sexta-feira, 12 de setembro de 2014

BULELANI MABHAYI, o "Monstro de Toleni" ou o "Estuprador do Machado" (The Axeman Rapist)



Entre 2007 e 2012, ocorreram uma série de estupros seguidos de morte na área rural de Tholeni, no Cabo Oriental, África do Sul, o que tornou este lugar conhecido como a 'aldeia da morte', situada ao longo da auto-estrada N2, a cerca de 15km de Butterworth.

Trata-se de uma pequena aldeia, com rebanhos de gado, ovelhas e cabras... não há muitos empregos nos arredores e a maioria das pessoas vivem da criação desses animais ou fazendo biscates pela vila ou cidade.

Em junho de 2010, após o assassinato de Sinazo Mbeki e suas duas netas subiu para oito o número de assassinatos, onde as autoridades acreditavam se tratar do mesmo autor, admitindo, portanto, a atuação de um 'serial killer'.



As autoridades, inicialmente, lançaram uma recompensa no valor de 250mil Rand (cerca de 53mil reais) pela captura do estuprador e assassino, mas ninguém tinha qualquer informação útil. Nem as amostras coletadas dos moradores da vila que tinham condenações anteriores por estupro deram em alguma coisa... então, colocaram em prática a “Operação Boa Esperança”, que incluía a unidade de crime organizado, operações com cães e divisões forenses, com um primeiro movimento na manhã de 17 de maio de 2010, resultando na prisão de centenas de jovens com mais de 16 anos.

Houve recolhimento de amostras de DNA e impressões digitais... Mabhayi estava entre eles, porém, suas impressões digitais não puderam ser comparadas por não ter documento de identificação. Essas ações não intimidaram Mabhayi: ele matou mais cinco pessoas nos treze meses que se seguiram.

No dia 11 de agosto de 2012, no assassinato de Nophumzile Florence Lubambo, deixou seu sapato na cena do crime, o que o levou à prisão. Daí, compararam as amostras de DNA de Mabhayi coletadas na operação de 2010 com os deixados nas cenas dos crimes, o que o vinculou à série de assassinatos.

Ao todo, Bulelani matou 20 pessoas, entre mulheres e crianças... dois médicos tradicionais da aldeia disseram que ele sofria de uma doença espiritual chamada “iqungu”, quando uma pessoa mata alguém e não passa por uma cerimônia de purificação tradicional depois: “quando uma pessoa mata outra em janeiro, por exemplo, também matará no mesmo mês do ano seguinte se ele não passou por uma cerimônia de purificação”, disse um dos médicos.

Bulelani, com 39 anos, foi considerado culpado pelo assassinato de 20 mulheres e crianças e também por 6 acusações de estupro e 10 violações de domicílio. Ele invadia as casas onde não havia um homem como chefe de família; portando um machado ou faca de caça, estuprava as mulheres e crianças, e as esquartejava retirando, principalmente, seus úteros. Até hoje ele não deu qualquer motivo para seus crimes.

Sua primeira vítima, Nofinish Eslina Mayekiso, 79 anos, atacou Bulelani com um machado após ele invadir sua casa... mais tarde, ele voltou com seu próprio machado, estuprou e a esquartejou. Bulelani disse que a matou por ela ser fraca, como idosa.

Outra vítima, de 1 ano e 2 meses, Ongama Mbeki, ao ser perguntado se tinha algum motivo para matá-la – bem como a outras crianças – ele respondeu que não... disse ter se arrependido de todos os crimes que cometeu, porém, teria continuado a estuprar e matar se não tivesse sido preso.

Quando julgado, em setembro de 2013, ao ser perguntado como se declarava das 36 acusações (20 assassinatos, 10 invasões à domicílio e 6 estupros), ele respondeu: “Ndinetyala” - “sou culpado”.
Foi condenado a 25 penas de prisão perpétua.

Fonte: Murderpedia
           Iol.co.za


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