domingo, 13 de abril de 2014

JOHN BUNTING E ROBERT WAGNER, os Assassinos de Snowtown



John Justin Bunting, nascido em 04 de setembro de 1966, em Inala, Queensland, é um serial killer australiano de Adelaide, ao Sul da Austrália, cumprindo cerca de onze penas consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de condicional, pelo assassinato de 11 pessoas em Snowtown.

Seu ódio dirigia-se à pedófilos e homossexuais, sendo descrito como um hábil manipulador e o pior serial killer da Austrália. Trata-se de um dos poucos assassinos que vitimou pessoas que já conhecia. Foi a investigação mais longa e o mais caro julgamento da Austrália.

Bunting viveu em Murray Bridge, na rua Lohman, até que se mudou para a avenida Burdekin em maio de 1997, onde permaneceu até 1998. Duas vítimas foram encontradas no quintal de sua antiga casa em Waterloo, ao norte de Salisbury, um subúrbio ao norte de Adelaide; outros restos de oito vítimas foram encontrados em um cofre de um banco alugado por Bunting e Haydon, em Snowtown, sul da Austrália, à 140km ao norte de Adelaide.



Bunting costumava tocar o álbum Throwing Copper Alive, de 1994, durante muitos de seus assassinatos.

Bunting tinha desenhado uma teia de aranha em uma parede de um quarto vazio em sua casa; a pintura, criada com papel e lã, era uma rede interconectada de nomes de pessoas que Bunting suspeitava serem pedófilos ou homossexuais. Às vezes, selecionava aleatoriamente um nome da parece e chamava a pessoa, insinuando seu possível “crime” e que ela teria o que merecia.

Bunting era casado com Elizabeth Harvey, mãe de James Vlassakis, para o qual assumiu por um bom tempo a figura paterna. Regularmente, demonstrava à James seu ódio por homossexuais e pedófilos, o que levou James a confidenciar para o padrasto que seu meio-irmão, Troy Youde, havia molestado uma criança de 13 anos. Bunting sugeriu que Troy deveria ser repreendido.



Mais tarde, James testemunhou contra Bunting, Wagner e Haydon em seus julgamentos. Sua mãe, Elizabeth, morreu de câncer.


AMIZADE COM ROBERT WAGNER

Nascido em 28 de novembro de 1971, em Parramatta, New South, também cumpre 10 sentenças consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de condicional. Sua motivação era idêntica à de Bunting, porém, Wagner fritou e comeu a carne da vítima David Johnson. Em seu julgamento, Wagner subiu no banco dos réus e declarou:
Pedófilos fazem coisas terríveis para as crianças. As autoridades não fazem nada a respeito. Decidi agir. Tomei uma atitude. Obrigado!”.

Vítimas

No dia 27 de setembro de 2002, Wagner se declarou culpado de três acusações de assassinato – Barry Lane, Fred Brooks e David Johnson. Não admite a culpa pelas outras sete acusações.

Bunting conheceu Wagner quando se mudou para Waterloo... Wagner morava com Barry Lane e ambos assistiram Bunting descartar o corpo de sua primeira vítima, Clinton Trezise. Depois,Wagner passou a auxiliar Bunting nas demais vítimas.


OS CRIMES

Clinton Trezise, primeira vítima de John Bunting, foi surrado até a morte com uma pá na sala da casa de Bunting após ter sido convidado por ele para uma visita. Bunting acusou Clinton de ser pedófilo... este foi encontrado enterrado dois anos depois em uma cova rasa, em 16 de agosto de 1994. Apenas em 1997 o assassinato de Clinton foi tema de dois episódios do programa de TV australiano “Os mais procurados da Austrália”. Bunting assistiu a um dos episódios com James e sua mãe, onde se gabava para James “essa é minha obra”, revelando para o garoto como ele tinha matado Clinton, quando viveu em Waterloo, e como descartou o corpo com a ajuda de Wagner e Lane.

Vítimas

Ray Davies era um homem com deficiência intelectual que vivia em um trailer atrás da casa de Suzanne Allen, em Salisbury. Davie, ex-amante de Allen, tornou-se alvo dos assassinos após Allen acusá-lo do assédio sexual de seus netos. Davies foi assassinado por Bunting e Wagner em dezembro de 1995 e nunca foi dado como desaparecido. Bunting e Wagner fizeram uma limpeza no trailer de Davies e o levaram para uma cidade vizinha; depois, pintaram e o venderam dois meses depois do assassinato... Bunting continuou a reclamar pagamentos de previdência social de Davies. Seu corpo foi encontrado posteriormente enterrado no quintal da antiga casa de Bunting, em Waterloo.

Michael Gardiner era homossexual assumido e foi assassinado por Bunting e Wagner em agosto de 1997. Wagner odiou Gardiner por sua conduta... após seu assassinato, Bunting tentou se fazer passar por Gardiner para ter acesso a suas contas pessoais. O corpo de Gardiner foi encontrado armazenado em seis tambores em um cofre de banco em Snowtown. O corpo de Barry Lane foi localizado no mesmo local... um dos pés de Gardiner foi removido para que a tampa do tambor pudesse ser fechada.

Barry Lane era um homossexual que também se travestia de mulher e tinha tido um relacionamento com Wagner, de 1985 até 1996. Dividiam uma casa em Bingham, ao norte de Salisbury, perto da casa de Bunting. Foi visto pela última vez em outubro de 1997.

Bunting, muitas vezes, se referia a Lane como “sujo” e pedófilo... no dia de seu assassinato, Lane foi forçado por Bunting a chamar sua mãe e dizer que se mudaria para Queensland e que nunca mais a veria. Também proibiu Lane de contar a qualquer um sobre os assassinatos, pois, também seria preso por tê-lo ajudado. Após matar Lane, Bunting ficou com seu veículo e seus pagamentos da previdência social. Thomas Trevilyan também foi outro envolvido no assassinato de Lane; alegou que apenas se associou a Lane para obter informações sobre outros pedófilos.

Após desmembrar o corpo de Lane, colocou em tambores no cofre de um banco em Snowtown, juntamente com o corpo de Michael Gardiner (como dito anteriormente).

Thomas Trevilyan tinha problemas psiquiátricos e usava roupas do estilo militar... às vezes, quando ouvia barulhos estranhos, corria para fora de casa com uma faca na mão e costumava percorrer longas distâncias à pé. Dividiu a casa com Lane por cinco meses – de abril a outubro de 1997 – e assistira Bunting e Wagner em seu assassinato. Bunting matou Trevilyan após descobrir que ele contou a outras pessoas de seu envolvimento no assassinato de Lane.

Bunting disse a outras pessoas que Thomas tinha começado a enlouquecer, o levou a Kersbrook, sendo forçado a ficar sobre uma caixa, com uma corda presa a seu pescoço... chutou a caixa. Thomas, ao ser encontrado em 5 de novembro de 1997, foi tratado como um caso de suicídio.

Gavin Porter (31), era um amigo de James, que se mudou para a casa de Bunting e James em 1988. Bunting referiu-se a Porter como um viciado em heroína, um desperdício que não merecia viver. Bunting se irritou depois de ter sido picado por uma seringa usada descartada por Porter no sofá... foi assassinado por Bunting e Wagner enquanto dormia em seu carro na garagem da casa de Bunting. Seu corpo também foi armazenado em um barril, antes de ser transferido para Snowtown.

Troy Youde era o meio-irmão de James. Este já havia confidenciado à Bunting o abuso cometido por Troy quando jovem... em agosto de 1998, Bunting, Wagner, James e Haydon visitaram Youd. O arrastaram da casa e o mataram... seu corpo foi desmembrado e armazenado em um tambor e, mais tarde, mudou-se para Snowtown.

Frederick Brooks era o filho deficiente mental de Jodie Elliot, sobrinho de Elizabeth Haydon. Assassinado por Bunting, Wagner e James em 17 de setembro de 1998. Seu corpo foi transferido para um carro que, mais tarde, foi recolhido por Mark Haydon, e localizado pela polícia em um cofre de banco, em Snowtown. Mark Haydon continuou a receber os pagamentos da previdência social de Brooks.

Gary O'Dwyer (29) também deficiente mental, vivia sozinho na rua Frances. Bunting procurou saber se Gary tinha familiares próximos e, como não, foi visto como um alvo fácil, podendo receber seus benefícios. Seu corpo foi encontrado pela polícia num cofre de banco, em Snowtown, contendo marcas de queimadura aplicados por uma máquina de choques elétricos.

Elizabeth Haydon, esposa de Marcos Haydon, moravam em Blackham. Sua irmã, Jodie Elliot, teve um breve relacionamento com Bunting em 1998, vivendo na parte de trás da casa dos Haydons. Elizabeth foi a única vítima do sexo feminino da dupla criminosa.

Assassinada em 20 de novembro de 1998, enquanto Haydon e Elliot estavam longe da casa, Elizabeth foi dada como desaparecida por seu irmão Garion Sinclair. Mark, posteriormente, ajudou na ocultação do assassinato de sua esposa.

As investigações sobre o desaparecimento de Elizabeth levaram à descoberta do banco em desuso, em Snowtown, ocasionando a descoberta de oito corpos “guardados” no cofre, incluindo o de Elizabeth. Mais tarde, a polícia prendeu Bunting, Wagner, James e o marido de Elizabeth, Mark Haydon, pelos assassinatos.

David Johnson foi atraído para o banco em desuso em Snowtown por seu meio-irmão, James, em 9 de maio de 1999. David não era homossexual, mas Bunting se referia a ele como “bicha” e que ele precisava morrer.

James pediu que David fosse até o prédio onde fica o banco para ver um computador... ao entrar no prédio, David foi agarrado por Wagner e estrangulado, algemado e forçado a ler para Bunting um roteiro pré-redigido, além de fornecer a senha de sua conta bancária. A voz de David foi registrada em um computador com um microfone.



James e Wagner tentaram acessar a conta de David, deixando Bunting e Haydon no banco. Como não conseguiram retirar dinheiro da conta do rapaz, este foi assassinado. Bunting e Wagner desmembraram o corpo de David e, em seguida, fritaram e comeram partes de seu corpo. Esta foi a última vítima dos assassinos.

Os restos mortais de Suzanne Allen foram encontrados na casa de Bunting, em Salisbury, envolto em onze diferentes sacos de plástico. Sua morte foi ocultada pelo acusado, que continuaram a receber a pensão, alegando um total de 17mil dólares... eles alegaram que ela tinha morrido de ataque cardíaco.

Fonte: Murderpedia.org


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