Entre 2007 e 2012, ocorreram uma série de
estupros seguidos de morte na área rural de Tholeni, no Cabo
Oriental, África do Sul, o que tornou este lugar conhecido como a
'aldeia da morte', situada ao longo da auto-estrada N2, a cerca de
15km de Butterworth.
Trata-se de uma pequena aldeia, com rebanhos de
gado, ovelhas e cabras... não há muitos empregos nos arredores e a
maioria das pessoas vivem da criação desses animais ou fazendo
biscates pela vila ou cidade.
Em junho de 2010, após o assassinato de Sinazo
Mbeki e suas duas netas subiu para oito o número de assassinatos,
onde as autoridades acreditavam se tratar do mesmo autor, admitindo,
portanto, a atuação de um 'serial killer'.
As autoridades, inicialmente, lançaram uma
recompensa no valor de 250mil Rand (cerca de 53mil reais) pela
captura do estuprador e assassino, mas ninguém tinha qualquer
informação útil. Nem as amostras coletadas dos moradores da vila
que tinham condenações anteriores por estupro deram em alguma
coisa... então, colocaram em prática a “Operação Boa
Esperança”, que incluía a unidade de crime organizado, operações
com cães e divisões forenses, com um primeiro movimento na manhã
de 17 de maio de 2010, resultando na prisão de centenas de jovens
com mais de 16 anos.
Houve recolhimento de amostras de DNA e
impressões digitais... Mabhayi estava entre eles, porém, suas
impressões digitais não puderam ser comparadas por não ter
documento de identificação. Essas ações não intimidaram Mabhayi:
ele matou mais cinco pessoas nos treze meses que se seguiram.
No dia 11 de agosto de 2012, no assassinato de
Nophumzile Florence Lubambo, deixou seu sapato na cena do crime, o
que o levou à prisão. Daí, compararam as amostras de DNA de
Mabhayi coletadas na operação de 2010 com os deixados nas cenas dos
crimes, o que o vinculou à série de assassinatos.
Ao todo, Bulelani matou 20 pessoas, entre
mulheres e crianças... dois médicos tradicionais da aldeia disseram
que ele sofria de uma doença espiritual chamada “iqungu”, quando
uma pessoa mata alguém e não passa por uma cerimônia de
purificação tradicional depois: “quando uma pessoa mata outra em
janeiro, por exemplo, também matará no mesmo mês do ano seguinte
se ele não passou por uma cerimônia de purificação”, disse um
dos médicos.
Bulelani, com 39 anos, foi considerado culpado
pelo assassinato de 20 mulheres e crianças e também por 6 acusações
de estupro e 10 violações de domicílio. Ele invadia as casas onde
não havia um homem como chefe de família; portando um machado ou
faca de caça, estuprava as mulheres e crianças, e as esquartejava
retirando, principalmente, seus úteros. Até hoje ele não deu
qualquer motivo para seus crimes.
Sua primeira vítima, Nofinish Eslina Mayekiso,
79 anos, atacou Bulelani com um machado após ele invadir sua casa...
mais tarde, ele voltou com seu próprio machado, estuprou e a
esquartejou. Bulelani disse que a matou por ela ser fraca, como
idosa.
Outra vítima, de 1 ano e 2 meses, Ongama
Mbeki, ao ser perguntado se tinha algum motivo para matá-la – bem
como a outras crianças – ele respondeu que não... disse ter se
arrependido de todos os crimes que cometeu, porém, teria continuado
a estuprar e matar se não tivesse sido preso.
Quando julgado, em setembro de 2013, ao ser
perguntado como se declarava das 36 acusações (20 assassinatos, 10
invasões à domicílio e 6 estupros), ele respondeu: “Ndinetyala”
- “sou culpado”.
Foi condenado a 25 penas de prisão perpétua.
Fonte: Murderpedia
Iol.co.za
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