Fortunato
era um garoto de programa que atuava nas imediações do Parque
Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Parque do Trianon, ponto
de prostituição masculina na região da Avenida Paulista. “Pilo”,
como era conhecido, manifestou sua homossexualidade entre os 9 e 10
anos de idade, embora criado por uma mãe religiosa e um pai
conservador, e vivia de vender serviços sexuais para homens desde a
adolescência...
Só
aprendeu a falar aos cinco anos de idade e entrou na escola aos
nove... suas decepções na escola – pois, tinha dificuldades para
aprender – resultaram em inúmeras fugas de casa a partir dos 10
anos, vivendo nas ruas e, inclusive, sendo interno na FEBEM não por
sofrer maus tratos por parte dos pais, mas por se encontrar em
situação de abandono...
Do
final de 1986 até 1989 ocorreram uma onda de assassinatos praticados
contra homossexuais... a primeira vítima foi o decorador José
Liberato, no dia 07 de dezembro do referido ano. Zezinho, como era
chamado por seus familiares, tinha 66 anos... seu corpo foi
encontrado em seu próprio apartamento com um lençol branco entre as
pernas e uma longa echarpe amarrada na boca; suas mãos estavam
enrijecidas e amarradas na altura do peito com um fio de
eletricidade; no pescoço, uma tira de náilon, com fivelas,
pressionava a região... essa forma de amarração e o enforcamento
eram a marca registrada do maníaco, que acreditam ter matado cerca
de 13 pessoas.
Em
17 de agosto de 1987, o corpo do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo
foi encontrado em seu apartamento pela empregada... Antonio foi
sufocado com as próprias meias – o maníaco empurrou tanto que
elas atingiram seu esôfago. Ainda usou duas cordas de meia e a perna
de uma calça jeans no pescoço do médico, assegurando a morte do
psiquiatra.
Após
matar Di Giácomo, Fortunato cortou um queijo com a mesma faca que
usou para golpear o psiquiatra... ele relatou este fato com o maior
prazer, pois, segundo ele, era a única faca que tinha na casa e
“todos gostavam de ouvir essa história”... algumas de suas
vítimas eram tão brutalmente agredidas, ao ponto de serem
evisceradas...
Muitos
acreditam que os crimes cometidos por Fortunato eram movidos por ódio
contra homossexuais, especialmente quando ele disse que “se saísse,
continuaria matando homossexuais, pois são uma raça que não merece
viver”. Segundo ele, “matar é como tomar sorvete: quando acaba o
primeiro, dá vontade de tomar mais e a coisa não para nunca!”.
De
acordo com o psiquiatra Guido Palomba, Fortunato era um típico
psicopata, um portador de epilepsia condutopática, independente de
seus antecedentes e de qualquer motivação que possa ser
racionalmente explicada, nunca mantendo vínculos duradouros com
pessoas.
Outra
vítima foi o diretor teatral Manoel Iraldo Paiva, o “Maneco”, de
37 anos, residente no Edifício Malvina, na rua da Consolação...
após assassinar o diretor, Fortunato saiu de lá com TV,
videocassete, walkman, rádio-relógio, uma bolsa Gucci, máquina de
escrever portátil, relógio, talão de cheques e várias roupas...
Outras
vítimas de Fortunato foram Antonio José Laposta, 21 anos, Alaíde
Josafa Pinheiro, 48 anos, Arnaldo Vieira Neves, 38 anos e Luiz
Antonio Correa.
Segundo
pesquisa processual, respondeu, também:
→
pelo
homicídio de Antonio Carlos Di Giacomo
→
por
latrocínio contra a vítima Antonio José Laposta;
→
por
latrocínio contra a vítima Afonso Galdino Ferreira;
→
por
roubo e extorsão contra Aguinaldo Fernandes de Barros.
Segundo
informações de outros sites, foi condenado apenas por três dos
sete crimes que confessou... faleceu na penitenciária, em 1997,
devido a uma broncopneumonia decorrente de complicações por ser
portador do vírus da AIDS.
Link para o programa "Instinto Assassino - O Maníaco do Trianon"
Entrevista de Fortunato
Fonte:
Pasdemasque Blogspot
Revista
Babel (eca.usp)
Mundo
Mau Blogspot
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