sábado, 11 de janeiro de 2014

HARVEY LOUIS CARIGNAN, o "Assassino do Martelo" ou "Assassino do Anúncio de Empregos"



Nascido em 18 de maio de 1927, Carignan nunca teria se tornado um serial killer, se não fosse um acordo – por confissão – que garantiu sua não execução na forca pelo assassinato de uma mulher, em 1949, no Alasca. Teve sua sentença revertida em 1951, cumprindo 9 anos por tentativa de estupro, recebeu a condicional em 1960.

Sucederam-se roubos, assalto e outros crimes e, em 1965, Carignan foi novamente condenado em Washington à 15 anos de prisão... mas, por bom comportamento, ganhou as ruas em 1969. Nutriu, no entanto, uma raiva contra a sociedade em geral e as mulheres em particular.

Casou-se com uma viúva de Seattle, o que foi um fracasso – taciturno e pouco comunicativo, ele costumava levantar-se à noite e dirigir longas distâncias “para ficar sozinho e pensar”, dizia. O casamento acabou quando ele se recusou a dizer para onde ia nesses longos passeios noturnos.

Casou-se novamente com outra viúva em 1972. Suas investidas sexuais na enteada adolescente fez com que esta finalmente fugisse de casa e separou-se em 1973.

Naquele ano, a jovem Kathy Miller respondeu a um anúncio de emprego de Carignan que procurava funcionários para trabalhar com ele em um posto de gasolina que ele locara. Kathy nunca mais foi vista e, após um mês de seu desaparecimento, dois meninos encontraram seus restos mortais durante uma caminhada na reserva indígena ao norte de Everett, em Washington. Estava nua e enrolada com um saco plástico, espancada com um martelo, com buracos no crânio do tamanho de uma moeda. Após essa descoberta, ciente de que iriam chegar até ele, Carignan saiu de Washington.

Uma multa por excesso de velocidade expedida em 20 de junho em nome de Carignan, no distrito de Solano County, Califórnia, o identificou como residente neste local, onde meia dúzia de mulheres foram assassinadas nos 2 anos anteriores, porém, não havia nada mais concreto que o ligasse aos crimes. Enquanto isso, ele cruzava o país, buscando refúgio em um abrigo no antigo retiro familiar, em Minneápolis.

Alguns dias depois, Marlys Townsend foi surpreendida em um ponto de ônibus e perdeu a consciência após ter levado um golpe por trás. Acordou no carro de Carignan, atordoada pelo golpe, enquanto ele tentava fazê-la masturbá-lo enquanto dirigia, ela saltou do veículo em alta velocidade, conseguindo se salvar.

Dois meses depois, Jerri Billings, de 13 anos, pegou uma carona com Carignan para chegar à casa de seu namorado, no dia 09 de setembro. Ele a forçou a masturbá-lo enquanto ele introduzia o cabo do martelo em sua região genital. Ao terminar, Carignan espancou sua cativa e a liberou, porém, o evento foi tão humilhante para Billings que ela manteve o episódio em segredo por muitos meses.

Um ano se passou até que os detetives tivessem notícia de Carignan novamente.

Em 08 de setembro de 1974, ele pegou Lisa King e June Lynch, ambas de 16 anos, que pediam carona em Minneapolis. Ele ofereceu dinheiro para que elas o ajudassem a buscar um outro carro que estava atolado em uma área rural. Ao sair da cidade, Carignan parou o carro e começou a bater na cabeça e no rosto de June. Quando Lisa correu para ajudar, ele fugiu deixando June sangrando à beira da estrada.

Um mês antes, em 10 de agosto, outro romance terminou para Harvey. Eileen Hunley era uma mulher religiosa que procurara a bondade nas pessoas. Procurando o mesmo em Harvey, nada encontrou e comentou com os amigos mais próximos sua intenção em terminar o relacionamento amargo, mas desapareceu no dia 10 de agosto, sendo encontrada em Sherbourne County cinco semanas depois, em estado de decomposição, tendo seu crânio implodido a golpes selvagens de martelo.



Em 14 de setembro de 1974 uma falha no motor quase custou a vida de Gwen Burton. Carignan ofereceu-lhe uma carona e, quando estavam sozinhos, ele rasgou sua roupa, a sufocou deixando-a inconsciente e a estuprou com o cabo de seu martelo. Depois, bateu com o mesmo em seu crânio com muita força e abandonou-a em um campo para morrer. Milagrosamente, ela sobreviveu e se arrastou até a estrada, onde um motorista que passava salvou sua vida.

Em 18 de setembro, quando foi encontrado o corpo de Eileen, Carignan pegou Sally Versoi e Diane Flynn usando o velho truque de “pegar um carro em outro local” e, em seguida, passou a fazer propostas indecentes e a agredir as meninas quando elas rejeitaram suas investidas. Elas escaparam quando ele ficou sem combustível e foi forçado a parar.

Dois dias depois, Kathy Schultz, 18 anos, não retornou da faculdade e deram notícia de seu desaparecimento à polícia. Seu cadáver foi encontrado no dia seguinte, por caçadores, em um milharal, à 40 milhas de Minneapolis. Seu crânio também estava destruído por esmagamento a golpes de martelo.

A polícia e Minneapolis estava em contato com Washington naquele momento e em alguns dias as sobreviventes reconheceram Harvey na formação em linha como o homem que as havia raptado e agredido. Uma pesquisa em seus pertences revelou mapas com 181 círculos vermelhos riscados em áreas isoladas dos Estados Unidos e Canadá. Alguns dos círculos resultaram em nada, outros indicaram pontos em que Harvey tinha requerido trabalho ou comprado veículos, mas outros pareciam ligá-lo à linha de homicídio não resolvidos e outros crimes envolvendo mulheres. Um desses círculos criptografados marcou o ponto onde Laura Brock desapareceu, próximo a Coupeville, Washington. Outro, em Medora, Dakota do Norte, coincidiu com a descoberta de uma garota assassinada em abril de 1973. Ainda outro foi riscado ao redor da mesma intersecção em Vancouver, onde uma mulher, aguardando um ônibus da cidade, foi agredida por trás e espancada com um martelo.

A defesa por insanidade envolvendo mensagens de Deus não impressionou o júri em seu julgamento por tentativa de homicídio de Gwen Burton, em março de 1975.



Condenado à pena de 40 anos de prisão, os outros julgamentos e sentença de Carignan foram apenas de fachada, pois, no Estado de Minnesota, nenhum criminoso pode ser condenado a mais de 40 anos:
foram 30 anos pelo assalto a Jerri Billings,
40 anos pelo assassinato de Eileen Hunley;
40 anos por matar Kathy Schultz.
Cento e cinquenta anos ao todo, dos quais ele cumprirá apenas 40 anos.

Fonte: murderpedia

           Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário