Esta
não chega a ser uma serial killer mas, pelo crime cometido, ganhou
esse lugar de “destaque” entre tão distintas figuras...
A
história diz respeito à Zahra Baker, nascida em 16 de novembro de
1999, em Wagga Wagga, Austrália, considerada desaparecida em 9 de
outubro de 2010, com apenas 10 anos de idade. Por causa da natureza
horrenda do crime e da série de eventos que antecederam sua morte, o
caso teve repercussão mundial.
Filha
do casal Emily Dietrich e Adam Baker, sua mãe teve depressão
pós-parto e desistiu da custódia em favor do marido, Adam, que se
mudou para Giru, Queensland, em 2004, para trabalhar em uma usina de
açúcar. Zahra foi diagnosticada com câncer ósseo em 2005,
sofrendo, mais tarde, metástase para o pulmão. Em consequência,
teve a perna amputada e perda auditiva.
Zarah |
Adam
conheceu Elisa Fairchild através de um site na internet – ela
morava no oeste da Carolina do Norte. Ela visitou Adam em Queensland
e rapidamente se casaram... ela já havia se casado seis vezes e Adam
ainda era casado na época. O câncer de Zahra começou a diminuir em
2008, pouco antes de sua mudança para os Estados Unidos com seu pai
e a madrasta.
Já
na Carolina do Norte, após alguns meses, eles se estabeleceram
definitivamente em Hickory, onde Zahra frequentou a escola pública
até que ela deixou de ir à escola passando a ser educada em casa –
o que não se sabe ao certo se aconteceu. Muitos vizinhos alegaram
ter visto que Elisa abusava fisicamente e mentalmente, além de
negligenciar a menina. Dois professores visitaram Zahra após ela ter
aparecido no colégio com um olho roxo em uma escola pública de
Hudson, quando ela estava na quarta série.
Antes
da morte de Zahra, o Serviço de Proteção à Criança, tanto do
condado de Caldwell quanto de Catawba, fizeram várias visitas à
residência da menina, onde eles moraram antes de se estabelecer em
Hickory.
A "família feliz" |
Também
foram encontrados relatos de comportamento abusivo por parte de Elisa
contra seus próprios filhos, datados de 1999... ela tem 3 crianças
de dois relacionamentos diferentes: uma filha nascida fora do
casamento e um casal de filhos de um casamento anterior.
No
dia 9 de outubro de 2010, às 5h30, Elisa fez uma chamada para o 911
relatando um incêndio na parte de trás de sua residência... quando
a polícia chegou, encontrou uma nota com um pedido de resgate e um
cheiro de gasolina vindo do caminhão da empresa onde Adam trabalha.
Duas
horas depois, em um segundo telefonema para o 911, Zahra é
considerada desaparecida. Segundo Adam, na noite anterior ao
incêndio, foi encontrada essa nota de resgate no valor de 1 milhão
de dólares dirigida ao chefe dele e que os supostos sequestradores
devem ter confundido sua filha com a filha do Sr. Coffey – seu
chefe. Provavelmente, o fogo teria sido para distraí-los e poder
sequestrar a menina.
Durante
as investigações, Elisa falhou no teste do polígrafo ao ser
perguntada “se ela teria machucado Zahra”, “se ela sabia de
alguém que poderia ter prejudicado Zahra” e “se ela sabia quem
escreveu o bilhete de resgate”.
Elisa, no Tribunal |
No
dia 10 de outubro de 2010, cães de busca e salvamento deram alertas
positivos ao cheiro de restos humanos nos carros da família Baker.
Neste mesmo dia, Elisa foi presa por vários crimes que incluíam
ameaças, cheques sem fundos, furto e condução com licença
revogada, todos crimes sem relação com a morte de Zahra. Também
foi presa, acusada por obstrução da justiça, depois de admitir que
escreveu o bilhete de resgate, induzindo a polícia a erro.
No
final do mês de outubro, a filha de Elisa, Âmbar Fairchild,
testemunhou em audiência que sua mãe lhe disse que estava pensando
em sair da Carolina do Norte um dia antes de ser presa, e que sua mãe
estava envolvida em um relacionamento online com um homem da
Inglaterra, que tinha enviado milhares de dólares.
Uma
tia de Elisa, Buzzie Winkler, disse aos jornalistas que ela tinha
confessado que Zahra morreu depois de estar doente por duas semanas e
que ela e Adam tinham desmembrado a menina e escondido os restos
mortais. Depois, Elisa confessou o crime, mas disse que Adam
desmembrou a menina sozinho, após sua morte, e que os dois
esconderam seus restos mortais. Elisa também disse à polícia que
Zahra morreu em 24 de setembro, mas só teria anunciado seu
desaparecimento no dia 9 de outubro.
O
dono de um site que escreve sobre serial killers, Eric Gein, usou um
nome falso para escrever à Elisa na cadeia que, ao responder,
compartilhou algumas informações. Disse em uma das cartas: “nós
realmente não a matamos, mas o que ele fez depois do fato é meio
apavorante... ele me deixa com medo”.
Elisa
disse ao seu advogado onde poderiam encontrar possíveis provas
relativas à morte de Zahra, como, que a prótese de perna de Zahra
foi deixada em uma lixeira, em Hickory... a mesma foi encontrada no
final de outubro em uma estrada no condado de Caldwell, a poucos
quilômetros de uma antiga residência de Elisa. Em novembro de 2010,
Elisa começou levando a polícia a diferentes áreas em Catawba e no
Condado de Caldwell localizando os restos dispersos de Zahra... mas
sua cabeça não foi encontrada. Elisa disse que jogou o colchão de
Zahra em uma caçamba de lixo, encontrada posteriormente em um aterro
sanitário.
Elisa
também levou a polícia a outra lixeira, atrás de uma mercearia em
Hudson, onde ela e Adam teriam despejado uma tampa do carro e a cama,
usada para esconder e transportar Zahra, e que também poderiam
encontrar partes do corpo de Zahra no sifão da banheira e que luvas
de plástico que ela usou também seriam encontrados.
No
dia 12 de outubro de 2010, um informante disse à polícia que um
homem tinha dito que Zahra esteve na casa de um parente dele com sua
mãe, “Elisa”, e que ele precisava fugir da cidade porque havia
feito algo muito ruim... este homem disse que ele e um segundo homem
estupraram a menina. O segundo homem era amante de Elisa e que, após
o estupro, ele bateu muito na cabeça de Zahra. Os investigadores
estiveram na referida casa e encontraram um colchão no chão do
pátio lateral, com uma grande mancha escura no meio do colchão... o
“dono” do colchão disse que tinha urinado sobre ele e, por isso,
o colchão estava com a mancha escura... o colchão foi apreendido
como evidência.
Uma
vez que nenhuma causa da morte pode ser determinada, considerou-se
como “homicídio violento indeterminado”. Elisa disse à polícia
que ela e Adam eliminaram juntos os restos de Zahra, porém, de
acordo com torres de telefonia celular, ela estava na área onde os
restos mortais foram encontrados, Adam não... os investigadores
acreditam que Elisa teria assassinado e desmembrado a menina no dia
24 de setembro, eliminado seus restos no dia seguinte... Elisa foi
indiciada por assassinato em segundo grau com as seguintes
circunstâncias agravantes, no dia 22 de fevereiro de 2011, em
Catawba:
→
seu
histórico de abusos físicos, verbais e psicológicos à criança;
→
escondeu
a criança de sua família, antes e depois do crime;
→
profanou
o corpo de Zahra para impedir a investigação de assassinato;
→
Zahra
era jovem e fisicamente doente/deficiente;
→
Elisa
se aproveitou de sua posição de confiança.
Se
não tivesse confessado e conduzido os policiais aos restos de Zahra,
Elisa responderia por assassinato em primeiro grau. Adam negou
qualquer envolvimento e os policias não encontraram qualquer
evidência que pudesse incriminá-lo. O crânio de Zahra foi
encontrado no dia 21 de fevereiro de 2012.
Elisa
Baker foi condenado à 18 anos de prisão no dia 14 de setembro de
2011 e, em 2013, a mais 10 anos por acusações relacionadas à
drogas.
Fonte:
Murderpedia.org
TruTV.com
Huffington
Post
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