domingo, 9 de fevereiro de 2014

TSUTOMU MIYAZAKI, o "Assassino de Ninfas" - Paladares Excêntricos



Nascido em Ome, Tóquio, em 1962, Tsutomu Miyazaki teve problemas desde seu nascimento. Seu parto foi prematuro, ele nasceu com uma estranha deformidade nas mãos, o que limitou seus movimentos nessa parte do corpo. Por causa disso, Tsutomu era vítima de piadas dos colegas de escola. Isso provavelmente o chocou bastante. Ele tomou gosto pelo cinema, fazendo uma imensa coleção de fitas de filmes e desenhos, sendo os seus favoritos os filmes de horror. Ele também tomou gosto por histórias em quadrinhos (mangá, no Japão) e por pornografia infantil.

Tsutomu Miyazaki não é o que podemos chamar de serial killer prolífico. Ele talvez tenha feito apenas 4 (quatro) vítimas entre os anos de 1988 e 1989. Porém seus crimes tinham ingredientes estarrecedores, como a idade das vítimas: todas meninas de 4 a 7 anos, a necrofilia, a mutilação, a ingestão de sangue e o canibalismo.

Na mídia japonesa, o assassino ficou conhecido como “Otaku Assassino”, “Assassino de Ninfas” e “Drácula”.

Em Saitama, sequestrou uma menina de 4 anos e a estrangulou numa floresta num subúrbio de Tóquio, em agosto de 1988. Em outubro do mesmo ano fez a mesma coisa com uma menina de 7 anos. Em dezembro, aproximou-se de outra menina de 4 anos, estrangulou-a num estacionamento e abandonou seu corpo numa área florestal próxima. Em junho de 1989, raptou uma menina de 5 anos, estrangulou-a em seu carro. Depois mutilou seu corpo e abandonou as partes em áreas florestais de Saitama e Tóquio.



Ainda em janeiro de 1989, pais da criança desaparecida em agosto de 1988 encontram uma caixa de papelão na frente de sua residência e ficam chocados ao perceber os ossos da vítima com várias fotos de seus dentes, com mãos e pés amputados, além de suas roupas e uma leitura de cartão postal com os dizeres “Mari. Cremada. Ossos. Investigue. Prove”. A perícia confirmou que os ossos e cinzas eram realmente da criança desaparecida, Mari Kono. Os pés e mãos de Mari foram recuperados no armário de Tsutomo quando este foi preso.

Durante esse onda de assassinatos, Miyazaki era considerado um bom funcionário onde trabalhava durante o dia; depois do expediente, porém, se dedicava à caça de novas vítimas. Outro detalhe chocante, foi o fato de que Miyazaki enviou cartas para os familiares das vítimas, descrevendo em detalhes como as meninas foram mortas. Tais cartas vinham acompanhadas de uma caixinha contendo pó de ossos humanos, ossos de suas vítimas, como o caso de Mari Konno. Em seguida, cortou os pés e as mãos, guardando-os no armário até o dia de sua prisão.



Em 23 de julho de 1989, Tsutomu Miyazaki abusava sexualmente de uma menina em um parque próximo a sua casa quando foi flagrado pelo pai da criança. Ele fugiu nu e a pé, mas cometeu um erro que acabou de vez com sua série de homicídios. Mais tarde, naquela noite, Tsutomu voltou para buscar seu carro e acabou preso por policiais.

Durante seu julgamento, ele permaneceu calmo e indiferente. Seus atos cruéis alimentaram o pânico e trouxeram à tona debates sobre a violência que os filmes de horror podem provocar em uma pessoa.

Quarto de Tsutomu

Tsutomu Miyazaki foi diagnosticado portador de múltiplas personalidade. Ele foi considerado culpado e condenado à morte em 14 de abril de 1997. Em 17 de junho de 2008, Tsutomu foi enforcado. Os detalhes sobre seu canibalismo foram mantidos quase completamente em sigilo.

Aparentemente, Tsutomu Miyazaki se inspirou no segundo e no quarto filme da série Guinea Pig para cometer seus assassinatos. No segundo filme, um japonês vestido de samurai sequestra e esquarteja uma jovem, tudo muito explicitamente. No quarto filme, um pintor encontra uma sereia dentro de um bueiro; ele a leva para casa, mas ela está debilitada devido uma infecção. Ele, então, decide pintá-la antes que seja tarde demais. Guinea Pig é uma série de curta-metragens experimentais japonesa, cujos filmes (seis no total), na maioria das vezes são extremamente sanguinolentos.

Após sua condenação, o pai de Tsutomu Miyazaki cometeu suicídio.


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