratado um detetive particular para encontrá-lo, então, ele ouviu sua história, compreendeu e passaram a ter um bom relacionamento desde então.

Candy também descobriu que, além de visitar a mãe, Jovan/Peter tinha uma namorada lá... ao perder o emprego, ele passava muito mais tempo no computador e tinha dois perfis em sites de namoros... Candy, então, abandonou Peter/Jovan.

A partir de então, ele começou a persegui-la, vandalizou sua vasa e, com medo e assustada, Candy chamou a polícia, obtendo uma liminar contra Jovan devido a violência doméstica. Apesar disso, o assédio de Peter só aumentou: ela recebia pacotes pelo correio com flores, brinquedos sexuais e até um leitão morto... ele chegou a sabotar o GPS dela, o que fez com que ela comprasse uma arma.

Peter ainda criou perfis em sites de sexo no nome e endereço de Candy, postando algumas fotos suas... alguns homens apareceram em sua porta.

Ela desconhecia completamente seu passado... Peter/Jovan foi condenado a 3 anos e meio em uma prisão estadual da Flórida, no dia 16 de maio de 2010, por assédio agravado. Perguntado porque matara seus pais anos atrás, ele respondeu que seu pai batia nele, sua mãe não o protegia e que tinha ciúmes de seu irmão mais novo, pois, era considerado pelo casal como “o filho perfeito”...

Fonte: Murderpedia.org
           The Journel Sentinel
           Daily Mail


domingo, 8 de junho de 2014

JOHNNY FRANK GARRETT - Anjos assassinos



A freira Tadea Benz, de 76 anos, dormia em seu quarto no segundo andar do Convento de São Francisco, em Amarillo, na noite de Halloween, em 1981, quando Johnny Frank Garrett, de 17 anos, entrou... ele a estuprou e sufocou até a morte. Segundo ele, a freira recitou uma oração durante o ataque.

No dia 11 de fevereiro de 1992, um mês depois de ganhar um indulto do governador, Garrett foi executado por injeção letal, após o Supremo Tribunal de Justiça rejeitar três recursos, um destes cerca de uma hora antes da execução.

O caso ganhou notoriedade porque Garrett foi considerado portador de deficiência mental severa e por cometer o crime com 17 anos de idade.

Suas últimas palavras foram: “Eu gostaria de agradecer à minha família por me amar e cuidar de mim... e o resto do mundo pode beijar minha bunda”.

O histórico de Garrett cooperava para o que se transformou: na juventude, foi estuprado por seu padrasto que, em seguida, ofereceu o menino para outro homem. Aos 14 anos de idade, foi forçado a realizar atos sexuais bizarros e participar de filmes pornográficos homossexuais. Se envolveu com álcool e drogas por influência dos membros de sua família desde os 10 anos e, posteriormente, foi submetido a graves abusos de substâncias que provocaram sérios danos em seu cérebro.



Era regularmente espancado e, em uma ocasião, foi colocado sobre um queimador de fogão, resultando em cicatrizes graves.

Tais informações não foram disponibilizados para o júri. Especialistas em saúde mental que o examinaram, entre 1982 e 1986, concluíram que Garrett foi extremamente prejudicado mentalmente, tinha psicopatia crônica e cérebro danificado resultado de várias lesões graves na cabeça, sofridas na infância. Um dos especialistas descreveram o caso como “uma das piores histórias de abuso e negligência que encontrou em mais de 28 anos de profissão”.

Trinta dias antes da execução, o Papa João Paulo II e as freiras do convento onde a vítima foi assassinada fizeram um pedido de clemência ao governador – o que resultou apenas no adiamento da execução, que veio efetivamente a ocorrer.

Até onde se sabe, em 2004, o advogado de Garrett, Jesse Quackenbush, ainda tentava (ou tenta) provar sua inocência... Garrett nunca assinou uma confissão e, segundo o defensor, evidências foram ignoradas e provas manipuladas.

De acordo com Jesse, 3 meses antes do assassinato da freira no convento, outra senhora de 77 anos foi assassinada a mesma forma, o que fazia com que os detetives pensassem que se tratava do mesmo assassino. Na cena do crime, foram encontrados fios de cabelo preto – Garrett tinha o cabelo castanho. Na época, a polícia chegou a prender um homem hispânico que estuprou e bateu em cerca de dez mulheres. Além disso, amostras de sêmen encontradas no local do crime foram descartadas... desculpa do patologista forense para isso: “ninguém (me) disse que eu deveria guardá-las...”.

Em conclusão, há fortes possibilidades de que não tenha sido Garrett... talvez, mais um inocente executado.

Fonte: Murderpedia.org