Por
mais que leia sobre as mais variadas atrocidades, não tem como dizer
que já me acostumei e nada mais me surpreende... mais uma vez,
fiquei chocada e, acreditem se quiser, ainda não tive coragem de
assistir ao filme, embora saiba que as cenas não são reais mas, o
problema é que conhecemos a história da vítima e imaginamos seu
sofrimento – que, claro, é MUITO MAIOR do que o demonstrado pela
atriz que representa a cativa... saber que existem pessoas que usam
um invólucro para esconder sua real personalidade assusta a qualquer
um e, apesar da minha indignação, acho necessário sabermos do que
um ser humano é capaz, e que nem sempre aquilo que nossos olhos
estão vendo corresponde com a realidade... que pode ser muito pior
do que imaginamos...
Gertrude
nasceu dia 19 de setembro de 1929, sendo a terceira criança em uma
família de seis filhos. Em 1940 viu seu pai, a quem tinha maior
apego, ter um infarte e falecer. Cinco anos depois, com 16
(dezesseis) anos de idade, largou a escola para se casar com o
deputado John Baniszewski, de 18 anos, com quem teve 4 (quatro)
filhos. Embora o temperamento difícil de John, permaneceram casados
por dez anos.
Teve
um rápido casamento com um homem chamado Edward Guthrie e, depois,
casou-se novamente com John, tendo mais 2 (dois) filhos, antes de se
divorciarem definitivamente em 1963. Com 34 anos de idade, Gertrude
se mudou com Dennis Lee Wright, de 23 anos, que abusou muito mais
dela. Após o nascimento de seu filho, Dennis Jr., Wright
desapareceu, deixando Gertrude sozinha.
A
partir deste momento, Gertrude teve que se virar com a pensão
incerta oferecida por seu ex-marido John, o trabalho de baby-sitter e
lavando roupas de outras pessoas. Os problemas financeiros de
Gertrude pioraram quando descobriu que sua filha Paula, de 17 anos,
estava grávida de 3 (três) meses de um homem mais velho e casado.
A
saúde de Gertrude não ia bem. Apresentava uma série de
enfermidades não identificadas, não praticava higiene adequada, não
comia, o que culminou por afetar sua aparência – queda de cabelos,
magra como um esqueleto, olhos encovados. Embora ainda jovem, passou
a se comportar como uma senhora, alegando que permanecia casada com
Dennis (omitia seu desaparecimento), o que conferiu a ela um verniz
de respeitabilidade.
Os
filhos de Gertrude são:
→
Paula
Baniszewski
→
Stephanie
Baniszewski
→
John
Baniszewski Jr.
→
Marie
Baniszewski
→
Shirley
Baniszewski
→
James
Baniszewski
→
Dennis
Lee Wright Jr.
OPORTUNIDADE
Em
julho de 1965, recebeu uma proposta irrecusável: cuidar de duas
adolescentes – Sylvia Marie Likens, 16 anos, e Jenny Faye Likens,
15 anos, enquanto seus pais viajavam a trabalho – Lester e Betty
Likens trabalhavam em um parque de diversões. Mandariam para
Gertrude 20 dólares por semana.
As
meninas frequentavam a mesma escola que os filhos de Gertrude, todos
frequentavam a mesma igreja aos domingos, enfim, Gertrude PARECIA ser
a pessoa ideal...
Quando
o primeiro pagamento dos pais das meninas atrasou, Gertrude bateu
nelas. A partir daí, as meninas apanhavam por comer doces que
Gertrude as acusava de ter roubado – na verdade, as meninas tinham
comprado! Era o início do calvário das adolescentes...
CASA
DOS HORRORES
3850,
East New York Street
Em
agosto de 1965, Gertrude começou a abusar física e verbalmente de
Sylvia, permitindo que seus filhos a agredissem, empurrando-a da
escada.
Um
dia, quando as irmãs Likens e os filhos de Gertrude voltaram da
igreja, estes disseram à mãe que estavam revoltados com a
quantidade de comida que viram Sylvia comer. Então, Gertrude disse à
Sylvia que estava chateada com o que Sylvia faria para arruinar sua
aparência e forçou a menina a comer um cachorro-quente lotado de
condimentos. Quando Sylvia vomitou, Gertrude a obrigou a comer o
vômito. Logo depois, receberam a visita dos pais de Sylvia e Jenny,
que foram obrigadas a não falar nada sobre o acontecido.
Ao
ouvir Sylvia comentar que deixou um rapaz beijá-la, Gertrude acusou
Sylvia de ser prostituta, deu sermões sobre a podridão, sujeira de
prostitutas e mulheres em geral – como se ela fosse melhor.
Suspeita-se de que Gertrude fosse pedófila. Disse a todos da casa
que Sylvia estava grávida e chutou-a várias vezes na virilha.
Quando Sylvia tentou se sentar, a filha de Gertrude, Paula, a jogou
para fora da cadeira e disse: “Você não tem permissão para se
sentar em cadeiras”. A partir de então, Sylvia só podia sentar-se
em cadeiras com a permissão de Gertrude.
Quando
as irmãs Likens comentaram ter visto as filhas de Gertrude – Paula
e Stephanie – fazerem sexo com garotos da escola em troca de
dinheiro, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, 15 anos, outros
amigos da escola e meninos da área foram chamados por Gertrude para
bater em Sylvia. Gertrude chegou a forçar Jenny a bater na própria
irmã.
O
casal Phyllis e Raymond Vermillion se mudaram para a casa ao lado de
Gertrude e imediatamente notaram o abuso e violência cometidos
contra as Likens. Ao fazerem um churrasco para confraternizar as duas
famílias, Phyllis percebeu Sylvia caminhando pelo quintal com um
olho totalmente roxo. Paula, filha de Gertrude, orgulhosamente disse
que ela tinha feito aquilo com Sylvia e, em seguida, pegou um copo de
água fervente e jogou no rosto da menina. Nenhum dos Vermillion
relatou o incidente às autoridades.
Dois
meses depois, Phyllis foi à casa de Gertrude pedir alguma coisa e
notou Sylvia vagando como se estivesse em transe com os lábios
inchados e um olho roxo totalmente inchado. Para demonstrar como fora
o ocorrido, Paula tirou seu cinto e começou a bater em Sylvia na
frente de Phyllis que, mais uma vez, nada relatou às autoridades.
Certa
vez, Sylvia pegou uma roupa de educação física da escola – mesmo
sendo impedida por Gertrude de ir às aulas. Gertrude encontrou a
roupa e arrancou a confissão de Sylvia através de espancamento e
queimando-a com pontas de cigarros, prática que se tornou rotina.
Gertrude
chamava os amigos da vizinhança para queimar Sylvia diariamente. A
este ponto, Gertrude tirara Sylvia da escola, acusou-a novamente de
prostituição, forçou-a a se despir e a inserir uma garrafa de
Coca-Cola em sua vagina na presença de um grupo de meninos da
vizinhança.
Coy
Hubbard passou a frequentar a casa de Gertrude, pois, ela ensinaria
judô ao menino praticando em Sylvia.
Gertrude
convenceu a melhor amiga de Sylvia – Anna Sisco, 13 anos – de que
ela tinha dito aos meninos da escola que a mãe de Anna era
prostituta. Chamou Anna à sua casa e a incentivou a agredir Sylvia.
Logo depois, Gertrude disse a uma das amigas de Paula, sua filha, uma
garota chamada Judy Duke, que Sylvia tinha espalhado rumores sobre
sua mãe, fazendo com que as meninas se unissem e fossem espancar
Sylvia.
O
PORÃO
A
partir de então, Sylvia ficou com incontinência urinária e
Gertrude decidiu que a menina não poderia mais conviver com os
demais, trancando-a no porão da casa. A ausência de local
apropriado forçou Sylvia a defecar e urinar no chão e, quando
Gertrude viu, deu início a um regime de banho para limpar Sylvia, a
quem ela chamava de “menina suja”.
O
“regime” consistia em encher uma banheira com água fervente,
amarrando os pulsos e tornozelos de Sylvia e a mergulhando nela. Isso
acontecia uma ou várias vezes ao dia e, após os banho, Paula
esfregava um punhado de sal sobre o corpo nu de Sylvia. Raramente era
alimentada e passava a maior parte do tempo nua. Por várias vezes
John Jr., de 12 anos, a fazia comer suas próprias fezes, vômito e
urina. Quando autorizada a comer algo “normal”, tinha que ser de
forma diferenciada, como uma vez a fizeram comer uma sopa com os
dedos.
Durante
esse período, Gertrude acolheu como seu assistente um garoto da
vizinhança, Ricky Hobbs, de 14 anos – suspeita-se de que ela
mantinha um caso com o garoto (daí a suspeita de pedofilia) – que
seguia cegamente as ordens de Gertrude. O garoto exemplar
experimentara uma mudança brusca de personalidade ao lado de
Gertrude.
Os
filhos de Gertrude também ganhavam dinheiro com Sylvia, chamando
garotos da área para se divertir vendo-a nua ou empurrando-a da
escada para o porão.
ACENDE-SE
UMA LUZ
Jenny
conseguiu fazer contato com a irmã mais velha, Diana Likens, através
de uma carta em que descreveu os horrores que ela e Sylvia,
principalmente, vinham sofrendo, pedindo que Diana chamasse a
polícia. Diana ignorou a carta acreditando que Jenny só estava
descontente com alguns castigos e inventou histórias para poder
morar com ela.
Algum
tempo depois, Diana foi visitar as irmãs e Gertrude se recusou a
deixá-la entrar, o que chamou a atenção de Diana. Ela, então, se
escondeu perto da casa e, quando avistou Jenny, se aproximou dela que
disse que não poderia falar com ela e saiu correndo.
Preocupada,
Diana chamou o serviço social, contando que Gertrude lhe disse que
tinha mandado Sylvia embora por esta ser uma prostituta imunda e,
desde então, nunca mais a viu. Quando o assistente social chegou à
casa de Gertrude, esta mandou Jenny mentir, ameaçando-a. Jenny,
então, disse que Sylvia tinha fugido. O assistente social, então,
voltou ao seu escritório e preencheu a papelada dizendo que era
desnecessário fazer mais visitas à casa de Gertrude.
FIM
DO SOFRIMENTO
Em
20 de outubro, Gertrude chamou a polícia para vir prender um rapaz
em sua casa. Robert Bruce Hanlon era um jovem local que alegou que os
filhos de Gertrude tinham roubado as coisas de seu porão. Ele foi à
casa de Gertrude à noite, exigindo que ela devolvesse suas coisas.
Phyllis,
a vizinha, testemunhou quando Hanlon foi colocado na viatura e se
aproximou para falar a favor do rapaz, mas não mencionou Sylvia em
nenhum momento.
Em
21 de outubro, Gertrude mandou que John Jr., Coy e Stephanie
trouxessem Sylvia do porão e a amarrassem na cama, pois, Sylvia
disse que estava conseguindo controlar sua incontinência, portanto,
seria permitido que ela dormisse na cama.
Quando
Gertrude foi verificar Sylvia pela manhã e percebeu que ela tinha
molhado a cama, Gertrude colocou um vestido em Sylvia, levou-a para a
sala de estar e obrigou a menina a fazer um strip-tease para seus
filhos e os meninos da vizinhança, forçando novamente Sylvia a se
masturbar na frente deles com a garrafa de Coca-Cola.
Ao
terminar, autorizou Sylvia a se vestir e, logo em seguida, começou a
declarar que Sylvia difamava suas filhas pela vizinhança e disse:
“Você marca minhas filhas, por isso eu vou marcá-la!”... despiu
Sylvia violentamente, amordaçou-a, amarrou-a enquanto um de seus
filhos esquentava uma agulha, instruindo Ricky Hobbs a escrever “Sou
uma prostituta e me orgulho disto” no abdômen. Em certo momento,
Hobbs parou e perguntou à Gertrude como se soletrava “prostituta”...
Gertrude escreveu em um papel e ele continuou a queimar o abdômen de
Sylvia. Foram queimaduras de 3º grau que, segundo a perícia, a
cirurgia plástica moderna teria sido incapaz de corrigir.
Satisfeita,
Gertrude saiu do quarto e seus filhos ainda esculpiram um “S”
entre os seios de Sylvia... mais tarde, explicaram que significava
“slave” (escrava).
Em
seguida, Coy levou Sylvia para o porão, usando-a para treinar judô
antes de voltar para casa. No meio da noite, Jenny visitou a irmã
escondida e Sylvia lhe disse que ia morrer. Pouco depois que Jenny
saiu, Gertrude entrou no porão e trouxe Sylvia novamente para cima,
deixando que dormisse em uma das camas até o meio-dia do dia
seguinte – 23 de outubro. Stephanie levou Sylvia para um banho
quente e sabão e, posteriormente, Gertrude e Paula vestiram Sylvia e
Gertrude ditou uma carta para que Sylvia escrevesse a seus pais. O
teor era o seguinte:
“Queridos
Sr. e Sra. Likens,
Saí
com um grupo de rapazes no meio da noite e eles me disseram que iriam
me pagar se eu entrasse no carro deles e fizesse tudo o que
quisessem... ao terminar, eles me bateram e deixaram feridas no meu
rosto e por todo o meu corpo. Também tatuei no meu estômago, “sou
prostituta e me orgulho disso”.
Eu
fiz quase tudo o que poderia fazer para enlouquecer Gertie (apelido
digamos “carinhoso” para Gertrude) e gastar mais dinheiro do que
ela tinha. Eu rasguei um colchão novo e urinei nele. Eu também fiz
contas no médico maiores do que ela poderia pagar e deixei Gertie e
seus filhos numa pilha de nervos.”
Gertrude,
assim como a saudação estranha que fez no início, instruiu Sylvia
a não assinar a carta. Ao término da carta, Gertrude começou a
arquitetar um plano para que John Jr. e Jenny deixassem Sylvia num
depósito de lixo para morrer. Ao ouvir isso, Sylvia tentou correr
para a porta da frente, mas seu estado impossibilitou que ela se
movesse rapidamente. Foi novamente colocada no porão e Gertrude lhe
fez algumas torradas, mas Sylvia não conseguia engolir. Gertrude lhe
deu um soco na boca e John a levou pro porão amarrada. Gertrude
levou um prato de biscoitos para Sylvia no porão e esta disse que
ela desse aos cães, pois eles estavam com mais fome do que ela.
Gertrude, então, deu-lhe vários socos no estômago.
No
dia 24 de outubro, Gertrude tentou matar Sylvia no porão sem
sucesso, porém, Coy desceu e espancou Sylvia com um cabo de
vassoura.
Ao
longo da noite e nas primeiras horas da manhã do dia 25 de outubro,
Sylvia batia no piso do porão com uma pá de ferro (certamente
tentando chamar a atenção de alguém), o que foi ouvido por
vizinhos que, MAIS UMA VEZ, não chamaram as autoridades.
No
dia 26 de outubro, Gertrude quis dar um banho em Sylvia, mandando
Stephanie e Ricky trazê-la para cima e deitando-a na banheira
completamente vestida... perceberam que ela não mais respirava.
Stephanie tentou manobras de ressuscitação mas, a esta altura,
Sylvia já estava morta.
Gertrude
instruiu seus filhos a levar o corpo de Sylvia para o porão e
deixá-lo nu. Em seguida, mandou Hobbs ao telefone público e chamar
a polícia (ela não tinha telefone). Quando os policiais chegaram,
ela entregou a carta que tinha feito Sylvia escrever e, em meio à
comoção, Jenny sussurrou para um dos policiais: “Tirem-me daqui e
eu vou contar tudo”.
Combinado
ao corpo de Sylvia encontrado no porão, os policiais prenderam
Gertrude, Stephanie, John, Hobbs e Coy Hubbard por assassinato.
Outras crianças da vizinhança presentes no momento, Mike Monroe,
Randy Lepper, Duke e Siscoe, foram presos por lesão corporal.
AUTOPSIA
O
corpo de Sylvia Likens apresentava inúmeros ferimentos, queimaduras,
danos nos músculos e nervos. Foram indicados: espasmos, sofrimentos,
torturas, contorções de dor, mordedura nos lábios do lado de
dentro arrancando pedaço. O exame de seu canal vaginal, embora
inchado e quase totalmente fechado, revelou que seu hímen estava
intacto, o que acabou com as afirmações de Gertrude de que Sylvia
era prostituta e que estaria grávida.
Causa
da morte: inchaço no cérebro, hemorragia interna cerebral e choque
por danos prolongados na pele.
ESTADO
DE INDIANA versus
BANISZEWSKI
Permaneceram
todos presos sem fiança até o julgamento: Gertrude e seus filhos,
além de Hobbs e Hubbard.
As
acusações contra Siscoe, Duke, Monroe e Lepper foram retiradas. O
advogado de Stephanie pedira que fosse julgada separadamente e o
promotor retirou as acusações de assassinato.
O
caso teve início em maio de 1966. O Ministério Público pediu a
pena de morte para Gertrude e seus filhos John (13 anos) e Paula,
junto com Ricky Hobbs (14 anos) e Coy Hubbard. O julgamento de Paula
foi interrompido, pois, teve que ser levada às pressas para dar à
luz: em homenagem à mãe, a criança se chama Gertrude.
Representados
por advogados diferentes, estes trabalharam uns contra os outros,
sempre tentando transferir a culpa, apesar de terem sido julgados
todos juntos. O advogado de Gertrude tentou culpar as crianças a
todo tempo, demonstrando que ela era doente crônica e incapaz de
prevenir ou prosseguir com qualquer abuso.
Um
dos depoimentos que mais prejudicou Gertrude foi o seu próprio, que
a auto-incriminou. Ela descreveu Sylvia como uma prostituta do
bairro, que tinha encontros com homens casados e que brigava
frequentemente. Para corroborar seu testemunho, Marie, sua filha de
11 anos, foi chamada a depor. Inicialmente, Marie confirmou tudo o
que a mãe havia dito até que, durante o interrogatório,
repentinamente, gritou “Deus me ajude!” antes de admitir que tudo
era mentira... contou detalhadamente como sua mãe e seus irmãos
torturaram e assassinaram Sylvia.
Gertrude
foi considerada culpada de assassinato em primeiro grau, porém, para
a surpresa dos cidadãos de Indiana, não recebeu a pena de morte,
mas sim prisão perpétua sem possibilidade de condicional.
Paula
foi condenada por assassinato em segundo grau, recorreu e foi
concedido novo julgamento. Porém, fez um acordo judicial e se
declarou culpada de homicídio voluntário. Passou 3 (três) anos na
prisão e depois foi colocada em liberdade condicional.
John
Jr., Coy Hubbard e Ricky Hobbs foram condenados por homicídio
voluntário e condenados a 18 meses em um centro de detenção
juvenil. Aos 17 anos de idade, Hobbs sofreu um colapso nervoso,
começou a fumar compulsivamente dentro da detenção, o que
deteriorou seus pulmões... faleceu aos 21 anos de câncer no pulmão.
Gertrude
recorreu da decisão, ganhando um novo julgamento e novamente
considerada culpada, porém, desta vez, foi condenada à 18 anos. Ao
longo destes, tornou-se prisioneira-modelo, trabalhou na oficina de
costura e ganhou o apelido de “mãe” na prisão. Pasmem! Obteve a
liberdade condicional em 1985!!!
Com
a notícia da condicional de Gertrude, Jenny e sua família
apareceram na TV, juntamente com outras entidades, para se opor à
liberdade condicional de Gertrude. Coletaram 4.500 assinaturas dos
cidadãos de Indiana, exigindo que Gertrude permanecesse atrás das
grades.
Durante
sua audiência da condicional, Gertrude disse não saber exatamente o
papel que teve no caso, porque estava drogada, mas assumiu total
responsabilidade pelo que aconteceu com Sylvia.
Gertrude
saiu da prisão no dia 04 de dezembro de 1985, viajou para Iowa com o
nome de Nadine Van Fossan e faleceu de câncer de pulmão em 1990. O
destino de seus filhos permanece, em grande parte, desconhecido.
Sabe-se que Paula se mudou para Iowa e assumiu nova identidade;
alguns dizem que ela ainda está viva e mora em uma fazenda em algum
lugar no campo. Stephanie tornou-se professora também assumindo novo
nome.
John
mudou seu nome para John Blake e trabalhou como motorista de caminhão
antes de se tornar um agente imobiliário e ministro leigo. Nunca foi
preso novamente. Casou-se e teve 3 (três) filhos, vivendo no
anonimato, só reaparecendo em 1998, no episódio do Massacre de
Jonesboro, para falar pela primeira vez sobre o assassinato Likens,
dizendo que ele assumiu total responsabilidade por sua participação
no assassinato e que uma sentença mais dura teria sido mais justo.
No
ano de 2009 demoliram a casa onde Sylvia foi torturada e morta. Em
sua homenagem, existe um memorial no Willard Park, em Indianápolis,
EUA.
Fonte:
Pasdemasque.blogspot
Murderpedia.org
TruTv.com