No
dia 16 de agosto de 2002, em Lagoa Vermelha, o menino de 12 anos,
Éderson Leite, saiu de casa para vender rifas da escolinha de
futebol e nunca mais retornou. Seu corpo foi encontrado três semanas
depois do crime, no interior do município. Na primeira confissão em
depoimento à polícia, Adriano disse ter levado Éderson a um lugar
ermo, com a promessa de comprar uma rifa; chegando lá, aplicou um
golpe na traqueias do menino para que desmaiasse e posteriormente o
asfixiou com um cinto. Foi condenado em 12 de novembro de 2008, à 22
(vinte e dois) anos por furto, homicídio triplamente qualificado e
ocultação de cadáver – processo n. 20300024106
– sentença: http://sdrv.ms/16lLrYs.
Em
09 de março de 2003, Passo Fundo, o menino de 13 anos, Alessandro
Silveira, engraxate, tinha como ponto principal a praça Tamandaré.
Supostamente conheceu Adriano, sendo levado à uma área deserta, no
bairro Petrópolis, onde foi estrangulado e violentado. Sua ossada
foi encontrada no dia 20 de setembro de 2003, sendo reconhecido pelas
roupas e calçados que usava quando sumiu. Pelo assassinato de
Alessandro Silveira, Adriano foi condenado em 2006 à pena de 29
anos, 3 meses e 20 dias por homicídio duplamente qualificado e
ocultação de cadáver – processo n. 20500011097.
Em
Soledade, no dia 19 de abril de 2003, o menino Douglas de Oliveira
Hass, 10 anos, foi atraído por Adriano até um moinho abandonado,
onde foi morto por asfixia mecânica. Em depoimento, Adriano
confessou que transportou o corpo de Douglas em um carrinho de mão
até uma casa em construção, onde fazia bico como pedreiro,
enterrou o corpo sob a churrasqueira e cobriu com cimento. A ossada
de Douglas só foi encontrada pela polícia após a confissão de
Adriano. Pelo crime, em 18 de junho de 2008, o júri de Soledade
condenou Adriano à pena de 21 anos e 5 meses por homicídio
duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Volnei
Siqueira dos Santos, 12 anos, desapareceu em 09 de julho de 2003, em
Passo Fundo. Vendedor de rapadura na região do bairro Nossa Senhora
Aparecida, há contradição no depoimento de Adriano: primeiro,
confessou o crime e disse ter violentado o cadáver do menino;
depois, voltou atrás e confessou somente a violência sexual. Sete
adolescentes foram presos, confessaram o crime, ficaram 45 dias
detidos e foram soltos após revelarem que confessaram sob pressão
policial. O DNA de Adriano foi encontrado no sêmen colhido nas
roupas de Volnei, cujo corpo foi encontrado cinco dias depois do
crime, em um mato da Vila Jardim – processo n. 20500015300.
Em
15 de agosto de 2007, Adriano foi condenado a 32 anos, 2 meses e 15
dias por homicídio duplamente qualificado, atentado violento ao
pudor e ocultação de cadáver; em 2010, o julgamento foi anulado a
pedido da defesa. Um novo júri popular aconteceu em 11 de outubro de
2011, mantendo a sentença anterior – sentença:
http://sdrv.ms/19S6cex.
O
pequeno índio, Júnior Reis Loureiro, 10 anos, costumava ser visto
vendendo artesanato em posto de combustíveis localizado às margens
da ERS-153, na saída de Ernestina. No dia 14 de setembro de 2003, em
Passo Fundo, conheceu Adriano, que prometeu vender os cestos para o
menino. Adriano caminhou com a vítima por cerca de 500m até uma rua
deserta, onde o asfixiou e matou. Para dificultar o encontro da
vítima, colocou uma tábua sobre o corpo... disse à polícia que
pensou em violentar o cadáver, mas teve nojo do cheiro do menino,
cujo corpo foi encontrado no dia 22 do mesmo mês.
Em
setembro de 2006, Adriano foi condenado à 21 anos e 8 meses pelo
homicídio duplamente qualificado do menino – processo n.
20500011089.
Dia
29 de setembro de 2003, em Passo Fundo, o desaparecimento do menino
de 11 anos, Jéferson Borges Silveira foi mais um caso emblemático,
pois, um representante comercial de 48 anos chegou a ser preso pelo
crime. Adriano assumiu o crime, mas voltou atrás e afirmou que só
tinha mantido relações sexuais com o cadáver, que foi encontrado
no dia 03 de outubro, em um mato da perimetral, sendo morto por
estrangulamento. Foi condenado em 6 de outubro de 2010, à 37 anos de
prisão.
Em
02 de outubro de 2003, em Passo Fundo, Luciano Rodrigues, 9 anos, que
participava de programas sociais da Secretaria de Cidadania e
Assistência Social e fora abordado por Adriano em uma dessas
atividade, na Vila Xangrilá. Com a promessa de dinheiro, o menino
seguiu Adriano por mais de 2km, sendo assassinado em um antigo campo
do quartel, no bairro Nossa Senhora Aparecida... sua ossada foi
encontrada em 29 de novembro. Pelo crime, Adriano foi condenado, em
2006, à pena de 37 anos, por homicídio duplamente qualificado e
ocultação de cadáver – processo n. 2050001100.
No
dia 31 de outubro de 2003, Passo Fundo, Leonardo Dornelles dos
Santos, de 8 anos, morador da Vila Santa Marta, costumava frequentar
um fliperama, onde conheceu Adriano, que passou a tarde pagando
fichas de jogos para alguns meninos. Atraído pelo criminoso até um
mato, foi asfixiado e morto... a ossada foi encontrada no dia 17 de
dezembro do mesmo ano. Adriano foi condenado a 21 anos, 10 meses e 20
dias de prisão – processo n. 20500011267.
Não
estão disponíveis todas as sentenças...
Em
Sananduva, no dia 03 de janeiro de 2004, Daniel Bernardi Lourenço,
de 14 anos, era vendedor de picolés e foi atraído por Adriano com
uma encomenda de R$29 em sorvetes para uma suposta festa. Chegando ao
local combinado, foi espancado e violentado sexualmente, sendo
localizado seu corpo no dia do crime, o que deflagrou uma caçada ao
então foragido, Adriano, preso três dias depois escondido em um
matagal em Maximiliano de Almeida. A perícia comprovou, dias depois,
que o sêmen encontrado nas roupas de Daniel era de Adriano, que foi
condenado no dia 25 de outubro de 2007, à pena de 24 anos de prisão
por homicídio triplamente qualificado.
Adriano
revelou detalhes sobre as mortes dos meninos; sem demonstrar qualquer
emoção, disse como imobilizava suas vítimas e que só abusava
sexualmente deles depois de mortos. Nunca levava nada das crianças;
já fora condenado por latrocínio, formação de quadrilha e
ocultação de cadáver no Paraná onde cumpria pena de 27 anos pela
morte de um taxista, de onde fugiu após seis meses Chegou a ser
preso durante investigações feitas pela polícia gaúcha, mas foi
solto por falta de provas. Desde, então, vagou pelo interior gaúcho
sob nomes falsos e vivendo de bicos.
Usava
luvas e lenço para não deixar impressões digitais e disse que
sentia uma “vontade íntima, um vício de matar”. O curioso é
que, nos últimos meses, ele foi detido três vezes: uma por furto,
outra por portar uma faca e uma terceira vez quando o avô de um dos
meninos mortos suspeitou dele. A polícia nunca desconfiou estar
diante de um foragido... Adriano disse ter perdido seus documentos,
se identificou como Gabriel (nome de seu irmão). Em liberdade,
Adriano matou mais uma vez e foi novamente preso com a ajuda de uma
testemunha que viu a vítima com o assassino.
Antes,
a série de assassinatos era tratada como fatos isolados; dez meses
se passaram, com um total de 14 meninos assassinados ou desaparecidos
na região e a insistência da polícia de que não havia ligação
entre os casos. Adriano assumiu 12 dos quatorze assassinatos,
inclusive alguns considerados esclarecidos pela polícia, além de
confessar que era procurado desde 2001 por ter fugido da cadeia no
Paraná pela morte do taxista.
Só
atacava meninos de origem humilde, encontrados nas ruas, se
utilizando a mesma técnica: atraía os meninos até locais desertos,
onde os nocauteava com golpes de muay thai e as estrangulava com
pedaços de corda. Em alguns casos, manteve relações sexuais com o
cadáver da vítima, deixando no corpo dos meninos a prova que a
polícia precisava para prendê-lo: seu próprio DNA.
Atualmente
cumpre pena na Penitenciária de Charqueadas.
Reportagem sobre o caso
Fonte:
Último Segundo
Pasdemasque
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Gente
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