John
Justin Bunting, nascido em 04 de setembro de 1966, em Inala,
Queensland, é um serial killer australiano de Adelaide, ao Sul da
Austrália, cumprindo cerca de onze penas consecutivas de prisão
perpétua sem possibilidade de condicional, pelo assassinato de 11
pessoas em Snowtown.
Seu
ódio dirigia-se à pedófilos e homossexuais, sendo descrito como um
hábil manipulador e o pior serial killer da Austrália. Trata-se de
um dos poucos assassinos que vitimou pessoas que já conhecia. Foi a
investigação mais longa e o mais caro julgamento da Austrália.
Bunting
viveu em Murray Bridge, na rua Lohman, até que se mudou para a
avenida Burdekin em maio de 1997, onde permaneceu até 1998. Duas
vítimas foram encontradas no quintal de sua antiga casa em Waterloo,
ao norte de Salisbury, um subúrbio ao norte de Adelaide; outros
restos de oito vítimas foram encontrados em um cofre de um banco
alugado por Bunting e Haydon, em Snowtown, sul da Austrália, à
140km ao norte de Adelaide.
Bunting
costumava tocar o álbum Throwing Copper Alive, de 1994, durante
muitos de seus assassinatos.
Bunting
tinha desenhado uma teia de aranha em uma parede de um quarto vazio
em sua casa; a pintura, criada com papel e lã, era uma rede
interconectada de nomes de pessoas que Bunting suspeitava serem
pedófilos ou homossexuais. Às vezes, selecionava aleatoriamente um
nome da parece e chamava a pessoa, insinuando seu possível “crime”
e que ela teria o que merecia.
Bunting
era casado com Elizabeth Harvey, mãe de James Vlassakis, para o qual
assumiu por um bom tempo a figura paterna. Regularmente, demonstrava
à James seu ódio por homossexuais e pedófilos, o que levou James a
confidenciar para o padrasto que seu meio-irmão, Troy Youde, havia
molestado uma criança de 13 anos. Bunting sugeriu que Troy deveria
ser repreendido.
Mais
tarde, James testemunhou contra Bunting, Wagner e Haydon em seus
julgamentos. Sua mãe, Elizabeth, morreu de câncer.
AMIZADE
COM ROBERT WAGNER
Nascido
em 28 de novembro de 1971, em Parramatta, New South, também cumpre
10 sentenças consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de
condicional. Sua motivação era idêntica à de Bunting, porém,
Wagner fritou e comeu a carne da vítima David Johnson. Em seu
julgamento, Wagner subiu no banco dos réus e declarou:
“Pedófilos
fazem coisas terríveis para as crianças. As autoridades não fazem
nada a respeito. Decidi agir. Tomei uma atitude. Obrigado!”.
Vítimas |
No
dia 27 de setembro de 2002, Wagner se declarou culpado de três
acusações de assassinato – Barry Lane, Fred Brooks e David
Johnson. Não admite a culpa pelas outras sete acusações.
Bunting
conheceu Wagner quando se mudou para Waterloo... Wagner morava com
Barry Lane e ambos assistiram Bunting descartar o corpo de sua
primeira vítima, Clinton Trezise. Depois,Wagner passou a auxiliar
Bunting nas demais vítimas.
OS
CRIMES
Clinton
Trezise, primeira vítima de John Bunting, foi surrado até a morte
com uma pá na sala da casa de Bunting após ter sido convidado por
ele para uma visita. Bunting acusou Clinton de ser pedófilo... este
foi encontrado enterrado dois anos depois em uma cova rasa, em 16 de
agosto de 1994. Apenas em 1997 o assassinato de Clinton foi tema de
dois episódios do programa de TV australiano “Os mais procurados
da Austrália”. Bunting assistiu a um dos episódios com James e
sua mãe, onde se gabava para James “essa é minha obra”,
revelando para o garoto como ele tinha matado Clinton, quando viveu
em Waterloo, e como descartou o corpo com a ajuda de Wagner e Lane.
Vítimas |
Ray
Davies era um homem com deficiência intelectual que vivia em um
trailer atrás da casa de Suzanne Allen, em Salisbury. Davie,
ex-amante de Allen, tornou-se alvo dos assassinos após Allen
acusá-lo do assédio sexual de seus netos. Davies foi assassinado
por Bunting e Wagner em dezembro de 1995 e nunca foi dado como
desaparecido. Bunting e Wagner fizeram uma limpeza no trailer de
Davies e o levaram para uma cidade vizinha; depois, pintaram e o
venderam dois meses depois do assassinato... Bunting continuou a
reclamar pagamentos de previdência social de Davies. Seu corpo foi
encontrado posteriormente enterrado no quintal da antiga casa de
Bunting, em Waterloo.
Michael
Gardiner era homossexual assumido e foi assassinado por Bunting e
Wagner em agosto de 1997. Wagner odiou Gardiner por sua conduta...
após seu assassinato, Bunting tentou se fazer passar por Gardiner
para ter acesso a suas contas pessoais. O corpo de Gardiner foi
encontrado armazenado em seis tambores em um cofre de banco em
Snowtown. O corpo de Barry Lane foi localizado no mesmo local... um
dos pés de Gardiner foi removido para que a tampa do tambor pudesse
ser fechada.
Barry
Lane era um homossexual que também se travestia de mulher e tinha
tido um relacionamento com Wagner, de 1985 até 1996. Dividiam uma
casa em Bingham, ao norte de Salisbury, perto da casa de Bunting. Foi
visto pela última vez em outubro de 1997.
Bunting,
muitas vezes, se referia a Lane como “sujo” e pedófilo... no dia
de seu assassinato, Lane foi forçado por Bunting a chamar sua mãe e
dizer que se mudaria para Queensland e que nunca mais a veria. Também
proibiu Lane de contar a qualquer um sobre os assassinatos, pois,
também seria preso por tê-lo ajudado. Após matar Lane, Bunting
ficou com seu veículo e seus pagamentos da previdência social.
Thomas Trevilyan também foi outro envolvido no assassinato de Lane;
alegou que apenas se associou a Lane para obter informações sobre
outros pedófilos.
Após
desmembrar o corpo de Lane, colocou em tambores no cofre de um banco
em Snowtown, juntamente com o corpo de Michael Gardiner (como dito
anteriormente).
Thomas
Trevilyan tinha problemas psiquiátricos e usava roupas do estilo
militar... às vezes, quando ouvia barulhos estranhos, corria para
fora de casa com uma faca na mão e costumava percorrer longas
distâncias à pé. Dividiu a casa com Lane por cinco meses – de
abril a outubro de 1997 – e assistira Bunting e Wagner em seu
assassinato. Bunting matou Trevilyan após descobrir que ele contou a
outras pessoas de seu envolvimento no assassinato de Lane.
Bunting
disse a outras pessoas que Thomas tinha começado a enlouquecer, o
levou a Kersbrook, sendo forçado a ficar sobre uma caixa, com uma
corda presa a seu pescoço... chutou a caixa. Thomas, ao ser
encontrado em 5 de novembro de 1997, foi tratado como um caso de
suicídio.
Gavin
Porter (31), era um amigo de James, que se mudou para a casa de
Bunting e James em 1988. Bunting referiu-se a Porter como um viciado
em heroína, um desperdício que não merecia viver. Bunting se
irritou depois de ter sido picado por uma seringa usada descartada
por Porter no sofá... foi assassinado por Bunting e Wagner enquanto
dormia em seu carro na garagem da casa de Bunting. Seu corpo também
foi armazenado em um barril, antes de ser transferido para Snowtown.
Troy
Youde era o meio-irmão de James. Este já havia confidenciado à
Bunting o abuso cometido por Troy quando jovem... em agosto de 1998,
Bunting, Wagner, James e Haydon visitaram Youd. O arrastaram da casa
e o mataram... seu corpo foi desmembrado e armazenado em um tambor e,
mais tarde, mudou-se para Snowtown.
Frederick
Brooks era o filho deficiente mental de Jodie Elliot, sobrinho de
Elizabeth Haydon. Assassinado por Bunting, Wagner e James em 17 de
setembro de 1998. Seu corpo foi transferido para um carro que, mais
tarde, foi recolhido por Mark Haydon, e localizado pela polícia em
um cofre de banco, em Snowtown. Mark Haydon continuou a receber os
pagamentos da previdência social de Brooks.
Gary
O'Dwyer (29) também deficiente mental, vivia sozinho na rua Frances.
Bunting procurou saber se Gary tinha familiares próximos e, como
não, foi visto como um alvo fácil, podendo receber seus benefícios.
Seu corpo foi encontrado pela polícia num cofre de banco, em
Snowtown, contendo marcas de queimadura aplicados por uma máquina de
choques elétricos.
Elizabeth
Haydon, esposa de Marcos Haydon, moravam em Blackham. Sua irmã,
Jodie Elliot, teve um breve relacionamento com Bunting em 1998,
vivendo na parte de trás da casa dos Haydons. Elizabeth foi a única
vítima do sexo feminino da dupla criminosa.
Assassinada
em 20 de novembro de 1998, enquanto Haydon e Elliot estavam longe da
casa, Elizabeth foi dada como desaparecida por seu irmão Garion
Sinclair. Mark, posteriormente, ajudou na ocultação do assassinato
de sua esposa.
As
investigações sobre o desaparecimento de Elizabeth levaram à
descoberta do banco em desuso, em Snowtown, ocasionando a descoberta
de oito corpos “guardados” no cofre, incluindo o de Elizabeth.
Mais tarde, a polícia prendeu Bunting, Wagner, James e o marido de
Elizabeth, Mark Haydon, pelos assassinatos.
David
Johnson foi atraído para o banco em desuso em Snowtown por seu
meio-irmão, James, em 9 de maio de 1999. David não era homossexual,
mas Bunting se referia a ele como “bicha” e que ele precisava
morrer.
James
pediu que David fosse até o prédio onde fica o banco para ver um
computador... ao entrar no prédio, David foi agarrado por Wagner e
estrangulado, algemado e forçado a ler para Bunting um roteiro
pré-redigido, além de fornecer a senha de sua conta bancária. A
voz de David foi registrada em um computador com um microfone.
James
e Wagner tentaram acessar a conta de David, deixando Bunting e Haydon
no banco. Como não conseguiram retirar dinheiro da conta do rapaz,
este foi assassinado. Bunting e Wagner desmembraram o corpo de David
e, em seguida, fritaram e comeram partes de seu corpo. Esta foi a
última vítima dos assassinos.
Os
restos mortais de Suzanne Allen foram encontrados na casa de Bunting,
em Salisbury, envolto em onze diferentes sacos de plástico. Sua
morte foi ocultada pelo acusado, que continuaram a receber a pensão,
alegando um total de 17mil dólares... eles alegaram que ela tinha
morrido de ataque cardíaco.
Fonte:
Murderpedia.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário