Década
de 70, Santa Cruz, Califórnia. Na mesma época e lugar em que outro
notório serial killer estava em atividade, Edmund Kemper, Mullin
cometia seus crimes e, segundo seu ponto de vista, eram a “única
forma de evitar que um terremoto destruísse a Califórnia”...
Mullin
nasceu em 18 de abril e 1947, filho de um veterano da 2ª Guerra
Mundial, era extremamente inteligente e sensível, considerado por
sua escola uma promessa do esporte... no entanto, aos 36 anos,
apresentou-se como um esquizofrênico furioso e serial killer.
No
verão após a formatura, um amigo próximo a Mullin – Dean
Richardson – morreu em um acidente de carro. A partir de então,
Mullin deu início a um comportamento estranho: construiu em seu
quarto um santuário para o seu amigo morto e começou a ficar
obcecado com reencarnação, religião e desastres iminentes. Começou
a fazer uso de drogas e seu estado mental entrou em deterioração
progressiva. Assustada, sua família e amigos procuraram ajuda e
Mullin foi internado e diagnosticado como “esquizofrênico
paranoico”, sendo liberado pouco tempo depois.
Mullin
queixou-se de ouvir vozes e, vez ou outra, adotava personalidades
diferentes: se declarava discípulo yoga, boxeador amador, hippie ou
mexicano (usando um sombrero)... não demorou muito para dar início
ao hobbie que o tornou conhecido: o assassinato.
Treze
de outubro de 1972, Felton, Califórnia. Ao avistar um idoso sem-teto
– Lawrence White, 55 anos – ao longo da via, parou, levantou o
capô de seu carro, fingindo estar com problemas. Quando o idoso se
aproximou para oferecer ajuda, Mullin o golpeou com um taco de
beisebol até a morte. Ninguém se importou quando o homem foi
encontrado alguns dias depois.
Depois,
Mullin pegou uma jovem caroneira chamada Maria Guilfoyle, 24 anos, em
Santa Cruz e a esfaqueou até a morte, abrindo seu corpo e retirando
seus órgãos. Seu corpo só foi encontrado em fevereiro de 1973.
Em
2 de novembro de 1972, Mullin entrou em uma Igreja Católica de Los
gatos e esfaqueou o padre Henri Tomei, 64 anos, dentro do
confessionário.
No
dia 25 de janeiro de 1973, em Santa Cruz, Mullin atirou em um
traficante, James Gianera, 24 anos, e sua esposa Joan, 23 anos, na
casa do casal. Depois, os esfaqueou repetidamente antes de sair para
matar a tiros outra conhecida, Kathy Francis, 30 anos, e seus dois
filhos, David Hughes (9 anos) e Daemon Francisco (4 anos),
esfaqueando-os violentamente depois.
Em
10 de fevereiro foi um dia de azar para quatro adolescentes que se
cruzaram com Mullin em um parque estadual – Robert Spector (18
anos), David Oliker (18 anos), Brian Scott Card (19 anos) e Mark
Dreibelbis (19 anos). Os jovens montaram um acampamento no parque e
convidaram Mullin ao avistá-lo vagando pela floresta... atirou em
todos eles enquanto estavam sentados dentro da cabana. Descobriram os
corpos uma semana depois... a cabana estava encharcada de sangue.
Pouco
tempo depois, Mullin já havia feito outra vítima: em 13 de
fevereiro, Fred Perez, 72 anos, estava trabalhando em sua garagem
quando foi baleado e morto pelo assassino lunático... um vizinho
testemunhou esse episódio e Mullin foi preso em pouco tempo.
Mullin
afirmou aos policiais que ouvia vozes, incluindo a de seu pai, dando
ordens para que ele matasse e que telepaticamente ganhou permissão
dos quatro jovens da cabana para matá-los. Em alguns momentos Mullin
vociferava e passava um tempo considerável anotando suas teorias
distorcidas em um papel. Durante o seu julgamento, previsivelmente se
disse inocente por insanidade.
Mullin,
eventualmente, assumia sua defesa no Tribunal e dizia que “havia
uma grande conspiração para que ele não viesse a se tornar uma
pessoa muito poderosa em sua próxima vida”, uma de suas teorias
sobre reencarnação. Ainda, como Einstein tinha morrido no dia de
seu aniversário (aniversário de Mullin), ele era, portanto, o
designado para ser o “líder de sua geração”. Os assassinatos?
Foram consentidos pelas vítimas... “Todo homo sapiens se comunica
telepaticamente, só que isso não é socialmente aceito”.
Apesar
de todo esse circo, o júri o declarou são e culpado de dez
assassinatos em agosto de 1973. Condenado à prisão perpétua e
elegível para liberdade condicional em 2025.
Por
conta da atuação de Edmund Kemper e Herberth Mullin em Santa Cruz,
nessa mesma época, o local ficou conhecido como “Murderville,
EUA”.
Em
2006, Mullin disse que queria voltar para casa, no Condado de Santa
Cruz, morar em Boulder Creek e casar. No entanto, o Conselho da
Penitenciária negou sua candidatura à possibilidade de pleitear a
liberdade condicional.
Fonte:
Murderpedia.org
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