domingo, 16 de março de 2014

ADRIANO DA SILVA, o "Monstro de Passo Fundo"



No dia 16 de agosto de 2002, em Lagoa Vermelha, o menino de 12 anos, Éderson Leite, saiu de casa para vender rifas da escolinha de futebol e nunca mais retornou. Seu corpo foi encontrado três semanas depois do crime, no interior do município. Na primeira confissão em depoimento à polícia, Adriano disse ter levado Éderson a um lugar ermo, com a promessa de comprar uma rifa; chegando lá, aplicou um golpe na traqueias do menino para que desmaiasse e posteriormente o asfixiou com um cinto. Foi condenado em 12 de novembro de 2008, à 22 (vinte e dois) anos por furto, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 20300024106 – sentença: http://sdrv.ms/16lLrYs.

Em 09 de março de 2003, Passo Fundo, o menino de 13 anos, Alessandro Silveira, engraxate, tinha como ponto principal a praça Tamandaré. Supostamente conheceu Adriano, sendo levado à uma área deserta, no bairro Petrópolis, onde foi estrangulado e violentado. Sua ossada foi encontrada no dia 20 de setembro de 2003, sendo reconhecido pelas roupas e calçados que usava quando sumiu. Pelo assassinato de Alessandro Silveira, Adriano foi condenado em 2006 à pena de 29 anos, 3 meses e 20 dias por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 20500011097.

Em Soledade, no dia 19 de abril de 2003, o menino Douglas de Oliveira Hass, 10 anos, foi atraído por Adriano até um moinho abandonado, onde foi morto por asfixia mecânica. Em depoimento, Adriano confessou que transportou o corpo de Douglas em um carrinho de mão até uma casa em construção, onde fazia bico como pedreiro, enterrou o corpo sob a churrasqueira e cobriu com cimento. A ossada de Douglas só foi encontrada pela polícia após a confissão de Adriano. Pelo crime, em 18 de junho de 2008, o júri de Soledade condenou Adriano à pena de 21 anos e 5 meses por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Volnei Siqueira dos Santos, 12 anos, desapareceu em 09 de julho de 2003, em Passo Fundo. Vendedor de rapadura na região do bairro Nossa Senhora Aparecida, há contradição no depoimento de Adriano: primeiro, confessou o crime e disse ter violentado o cadáver do menino; depois, voltou atrás e confessou somente a violência sexual. Sete adolescentes foram presos, confessaram o crime, ficaram 45 dias detidos e foram soltos após revelarem que confessaram sob pressão policial. O DNA de Adriano foi encontrado no sêmen colhido nas roupas de Volnei, cujo corpo foi encontrado cinco dias depois do crime, em um mato da Vila Jardim – processo n. 20500015300.

Em 15 de agosto de 2007, Adriano foi condenado a 32 anos, 2 meses e 15 dias por homicídio duplamente qualificado, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver; em 2010, o julgamento foi anulado a pedido da defesa. Um novo júri popular aconteceu em 11 de outubro de 2011, mantendo a sentença anterior – sentença: http://sdrv.ms/19S6cex.

O pequeno índio, Júnior Reis Loureiro, 10 anos, costumava ser visto vendendo artesanato em posto de combustíveis localizado às margens da ERS-153, na saída de Ernestina. No dia 14 de setembro de 2003, em Passo Fundo, conheceu Adriano, que prometeu vender os cestos para o menino. Adriano caminhou com a vítima por cerca de 500m até uma rua deserta, onde o asfixiou e matou. Para dificultar o encontro da vítima, colocou uma tábua sobre o corpo... disse à polícia que pensou em violentar o cadáver, mas teve nojo do cheiro do menino, cujo corpo foi encontrado no dia 22 do mesmo mês.

Em setembro de 2006, Adriano foi condenado à 21 anos e 8 meses pelo homicídio duplamente qualificado do menino – processo n. 20500011089.

Dia 29 de setembro de 2003, em Passo Fundo, o desaparecimento do menino de 11 anos, Jéferson Borges Silveira foi mais um caso emblemático, pois, um representante comercial de 48 anos chegou a ser preso pelo crime. Adriano assumiu o crime, mas voltou atrás e afirmou que só tinha mantido relações sexuais com o cadáver, que foi encontrado no dia 03 de outubro, em um mato da perimetral, sendo morto por estrangulamento. Foi condenado em 6 de outubro de 2010, à 37 anos de prisão.

Em 02 de outubro de 2003, em Passo Fundo, Luciano Rodrigues, 9 anos, que participava de programas sociais da Secretaria de Cidadania e Assistência Social e fora abordado por Adriano em uma dessas atividade, na Vila Xangrilá. Com a promessa de dinheiro, o menino seguiu Adriano por mais de 2km, sendo assassinado em um antigo campo do quartel, no bairro Nossa Senhora Aparecida... sua ossada foi encontrada em 29 de novembro. Pelo crime, Adriano foi condenado, em 2006, à pena de 37 anos, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – processo n. 2050001100.

No dia 31 de outubro de 2003, Passo Fundo, Leonardo Dornelles dos Santos, de 8 anos, morador da Vila Santa Marta, costumava frequentar um fliperama, onde conheceu Adriano, que passou a tarde pagando fichas de jogos para alguns meninos. Atraído pelo criminoso até um mato, foi asfixiado e morto... a ossada foi encontrada no dia 17 de dezembro do mesmo ano. Adriano foi condenado a 21 anos, 10 meses e 20 dias de prisão – processo n. 20500011267.

Não estão disponíveis todas as sentenças...

Em Sananduva, no dia 03 de janeiro de 2004, Daniel Bernardi Lourenço, de 14 anos, era vendedor de picolés e foi atraído por Adriano com uma encomenda de R$29 em sorvetes para uma suposta festa. Chegando ao local combinado, foi espancado e violentado sexualmente, sendo localizado seu corpo no dia do crime, o que deflagrou uma caçada ao então foragido, Adriano, preso três dias depois escondido em um matagal em Maximiliano de Almeida. A perícia comprovou, dias depois, que o sêmen encontrado nas roupas de Daniel era de Adriano, que foi condenado no dia 25 de outubro de 2007, à pena de 24 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.

Adriano revelou detalhes sobre as mortes dos meninos; sem demonstrar qualquer emoção, disse como imobilizava suas vítimas e que só abusava sexualmente deles depois de mortos. Nunca levava nada das crianças; já fora condenado por latrocínio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver no Paraná onde cumpria pena de 27 anos pela morte de um taxista, de onde fugiu após seis meses Chegou a ser preso durante investigações feitas pela polícia gaúcha, mas foi solto por falta de provas. Desde, então, vagou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos.

Usava luvas e lenço para não deixar impressões digitais e disse que sentia uma “vontade íntima, um vício de matar”. O curioso é que, nos últimos meses, ele foi detido três vezes: uma por furto, outra por portar uma faca e uma terceira vez quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele. A polícia nunca desconfiou estar diante de um foragido... Adriano disse ter perdido seus documentos, se identificou como Gabriel (nome de seu irmão). Em liberdade, Adriano matou mais uma vez e foi novamente preso com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.

Antes, a série de assassinatos era tratada como fatos isolados; dez meses se passaram, com um total de 14 meninos assassinados ou desaparecidos na região e a insistência da polícia de que não havia ligação entre os casos. Adriano assumiu 12 dos quatorze assassinatos, inclusive alguns considerados esclarecidos pela polícia, além de confessar que era procurado desde 2001 por ter fugido da cadeia no Paraná pela morte do taxista.

Só atacava meninos de origem humilde, encontrados nas ruas, se utilizando a mesma técnica: atraía os meninos até locais desertos, onde os nocauteava com golpes de muay thai e as estrangulava com pedaços de corda. Em alguns casos, manteve relações sexuais com o cadáver da vítima, deixando no corpo dos meninos a prova que a polícia precisava para prendê-lo: seu próprio DNA.

Atualmente cumpre pena na Penitenciária de Charqueadas.

Reportagem sobre o caso


Fonte: Último Segundo
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