sábado, 1 de março de 2014

FORTUNATO BOTTON NETO, o "Maníaco do Trianon"




Fortunato era um garoto de programa que atuava nas imediações do Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Parque do Trianon, ponto de prostituição masculina na região da Avenida Paulista. “Pilo”, como era conhecido, manifestou sua homossexualidade entre os 9 e 10 anos de idade, embora criado por uma mãe religiosa e um pai conservador, e vivia de vender serviços sexuais para homens desde a adolescência...

Só aprendeu a falar aos cinco anos de idade e entrou na escola aos nove... suas decepções na escola – pois, tinha dificuldades para aprender – resultaram em inúmeras fugas de casa a partir dos 10 anos, vivendo nas ruas e, inclusive, sendo interno na FEBEM não por sofrer maus tratos por parte dos pais, mas por se encontrar em situação de abandono...


Do final de 1986 até 1989 ocorreram uma onda de assassinatos praticados contra homossexuais... a primeira vítima foi o decorador José Liberato, no dia 07 de dezembro do referido ano. Zezinho, como era chamado por seus familiares, tinha 66 anos... seu corpo foi encontrado em seu próprio apartamento com um lençol branco entre as pernas e uma longa echarpe amarrada na boca; suas mãos estavam enrijecidas e amarradas na altura do peito com um fio de eletricidade; no pescoço, uma tira de náilon, com fivelas, pressionava a região... essa forma de amarração e o enforcamento eram a marca registrada do maníaco, que acreditam ter matado cerca de 13 pessoas.

Em 17 de agosto de 1987, o corpo do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo foi encontrado em seu apartamento pela empregada... Antonio foi sufocado com as próprias meias – o maníaco empurrou tanto que elas atingiram seu esôfago. Ainda usou duas cordas de meia e a perna de uma calça jeans no pescoço do médico, assegurando a morte do psiquiatra.

Após matar Di Giácomo, Fortunato cortou um queijo com a mesma faca que usou para golpear o psiquiatra... ele relatou este fato com o maior prazer, pois, segundo ele, era a única faca que tinha na casa e “todos gostavam de ouvir essa história”... algumas de suas vítimas eram tão brutalmente agredidas, ao ponto de serem evisceradas...



Muitos acreditam que os crimes cometidos por Fortunato eram movidos por ódio contra homossexuais, especialmente quando ele disse que “se saísse, continuaria matando homossexuais, pois são uma raça que não merece viver”. Segundo ele, “matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá vontade de tomar mais e a coisa não para nunca!”.

De acordo com o psiquiatra Guido Palomba, Fortunato era um típico psicopata, um portador de epilepsia condutopática, independente de seus antecedentes e de qualquer motivação que possa ser racionalmente explicada, nunca mantendo vínculos duradouros com pessoas.

Outra vítima foi o diretor teatral Manoel Iraldo Paiva, o “Maneco”, de 37 anos, residente no Edifício Malvina, na rua da Consolação... após assassinar o diretor, Fortunato saiu de lá com TV, videocassete, walkman, rádio-relógio, uma bolsa Gucci, máquina de escrever portátil, relógio, talão de cheques e várias roupas...


Outras vítimas de Fortunato foram Antonio José Laposta, 21 anos, Alaíde Josafa Pinheiro, 48 anos, Arnaldo Vieira Neves, 38 anos e Luiz Antonio Correa.

Segundo pesquisa processual, respondeu, também:
pelo homicídio de Antonio Carlos Di Giacomo
por latrocínio contra a vítima Antonio José Laposta;
por latrocínio contra a vítima Afonso Galdino Ferreira;
por roubo e extorsão contra Aguinaldo Fernandes de Barros.

Segundo informações de outros sites, foi condenado apenas por três dos sete crimes que confessou... faleceu na penitenciária, em 1997, devido a uma broncopneumonia decorrente de complicações por ser portador do vírus da AIDS.

Link para o programa "Instinto Assassino - O Maníaco do Trianon"

Entrevista de Fortunato


Fonte: Pasdemasque Blogspot
           Revista Babel (eca.usp)

           Mundo Mau Blogspot

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