Williamina e notícia do dia de sua execução |
Nativa
de Edimburg, Escócia, nascida em 1847, Williamina emigrou para a
Nova Zelândia com seus 2 filhos em 1868, onde morou com uma senhora
chamada Granny Kelly, em Southland. Casou-se com Charles Dean em 1872
e foram morar em uma propriedade de 22 hectares, conhecida como “O
Parque”, no East Winton, próximo a Invercargill. Não há
registros do que aconteceu com as duas crianças.
Buscas realizadas no jardim de Minnie |
Um
incêndio destruiu a residência dos Dean, que construíram uma casa
menor. O jardim de flores de Williamina era famoso por suas dálias e
crisântemos, sendo conhecido como “Parque Nacional Inglês”.
Como
os tempos eram difíceis para o casal, Williamina – carinhosamente
chamada de “Minnie” – abriu a “Creche para Bebês” com o
objetivo de complementar a renda do marido e anunciando bebês para
adoção – as crianças lá deixadas eram filhos ilegítimos,
trazidos por suas mães que não podiam sustentá-las ou assumir essa
maternidade (os tempos eram outros)
Crianças resgatadas da casa de Minnie após sua prisão |
Em
1889 a creche de Minnie chamou a atenção das autoridades depois que
um bebê de 6 meses morreu após passar três dias doente. No
entanto, o óbito foi atestado como “causas naturais”, devido às
convulsões sofridas.
Dois
anos depois, em maio de 1891, um bebê de 6 semanas de idade morreu
e, novamente, foi considerado seu óbito por “causas naturais”.
Minnie passou a ser mais reservada em seus anúncios, utilizando
pseudônimos como “Cameron”, em anúncio no Timaru Herald.
Em maio de 1895, um guarda ferroviário relatou que vira uma mulher no trem com um bebê, porém, esta desembarcou depois sem nenhuma criança. Com esse fato, a polícia deu início à investigações que levaram-na à uma senhora chamada Hornsby, que residia em Dunedin; esta disse à polícia que entregara a neta de 1 mês de idade para Minnie em Milburn, com dinheiro para que cuidasse da criança.
A
polícia levou a Sra. Hornsby à residência dos Dean, onde ela
reconheceu Minnie e as roupas pertencentes à criança. Minnie foi
presa e enviada à Dunedin para aguardar julgamento e, enquanto isso,
as buscas em seu famoso jardim resultaram no encontro de 2 bebês
enterrados: um deles era a criança Hornsby – chamada Eva Hornsby –
cuja necropsia revelou que o falecimento se dera por uma overdose de
morfina; o outro bebê era Dorothy Edith Carter, também entregue à
Minnie pela avó. As buscas prosseguiram e um terceiro bebê foi
encontrado. As acusações de assassinato foram inevitáveis após a
morfina ser encontrada por detetives na casa de Minnie.
Charles
também foi preso, seis outras crianças que estavam sob os cuidados
do casal foram levadas pela polícia. Inquéritos posteriores
revelaram que Charles Dean foi proibido por Minnie de trabalhar em
seu jardim – impedido até mesmo de retirar ervas daninhas – o
que levou à sua libertação e retiradas as acusações.
Minnie
negava que tivesse matado os bebês, porém, com a pressão dos
testemunhos das avós das crianças e as roupas encontradas na casa
de Minnie, ela admitiu as acusações. No entanto, suas últimas
palavras foram: “Não tenho nada a dizer, a não ser que sou
inocente!”.
O
julgamento de Minnie começou em 18 de junho de 1895, na Suprema
Corte de Invercargill, sendo rapidamente condenada por assassinato.
Em 12 de agosto entrou para a história como a primeira mulher a ser
enforcada na Nova Zelândia.
Apesar
da natureza de seus crimes, alguns jornalistas pareciam enfeitiçados
pela dona da creche, cujo artigo no The Times, de Londres, fez a
seguinte observação: “Minnie foi para o patíbulo sem vacilação
ou hesitação; morreu como uma mulher brava e maravilhosa”...
Fonte:
Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton
Murderpedia.org
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