Na época do crime |
Cláudio de Souza, 40 anos de idade (em 2008),
conhecido como “Peninha”, era um andarilho que vivia pelo mato
sempre carregando várias sacolas plásticas presas a uma bicicleta.
Armado com uma espingarda calibre 20, escondido no matagal, usava uma
lanterna para iluminar a escuridão – como, por algum tempo, sua
identidade era desconhecida, ganhou notoriedade como o “maníaco da
lanterna”.
Segundo os investigadores, o assassino pegava
uma mulher ou um casal de surpresa, arrastava para um local distante,
amarrava e, se fosse um casal, atirava primeiro no homem e depois na
mulher.
Preso pela primeira vez em abril de 2002,
Cláudio confessou alguns assassinatos e disse que matava porque
ouvia a “voz do demônio” o ordenando a fazer o mal. Encontrava
suas vítimas em locais desertos e escuros da cidade, escolhidos por
casais para namorar. Confessou nove dos quinze assassinatos dos quais
o acusaram, e três vítimas nunca foram encontradas... pelo menos
cinco das mulheres sofreram violência sexual antes de serem mortas.
Atuou de 2001 a 2005.
As vítimas eram assassinadas na madrugada ou
no início da noite, com lesões na região torácica provenientes de
arma de fogo, seus corpos foram arrastados e com sinais de
instrumento contundente na região da cabeça (pauladas). A polícia
de Mato Grosso suspeitava que Cláudio tivesse matado aproximadamente
15 pessoas quando foi preso em flagrante na madrugada do dia 03 de
abril de 2008, por porte ilegal de arma de fogo e posse de drogas. Na
delegacia, foi reconhecido pelo investigador Ednaldo Rosa... Cláudio
fugira da Cadeia Pública de Alta Floresta, no Mato Grosso, em
janeiro de 2003, na companhia de mais nove detentos, e usava o nome
falso de “Anderson Caetano da Silva”. Continuou pela cidade e
voltou a atacar, fazendo quatro novas vítimas.
Nos pertences de Cláudio, além da lanterna,
encontraram uma espécie de diário onde agradecia a Deus pela
oportunidade de matar as pessoas que julgava impuras, além de um
novo testamento edição de bolso.
O primeiro ataque foi a um casal, em abril de
2001, enquanto namoravam dentro do carro, próximo a uma estrada
afastada. A mulher, Regina Maria Pereira, foi morta a golpes de faca
e tiros de espingarda, mas o homem, José Carlos Santos, conseguiu
escapar, embora perseguido pelo maníaco. Chamou a polícia e, ao
retornar ao local, encontraram um bilhete que dizia “toma traidora”
e as chaves do veículo foram roubadas. Pronunciado em 06 de dezembro
de 2013 por furto e homicídio de Regina, e pela tentativa de
homicídio de José, o julgamento está marcado para o dia 09 de maio
de 2014, às 8hs (Processo n. 6710-91.2007.811.0007).
Em 2011 |
Três meses depois, executou a tiros Luiz
Carlos Cavalcante e Rosimeire Zanco. Foi pronunciado por esses
assassinatos em 6 de dezembro de 2013, com julgamento marcado para 16
de maio de 2014, às 8hs (Processo n. 6691-85.2007.811.0007).
Em dezembro de 2001, matou Celso Ferreira dos
Santos e Vanda Ribeiro de Souza. Este processo se encontra ainda em
fase inicial (Processo n. 6695-25.2007.811.0007).
Em 10 de outubro de 2013 foi recebida a
denúncia pelo assassinato de Sirlene Ferreira de Souza (Processo n.
3069-37.2003.811.0007).
Em 30 de outubro de 2013 foi recebida a
denúncia pelo assassinato de Maria Célia da Silva Santos (Processo
n. 2481-59.2005.811.0007).
No dia 4 de novembro de 2013 foi recebida a
denúncia pelo assassinato e ocultação do cadáver de Geyle
Cristina da Silva Vieira, com audiência marcada para o dia 25 de
março de 2014, às 13h45 (Processo n. 2482-44.2005.811.0007).
Em abril de 2010 ocorreu sua primeira
condenação a 2 anos de prisão, por porte ilegal de armas. No dia
20 de maio de 2011, Cláudio foi levado a julgamento pelo assassinato
de Maria de Fátima dos Santos e pela tentativa de assassinato de
Wanderley Fingolo Rascado, fato ocorrido em 25 de janeiro de 2002,
também em Alta Floresta. Foi condenado a 20 anos e 4 meses, em
regime fechado.
No dia 10 de outubro de 2013 foi recebida a
denúncia em face de Cláudio para responder a acusação quanto aos
assassinatos de Antonio Batista de Souza Filho e Liania de Souza
Alves (Processo n. 1844-50.2001.811.0007).
Em agosto deste ano (2013) teve o pedido de
desaforamento (quanto ao primeiro crime – abril de 2001) para a
comarca de Sinop negado, pois, os desembargadores entenderam que o
julgamento pode ser realizado em Alta Floresta, local onde os crimes
foram cometidos, sem comprometer a imparcialidade dos jurados. A
defesa alega que há risco para a integridade física do acusado.
Vamos aguardar o desenrolar dos processos...
Fonte: Polícia Civil do Estado do Mato Grosso
G1 Globo.com
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