quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

GARY HEIDNIK, o "Louco da Marshall Street" e sua "Igreja Unida dos Ministros de Deus"



Gary tinha 2 anos quando seus pais se divorciaram: sua mãe acusava o marido de “negligência grave de suas obrigações” mas, por conta de seu alcoolismo, foi obrigada a enviar Gary e seu irmão mais novo para viverem com o pai.

Abandonando a escola secundária em outubro de 1961, Gary entrou para o exército no mês seguinte e recebeu treinamento médico em Fort Sam Houston, no Texas. Heidnik foi alocado em um hospital militar na Alemanha Oriental, em maio de 1962, mas voltou aos EUA em outubro, submetido a tratamento psiquiátrico por 3 meses, na Pensilvânia.

Dispensado com honras do serviço militar, com 100% de taxa de incapacidade, recebendo uma pensão mensal de 1.355 dólares do governo.

Durante os 25 anos seguintes, Gary foi frequentemente submetido a instituições mentais em Morristown, Coatesville e Honesdale, na Pensilvânia, algumas vezes permanecendo por meses. Disse a um juiz em 1978 que “não davam um nome técnico para sua doença, mas que devia ser algum tipo de esquizofrenia”.

Em fevereiro de 1964, Gary inscreveu-se em um programa de enfermagem prática no Hospital Geral da Filadélfia, completando com sucesso o treinamento de 1 ano e 6 meses. Em 1967 tinha dinheiro suficiente – de seu trabalho e da pensão do governo – para comprar uma casa de 3 andares, ocupando um piso enquanto alugava os outros.

Por outro lado, começou a sair com deficientes mentais do Instituto Elwyn, levando-as para piqueniques, cinema e saídas para compras – normalmente afro-americanas ou hispânicas – em encontros que terminavam em atos sexuais na casa de Gary. Quando alguma recusava suas investidas, eram ignoradas e estupradas.



Em 1971, Gary estabeleceu a “Igreja Unida dos Ministros de Deus”, tendo sua congregação formada pelas clientes do Instituto Elwyn. Seu jardim da frente tornou-se o repositório de um barco abandonado e quatro carros velhos, mas Gary desconsiderou as reclamações de seus locatários com ar de desdém. Ele caçava mulheres negras para o ato sexual mas, apesar disso, falava frequentemente aos amigos sobre a iminência de uma “guerra racial” americana.

No outono de 1976, Gary fechou-se no porão de sua casa, armado com um rifle e uma arma manual, desafiando seus locatários a fazer suas reclamações pessoalmente. Um tentou subir por uma janela, mas levou um tiro de raspão no rosto, acusação que foi posteriormente desconsiderada, e Gary se mudou após vender a casa a um professor universitário. O novo proprietário encontrou coleções de revistas pornográficas, amontoados de lixo apodrecido e muitos cartuchos de calibre 22 usados no sótão. No andar de baixo, ele encontrou um buraco de 18 polegadas no chão de concreto, com o solo sob ele escavado até uma profundidade de 91 centímetros.

Buraco no porão de Gary

Porão de Gary





















Em 1977, Gary investiu 35 mil dólares no mercado de ações, construindo sua fortuna até meio milhão de dólares durante a década seguinte. Comprou uma frota de carros luxuosos – incluindo Rolls Royce, Cadillac, Lincoln Continental e um furgão personalizado – evitando os impostos devidos sob a aparência de um “bispo” de sua igreja não existente. Compartilhou sua casa com uma mulher deficiente mental analfabeta, que teve uma filha dele em março de 1978, sendo a criança depois entregue para uma casa de adoção.

Em 7 de maio de 1978, Gary e sua namorada dirigiram-se a uma instituição mental em Harrisburg, pegando a irmã dela para um dia de passeio. Aos 34 anos, sua nova companheira tinha o QI de 3 anos – fora colocada no instituto há 20 anos. As autoridades encontraram-na no porão sujo de Gary em 17 de maio, conduzindo-a de volta à instituição mental, e Gary foi preso em 6 de junho, acusado de estupro, rapto, relação sexual fora do padrão, colocação em perigo, restrição ilegal e interferência com a custódia de uma pessoa submetida à internação.



Em novembro de 1978, Gary foi condenado e cumpriu 4 anos e 4 meses de prisão, mandado a instituições mentais em 3 ocasiões após tentativas de suicídio – por meio de pílulas, monóxido de carbono e mastigando uma lâmpada – antes de receber a condicional em abril de 1983.

Em dezembro de 1984, Gary comprou sua última casa, em North Marshall Street, Filadélfia, e colocou um anúncio da nova localização de sua “igreja” de um homem só. Nessa época, ele hospedou Cyrill Brown, um homem negro retardado empregado por Gary como pessoa de serviços gerais de meio período e tarefas gerais.

Vítima de Gary

Em outubro de 1985, Gary casou-se com uma mulher de 22 anos da Filadélfia, com quem ele tinha se correspondido pelos últimos 2 anos. Em contrapartida, ele começou a levar outras mulheres para casa para atos sexuais, instigando sua esposa a sair de sua casa em janeiro de 1986, direto para um abrigo para mulheres com lesão corporal, reclamando que Gary frequentemente a estuprava e agredia. A polícia registrou as acusações da esposa, que foram posteriormente retiradas em março de 1986 quando a reclamante não compareceu ao tribunal, permanecendo apenas sua declaração permanece, incluindo as descrições do desempenho de Gary com 3 companheiras femininas de uma só vez.

No dia de Ação de Graças, em 1985, Josephina Rivera deixou o apartamento de seu namorado após uma festa de aniversário, para fazer algumas compras. Prostituta por meio período, ela prontamente aceitou a oferta de Gary, de 20 dólares, para o ato sexual, acompanhando-o até sua casa, onde ele a deixou inconsciente e a algemou à cama. Depois, foi transferida para o porão e colocada em um poço, com uma prancha pesada cobrindo o buraco. Neste local, Rivera foi estuprada diariamente por Gary, sobrevivendo com uma dieta de pão e água, com um ocasional “tratamento” na forma de comida de cachorro e biscoitos.

No início de dezembro, Gary capturou sua segunda cativa, Sandra Lindsey, 25 anos, amiga retardada de Cyrill Brown. Acorrentada a uma viga no porão, ela foi sujeita a um regime de tortura, estupro e alimentação rançosa. Gary dividia seu tempo entre as duas prisioneiras.

Lisa Thomas, de 19 anos, foi raptada no Natal, com Jacqueline Askins, de 18 anos, unindo-se ao harém em janeiro de 1986. Gary começou a jogar as mulheres umas contra as outras, encorajando-as a informar os atos de desobediência. A punição incluía espancamento e choques elétricos, com um refinamento ocasional de uma chave de fenda colocada no ouvido da vítima. Em seus momentos de reflexão, Gary regalava-as com os planos de colecionar 10 prisioneiras e ter tantos filhos quanto possível antes de morrer.

Em fevereiro de 1987, Sandra Lindsay morreu após diversos dias pendurada nas correntes da viga. Gary e Rivera, que agia sob coerção, levaram o corpo para o andar superior, onde foi colocado em uma banheira e desmembrado com uma serra elétrica.

Foi feita a substituição de Lindsay por Deborah Dudley, 23 anos, raptada em março, mas como ela não cooperou, Gary a matou em 19 de março, ligando fios elétricos a seu queixo e colocando-a em um poço cheio de água. Dudley passou dois dias no congelador antes de Gary e Rivera dirigirem-se para a floresta estadual de Warton, perto de Camden, Nova Jersey, jogando o corpo no arvoredo, em 22 de março.

Dois dias depois, Rivera escapou da prisão do porão, procurando refúgio na casa de seu namorado, que chamou a polícia. Em 25 de março, os investigadores entraram na casa de Gary e encontraram as paredes do quarto cobertas com dinheiro, a cozinha decorada com moedas de 1 centavo e os restos cortados de Susan Lindsay guardados no freezer próximo.

Manchete da época

O porão foi uma câmara de horrores, com 3 mulheres mal nutridas acorrentadas à tubulação, nuas da cintura para baixo. Poços com odores pútridos no chão serviam como seus quartos de dormir. Os vizinhos relembraram um odor persistente de carne queimada emanando da casa de Gary. Restos humanos foram recuperados dos ralos e os pesquisadores dirigiram-se até Nova Jersey naquela tarde, recuperando o corpo de Deborah Dudley.

Preso por não pagar uma fiança de 4 milhões de dólares, Gary foi hospitalizado em abril após tentar enforcar-se com um suporte do chuveiro da prisão. Os advogados de defesa procuraram provar a insanidade de seu cliente, sugerindo que foi usado para experimentos militares com LSD durante a década de 1960, mas os jurados rejeitaram o argumento, condenando Gary por duplo homicídio em 1º de julho de 1988. Outras acusações incluíam 6 casos de rapto, 5 casos de estupro, 4 casos de agressão agravada e um caso de ato sexual fora do padrão.

Em 3 de julho, o réu foi sentenciado à morte por injeção letal, com o tempo de prisão excedente totalizando 150 a 300 anos.

Seis meses depois, Gary tentou o suicídio mais uma vez, ingerindo uma overdose de torazine em sua cela na prisão. Um guarda encontrou-o em coma no dia de Ano Novo, mas Gary logo se recuperou e retornou ao corredor da morte. A Suprema Corte da Filadélfia rejeitou uma apelação automática em 7 de março de 1991, em que o “Louco da Marshall Street” ordenou a seus advogados para se adiantarem em qualquer apelação adicional.

A data da execução foi finalmente fixada para 15 de abril de 1997 e Gary insistia que desejava morrer conforme programado, mas sua filha interferiu, ganhando uma interrupção indeterminada da execução enquanto a sanidade de Gary era reexaminada.

Gary foi executado por injeção letal em 6 de julho de 1999, pronunciado morto às 22h29min, menos de uma hora após a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar sua apelação final.

Fonte: Murderpedia
           Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PETER BRYAN - Paladares Excêntricos



Peter Bryan nasceu na cidade de Londres, em 1969, filho de um casal de imigrantes dos Barbados. Em 1994, foi internado no Rampton Hospital, uma instituição psiquiátrica, depois de alegar ter espancado com um martelo até a morte uma assistente de loja de 20 anos, Nisha Shetn, em 1993.

Em outubro de 2003, psiquiatras notaram uma melhora contínua no estado mental de Peter e traçaram planos para o transferirem para um local onde ficaria mais livre. Em 2004, assistentes sociais foram responsabilizados pela transferência de Peter para uma acomodação independente. Bryan era descrito como um bom homem, solitário e sem amigos.

Peter, no entanto, logo se meteu em problemas.
Ainda em 2004, ele foi mandado para o Hospital Geral de Newham, leste de Londres, após denúncias de que ele teria abusado sexualmente de uma menina de 16 anos. No final daquele mês, ele saiu da instituição mental e, logo em seguida, assassinou e canibalizou Brian Cherry, seu amigo, que recebeu, pelo menos, 24 golpes de martelo na cabeça.

Na noite do crime, Nicola Newman, amiga de Brian, foi visitá-lo por volta das 19h15min e sentiu um forte cheiro de desinfetante vindo da cozinha. Peter Bryan a atendeu sem camisa, segurando uma faca e sujo de sangue. Peter lhe disse que Brian estava morto, mas Nicola só acreditou depois que viu o corpo do amigo aos pedaços.



A polícia prendeu Peter Bryan. Na cozinha, foram encontrados pedaços de carne humana em uma frigideira; ao lado, um pote de manteiga destampado. A carne era um pedaço do cérebro de Brian. A polícia encontrou também um prato com outros pedaços do cérebro e cabelos emaranhados, junto com um garfo e uma faca. Peter Bryan disse aos policiais que havia matado Brian Cherry e “Eu comi seu cérebro na manteiga, foi muito bom”.

Mais tarde, ele acrescentou: “Eu teria matado mais pessoas se vocês não tivessem aparecido. Eu queria a alma delas”.



Encarcerado na prisão de Pentonville, Bryan disse a um agente penitenciário que tinha vontade de comer seu nariz. Medidas de segurança precisaram ser tomadas quando se entrava na cela de Peter e os agentes penitenciários começaram a usar escudos protetores para se defender que qualquer ataque do insano. Apesar de seu histórico violento, médicos concordaram que Peter deveria ser transferido para um hospital de segurança média. Esse foi o segundo engano da equipe, pois, permitiu que Bryan voltasse a matar.

No Broadmoor Hospital, Peter Bryan assassinou outro paciente, Loudwell Richard, 60 anos. O idoso foi estrangulado por Peter e morreu horas mais tarde. Peter Bryan alegou que, se não tivesse sido interrompido, teria comido partes de Loudwell.



Em 15 de março de 2005, Peter Bryan foi considerado culpado de duas acusações de homicídios, mas teve sua responsabilidade diminuída em razão de insanidade. Bryan foi diagnosticado como um esquizofrênico paranoico e nunca mais será liberado da instituição psiquiátrica onde se encontra. Sua serenidade diante dos policiais e seu apetite animalesco por carne humana demonstram o quão profunda é sua demência.

Fonte: Blog Famigerados

ANDRÉ BARBOZA, o "Monstro da Ceasa" - Belém/PA



No dia 16 de dezembro de 2006, o adolescente de 14 anos, José Raimundo Oliveira, saiu da casa de sua mãe de criação dizendo que ia acessar a internet em uma lan house do bairro onde mora, no Guamá, e depois voltaria para casa. Não voltou nem para casa de sua mãe de criação e nem da mãe biológica, que chegou a ser hospitalizada duas vezes desde o sumiço do menino. José faria aniversário no dia 20 de dezembro, quando encontraram seu corpo próximo do igarapé Murucutu, em decomposição, sem cabeça, sem a genitália (arrancada por um gargalo de garrafa), com cortes no pescoço e em outras partes do corpo, sendo enterrado como indigente.

Em março de 2007, ao fazerem novas investigações na mata onde os corpos de Adriano e Ruan foram encontrados, peritos acharam chinelos e uma bermuda que foram identificados positivamente pela família de José Raimundo. Feita a exumação, o corpo foi identificado como de José Raimundo no segundo semestre.

* Curiosidade: no dia 18 de janeiro de 2007, Camilo Costa Barbosa, de 21 anos, foi preso acusado de extorquir a família de José, pedindo 2 mil reais para dar pistas do paradeiro do adolescente, se passando por policial nas primeiras ligações à família e ameaçou a mãe de criação de José dizendo que ia queimar o menino caso ela não aparecesse no local combinado com o dinheiro.

No dia 11 de janeiro de 2007, aproximadamente às 17h30min, foi encontrado o corpo de Adriano Augusto Nogueira Martins, um dia após seu desaparecimento, seminu e estrangulado por um corda de náilon. Adriano saiu da casa dos pais por volta das 14h do dia 10 de janeiro, para ir até à oficina eletrônica de seu tio Renato. Como este não estava lá, foi para a lan house, onde permaneceu das 14h às 18h, na avenida José Bonifácio, para participar de jogos de computador.

No dia 22 de março de 2007, à tarde, foi encontrado o corpo de Ruan Valente Sacramento, 14 anos (completaria 15 anos no dia 22 de abril), desaparecido desde a manhã, após ter dito a sua irmã que ficaria brincando em frente de casa. Por volta das 8h30min, a garota não mais o viu e achou que ele tivesse ido à casa dos primos, que moram ali perto. Às 11h ele deveria retornar para ir à escola, mas não voltou.

As três vítimas estudavam na Escola Estadual Ruth Rosita, frequentavam a mesma lan house do bairro onde moravam e desapareceram nas mesmas circunstâncias – ao dizerem que iriam até a lan house acessar a internet. A polícia passou a desconfiar que o assassino tenha entrado em contato com as vítimas através da internet quando examinou as páginas que as vítimas mantinham no Orkut.

Apenas fevereiro de 2008, ao cometer um erro, o “Monstro da Ceasa” foi identificado: André Barboza, ex-militar, ao atacar o menor J. M., de 11 anos, após ter oferecido a este R$ 10 para que consertasse sua bicicleta (de André), enquanto fazia compra na Central de Abastecimento do Ceasa. Porém, escorregou na mata e a vítima conseguiu fugir. André perdeu o celular na mata e o garoto, que sofreu violência sexual, o reconheceu. Foi preso em sua casa, no bairro Guamá, e confessou.



* Curiosidade: J. M., com 17 anos, foi preso em 08 de setembro de 2011 na companhia de outro adolescente de 18 anos, Fabrício, por roubar um aluno em frente a uma escola na Travessa Padre Eutíquio, portando uma arma de brinquedo. Em relação ao episódio ocorrido há anos, ele lembra o que aconteceu mas diz não recordar os detalhes – ou não querer recordar...

André Barboza morava perto das vítimas e era conhecido de suas famílias, por isso a facilidade para atrai-las para a mata. Ele jogava com os adolescentes nos computadores da lan house e conseguiu convencê-los a sair de lá para a mata onde, ao chegar, aplicava-lhes golpes de artes marciais, que aprendeu no Exército, para imobilizá-las. André disse que ouvia “vozes” que o ordenavam a fazer aquilo e que perdia os sentidos... ao voltar a si, já tinha cometido os crimes...


PERFIL

Nascido no Guarujá, em São Paulo, é solteiro e desde os três meses de idade morava com uma família adotiva no Pará. Não conheceu o pai e teve pouco contato com a mãe verdadeira. Não completou o nível médio mas serviu o Exército em 1999 onde aprendeu técnicas de luta. Afirmou ter sofrido abusos sexuais entre seus 5 e 6 anos de idade por um homem chamado Max, morador do bairro.

Seus vizinhos declararam que ele era “um ótimo rapaz”...

Condenado inicialmente à 106 anos, foi reduzido para 104 anos de reclusão (pela atenuante da confissão), em 18 de novembro de 2008, pelo Primeiro Tribunal do Júri da Capital, em Belém/PA, sua sentença foi modificada em sede de Apelação, em 06 de outubro de 2011, para 86 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

Link da sentença: http://sdrv.ms/14PQHW9
Link da apelação: http://sdrv.ms/14PQGS5

Link fotos vítimas: http://sdrv.ms/14PQEJU

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Pará
            sites de notícias – Portal ORM


domingo, 8 de dezembro de 2013

NANNY HAZEL DOSS, a "Vovó Risadinha"











Nascida em Blue Mountain, Alabama, em uma família de cinco irmãos, ela e sua mãe odiavam o patriarca da família por sua rigorosidade. Como seus pais se casaram após o ano de 1905, suspeitava-se de que Doss era filha ilegítima.

Sua infância foi infeliz. Era uma estudante pobre, semianalfabeta, que trabalhava na fazenda da família em vez de frequentar a escola. Aos sete anos de idade, ao pegar um trem com sua família, Nannie bateu a cabeça na barra de metal no banco em frente a ela. Sofreu fortes dores de cabeça, desmaios e depressão por anos.

Seu passatempo favorito era ler revistas de romance de sua mãe sonhando com seu próprio futuro... depois, passou a preferir a coluna de corações solitários. Seu pai opressor a proibia de usar maquiagem e roupas atraentes, de ir a bailes e outros eventos sociais, na tentativa de protegê-las de possíveis abusos. Não adiantou.

Nanny foi molestada por uma série de homens na metade de sua adolescência. Aos 16 anos, casou-se com Charles Braggs e teve quatro filhos em rápida sucessão.

Braggs ficou confuso quando dois deles, morreram de repente em um pequeno intervalo de tempo, mas Nanny não deu nenhuma explicação. As crianças pareciam saudáveis quando Charles saiu para trabalhar, mas choraram em sua partida e morreram em convulsões logo após o café da manhã.



Pequenos pagamentos de seguro aliviaram um pouco a dor, mas Braggs começou gradativamente a suspeitar de sua esposa. Uma tarde, ele levou a criança mais velha e andou rapidamente por lugares desconhecidos deixando Nanny para trás com a outra filha deles, Florine. Embalando seus poucos pertences, Nanny mudou-se para Cedar Town, Geórgia, onde conheceu e depois casou-se com Frank Harrelson.

Florine tinha apenas dois anos quando Harrelson e Nanny pegaram a estrada, deixando a criança sozinha em sua casa, abandonada. Os vizinhos conseguiram rastrear Charles Braggs e ele veio buscar a garota, mas Nanny não veria sua filha novamente por 9 anos.

O reencontro delas evidentemente suavizou as coisas, e em 1945, Florine, então casas e mãe, sentiu-se segura para deixar seu pequeno filho na casa de Nanny em Jacksonville, Alabama, enquanto foi visitar seu pai. O bebê Lee sobreviveu 3 dias aos cuidados de Nanny, e sua morte produziu especulações angustiadas sobre ele acidentalmente “pegar algum veneno de rato”. Três meses depois, Frank Harrelson ficou doente e morreu em uma semana – na verdade, após uma noite de bebedeira, Harrelson estuprou Nanny, que pôs veneno de rato em sua garrafa de whisky, enterrando-o no quintal. Nanny usou o dinheiro do seguro para comprar uma pequena casa e 10 acres de terra para si, fora de Jackson Ville.



O inicio da década de 1950 foi um período letal para os parentes de Nanny. Seu terceiro marido, Arlie Lanning, morreu em Lexington, Carolina do Norte, em 1952. Poucos meses depois, em janeiro de 1953, sua mãe morreu enquanto Nanny servia de enfermeira para ela durante a recuperação do quadril quebrado. Dois dos irmãos de Nanny morreram no mesmo ano, em diferentes cidades; cada uma com colapso enquanto Nanny as visitava. Elas tiveram os mesmos sintomas misteriosos de cãibras estomacais e convulsões.

Em 1953, casou-se com o quarto marido, Samuel Doss, em Tulsa, Oklahoma, em julho de 1954. Ele morreu um mês depois, e a necropsia obrigatória revelou arsênico suficiente para matar 20 homens. Confrontada com a evidência de homicídio, Nanny Doss fez confissões estendendo-se por três décadas e pelo menos dez assassinatos, recebendo uma condenação de prisão perpétua pelo caso de Tulsa, em 1955. Ela cumpriu dez anos antes de sucumbir à leucemia, em 1965.



Durante diversas confissões e os anos na prisão, Nanny – chamada de “Avó Risadinha” pela imprensa – insistia que o dinheiro não teve papel significativo em seus crimes. Apesar dos diversos pagamentos de seguro, seus homicídios foram relatados como motivados por “enfado marital” e um sonho de “descobrir um marido ideal”, como descrito em suas revistas de romance. “É isso”, Nanny disse aos investigadores, “Estava procurando o companheiro perfeito, o verdadeiro romance da vida”.


Ao todo, ela havia matado quatro maridos, dois filhos, duas irmãs, sua mãe, um neto e um sobrinho.


Fonte: A Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton.
Murderpedia



domingo, 1 de dezembro de 2013

MONINDER SINGH PANDHER e SURENDER KOLI, a "Casa do Terror"


Moninder e Surender

Em dezembro de 2006 teve início uma investigação em Noida, uma cidade industrial na Índia, próximo à Nova Delhi, sobre uma série de assassinatos, pois, foram descobertos os restos mortais de crianças que estavam desaparecidas na vila de Nithari.

Em dezembro de 2006, um rico e influente empresário, Moninder Singh, e seu cozinheiro, Surender Koli, foram detidos pela polícia suspeitos de assassinar uma garota de programa chamada Payal. Foram acusados por estupro, assassinato, sequestro e conspiração criminal, sendo condenados à morte em 13 de fevereiro de 2009.


DESENROLAR DOS FATOS

Dois moradores de Nithari disseram conhecer a localização dos restos mortais pertencentes a crianças que haviam desaparecido nos 2 anos anteriores: o tanque municipal de água atrás da casa D5 – residência de Moninder.

Esses dois moradores tiveram filhas desaparecidas e suspeitaram que Surender Koli tinha algo a ver com os desaparecimentos. Como suas denúncias foram repetidamente ignoradas pelas autoridades locais, recorreram ao ex-presidente da Welfare Association, Mishra.

Pela manhã, Mishra e os dois moradores olharam no ralo do tanque e um deles alegou ter encontrado uma mão em decomposição, chamando a polícia em seguida. Até a chegada das autoridades, encontraram 3 esqueletos incompletos no ralo.

Alguns pais de crianças desaparecidas correram para o local com fotografias de seus filhos e, mais tarde, Koli, conhecido pelo pseudônimo Satish, confessou ter matado 6 filhos e uma garota de 20 anos – Payal – após agredi-los sexualmente.

Os moradores alegaram conivência da polícia com os ricos da cidades. Um dos moradores afirmou que a polícia reivindicava créditos pela descoberta dos corpos, quando os moradores que escavaram para encontrá-los. A polícia negou ter encontrado 15 corpos, reiterando a descoberta de crânios, ossos e outras partes de corpos, não sendo capazes de saber o número exato de vítimas, o que só seria possível após exames de DNA. A polícia impediu o acesso da mídia ao local dos crimes.

Mais tarde foi revelado à mídia que Pandher foi descoberto em 26 de dezembro de 2006, e Koli em 27 de dezembro devido ao desaparecimento de Payal. Somente após a confissão de Koli que a polícia deu início às escavações nas proximidades e descobriu os corpos.

Local onde foram retirados alguns corpos

Em 31 de dezembro de 2006, dois policiais foram suspensos por suspeita de conexões com os assassinatos por terem se recusado a tomar providências quando informados sobre o número de crianças desaparecidas.

Também foi presa uma empregada chamada Maya suspeita de ajudar na aquisição de mulheres para o empresário e chegou-se a suspeitar de tráfico de órgãos das crianças pequenas que foram terrivelmente assassinadas.

Quinze dos 17 esqueletos descobertos foram identificados, 10 deles por Koli quando confrontado com fotografias das crianças desaparecidas. Cinco outros foram identificados por familiares depois de ser mostrados pertences recuperados da cena do crime. Faltavam os torsos dos corpos, o que aumentava a suspeita sobre tráfico de órgãos. A polícia achava que havia pelo menos 31 vítimas.

Houve uma verdadeira batalha próximo à residência de Pandher, o que deixava a polícia preocupada: foram 2 dias de intenso confronto entre moradores e a polícia.

As famílias receberam indenização pelos entes assassinados, porém, sete das oito famílias tiveram seus cheques devolvidos. Depois, o problema foi resolvido e eles ainda exigiram casas e postos de trabalho em compensação. Dois superintendentes foram suspensos e seis policiais foram demitidos por prevaricação.

A polícia chegou à Pandher após investigações sobre o paradeiro de Payal, a prostituta. O celular de Payal estava sendo usado por um puxador de carrinhos que disse que teria comprado o telefone de um morador da residência de Pandher. Payal foi a única vítima adulta desta dupla de assassinos.

Koli admitiu sob interrogatório ter estuprado crianças a partir de 3 anos de idade, teve relações sexuais com os cadáveres das vítimas e tentou comer os fígados e outros órgãos de algumas vítimas – o canibalismo não chegou a ser confirmado – tentando curar-se da impotência.

Fonte: Murderpedia
           Terra


sábado, 23 de novembro de 2013

ROBERT CHRISTIAN HANSEN, o “Serial Killer do Alasca”



Nascido em Pocahontas, Idaho, no ano de 1940, Hansen era filho de um imigrante dinamarquês e seguiu os passos de seu pai como padeiro. Em sua juventude, Hansen era magro, tímido, aflito com uma gagueira e um caso grave de acne o deixava permanentemente assustado (nos anos posteriores, ele se lembraria de seu rosto como “uma grande espinha”). Marginalizado pelas meninas atraentes da escola, ele cresceu odiando-as e alimentando fantasias cruéis.

Hansen casou em 1961 e divorciou-se ainda naquele ano, seguindo-se à sua primeira prisão sob a acusação de incêndio criminoso. Seis anos depois, ele se casou com outra nativa de Pocahontas e foi morar em Anchorage, no Alasca, onde abriu sua própria padaria, seguramente sem suas memórias dolorosas da infância e adolescência. Hansen recebeu lições de voo e comprou um avião, ganhando a reputação de caçador de carneiros, lobos e ursos com um rifle ou arco-e-flecha.


Em 1972, Hansen foi preso duas vezes acusado de rapto e tentativa de estupro de uma dona-de-casa (que escapou de suas garras) e do estupro de uma prostituta (que não o quis). Cumprindo menos de seis meses em uma acusação reduzida, ele foi novamente pego por roubar uma serra em uma loja em 1976. Condenado por furto, foi sentenciado a 5 anos de prisão, mas o veredicto foi alterado na apelação porque a Corte Suprema do Alasca considerou sua sentença “muito severa”.

Desconhecido pelas autoridades locais, a atividade visível de Hansen era apenas a ponta do verdadeiro iceberg. De acordo com sua confissão, Hansen caçava insistentemente mulheres, no período entre 1973 e 1983, quando matou 17 e estuprou mais 30, que sobreviveram. Como objetivo, ele selecionava prostitutas, strippers e similares, transportando-as de avião para a parte mais selvagem fora de Anchorage, onde elas eram forçadas a atuar de acordo com as fantasias particulares de Hansen. “Se elas fizessem o que eu queria, poderiam voltar à cidade. Eu dizia a elas que, se me causassem qualquer problema, eu as colocaria na prisão por serem prostitutas”.



A resistência – ou exigências por pagamento após o ato sexual – resultou em várias vítimas sendo assassinadas, algumas vezes com toques demoníacos de Hansen, deixando-as nuas e caçando como animais, matando-as com faca de caça ou seu rifle favorito de caça de grande porte.

A primeira indicação de um assassino à solta veio em 1980, quando os trabalhadores de construção desenterraram os restos de uma mulher perto da estrada de Eklutna. Apunhalada até a morte em 1979, ela nunca foi identificada e foi apelidada “Annie de Eklutna” pela polícia designada para trabalhar no caso. Mais tarde, naquele ano, o corpo de Joanne Messina foi encontrado em um poço de pedregulho próximo a Seward, e uma força-tarefa especial foi organizada par investigar os assassinatos.



A dançarina de topless Sherry Morrow estava morta havia dez meses quando os caçadores encontraram seu corpo em uma cova rasa ao lado do Rio Knik, mas a descoberta não levou as autoridades mais perto de uma solução para o caso.

Em 1983, Hansen decidiu poupar tempo e energia trazendo suas vítimas para casa. Chamou isso de seu “projeto de verão” e fez o trabalho base enviando sua esposa e duas crianças para umas férias na Europa. Em seguida, ele começou a colocar anúncios em um jornal local para solteiros, procurando mulheres para “unir-se para encontrar o que existe depois da próxima cerca, depois da próxima montanha”.


Em 13 de junho de 1983, uma cativa de 17 anos, Cindy Paulson, escapou de Hansen a caminho do hangar do avião, as algemas ainda pendendo de um pulso, quando ela correu pedindo ajuda. Suas acusações atraíram a atenção dos detetives da força-tarefa para Hansen e ele, finalmente, confessou uma série de 17 assassinatos, incluindo o de Paula Goulding, encontrada pelos caçadores em setembro de 1983. Em um passeio de avião pela parte selvagem, Hansen começou a apontar as covas para as tropas estaduais e eles recuperaram 11 corpos nos 8 meses seguintes. Diversas vítimas permaneceram anônimas, seus nomes eram desconhecidos mesmo para Hansen, mas outras foram identificadas, como Rox Easland, Lisa Futrell, Andréa Altiery, Angela Fedder, Teresa Watson e Delynn Frey – todas desaparecidas na área de Anchorage durante o reino de terror de Hansen.

Em 18 de fevereiro de 1984, Robert admitiu a culpa em quatro acusações de homicídio doloso nos casos de Annie “Eklutna”, Joanne Messina, Sherry Morrow e Paula Goulding. As acusações foram desconsideradas em outros casos, mas isso quase não importava, pois, Hansen foi sentenciado à prisão perpétua e mais 461 anos.

Fonte: A Enciclopédia de SerialKillers, de Michael Newton

           Murderpedia

domingo, 17 de novembro de 2013

MARCOS ANTUNES TRIGUEIRO, o "Maníaco de Contagem"



Em 26 de janeiro de 2009, Adina Feitor Porto, de 34 anos, saiu de sua casa, no bairro Lindeia, na região do Barreiro, para atender um cliente e, desde então, não foi mais vista. Trabalhava com o marido em uma empresa de gesso. Seu corpo foi encontrado uma semana depois no município de Sarzedo, região Metropolitana de Belo Horizonte. Depois do estupro foi estrangulada.

No dia 16 de abril de 2009, Ana Carolina Assunção, 27 anos, foi com o filho de 1 ano, por volta das 18 horas, buscar a mãe na loja, no bairro Industrial. Sua mãe estranho quando, ao aguardar a filha na porta da loja, viu o carro da administradora passar direto. Ligou, então, para o genro que, ao contatar Ana, esta disse estar bem e que havia chegado em casa, o que não era verdade. Seu irmão, Jair, também avisado da suspeita de sequestro-relâmpago de Ana, também telefonou para ela que, a todo tempo repetia que estava bem e pediu que ele não fizesse tantas perguntas.

Seu carro foi encontrado horas depois, na Avenida Governador Benedito Valadares, no bairro João Pinheiro, em local deserto e de pouca iluminação. Estava seminua no banco traseiro do carro, tendo sido violentada e estrangulada com o cadarço do tênis dentro do seu carro, ao lado do filho de 1 ano. O bebê não foi agredido, sendo deixado no colo da mãe.

Em 17 de setembro de 2009, Maria Helena Lopes Aguilar, 49 anos, saiu da sua loja no Barro Preto e não chegou em casa no bairro Industrial. Dona de duas lojas de confecções, seu corpo foi achado no dia seguinte, no banco traseiro de seu carro, no bairro Califórnia, violentada e estrangulada com o cinto de segurança do carro. Teve o celular furtado.

Natália Cristina de Almeida Paiva, 27 anos, desapareceu no dia 07 de outubro de 2009, quando saía de casa, no bairro Santa Margarida, no Barreiro, para ir à PUC-MG onde cursava Direito. Nunca chegou à faculdade. Morava na casa da mãe com seus dois filhos, uma menina de 3 anos e um menino de 9 anos. Seu carro foi encontrado um dia depois em uma rua do bairro, porém, em 29 de outubro um corpo em estado de esqueletização deu entrada no IML, sendo impossível sua identificação e, 30 dias depois, foi enterrado como indigente. Em fevereiro de 2010 veio a confirmação: exames de DNA comprovaram que o corpo era de Natália.

Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, 35 anos, contadora, saiu da faculdade onde trabalhava, no bairro Floresta, indo buscar a filha de 15 anos na casa de uma amiga, a três quarteirões de sua casa. Antes, a contadora ia passar na Escola Municipal Nossa Senhor Aparecida, na rua Uruguai, para pegar um documento com um colega de trabalho. Edna telefonou para ele às 19h40min, dizendo que já estava quase na porta da escola, pedindo que ele a esperasse no portão, mas não apareceu. Seu carro foi encontrado no mesmo dia, com a chave na ignição, porém, seu corpo foi encontrado no dia seguinte, numa estrada de acesso ao Condomínio Retiro das Pedras, em Nova Lima, usando uma aliança com seu nome e estrangulada com um cabide de arame revestido com material plástico que Edna usava no carro para pendurar um blazer. Como mantinha as unhas grandes e bem cuidadas, a perícia encontrou pedaços de carne e pele debaixo delas. Por conhecer o temperamento de Edna, a família na época chegou a pedir que divulgassem que o assassino possivelmente estaria ferido, mas não deram atenção. Constataram que Edna foi violentada quando estava desmaiada ou morta.

Em todos os casos, os celulares das vítimas foram levados, deixando objetos de maior valor.

Assim nasceu nas crônicas policiais o “Maníaco de Contagem”.



CASO DESVENDADO

Exames comprovaram que o esperma encontrado nos corpos de Ana Carolina, Maria Helena e Edna Cordeiro pertenciam à mesma pessoa. Em um dado momento, o assassino passou a usar os telefones das vítimas o que fez com que a polícia, através de rastreamento, chegasse a um suspeito: Marcos Antunes Trigueiro, de 32 anos. Em fevereiro de 2010, ao ser revistado por um policial, foi percebido um forte odor de fezes, pois, Marcos possuía uma bolsa para colostomia, o que o ligou ao crime de Edna, pois, seu carro, segundo a polícia, estava repleto de fezes.

Trigueiro só confessou os crimes após a confirmação do exame de DNA.

Três das vítimas


O ASSASSINO

Forte, olhos verdes, 1,86m de altura, Trigueiro é o mais velho de 3 irmãos – os outros são Alexandre e Viviane. A família tinha um histórico de violência: “Nosso pai, depois de separar da mãe, viveu com a gente à força, e só batia, era pontapé, soco, eu tenho uma clavícula quebrada até hoje, devido às agressões. O Marcos sempre foi calado, não tinha amigos”, diz o irmão Alexandre, de 29 anos. Há relatos de que o pai de Marcos, o falecido caminhoneiro Nívio Antônio, esquentava chaves de fenda para queimá-los. Tanto o pai e a mãe bebiam muito e sua mãe nunca foi visitá-lo na cadeia... não se viam há sete anos. Segundo Alexandre, o irmão não tinha amigos e seu único passatempo, já adulto, era jogar videogame: jogos de luta, arrancar cabeça, perna, braço.

Está no terceiro casamento e pai de 5 filhos, a sogra de Trigueiro disse que sua filha, Rose Paula, gosta muito dele e sempre o considerou um bom marido. Rose é evangélica, o marido a acompanhava nos cultos. Uma das duas ex-mulheres de Trigueiro também o elogiou ao depor e disse que a separação aconteceu por ela ser muito mais velha e por ele ser romântico demais. Segundo ela, depois da separação ele teria mudado. Passou a chantageá-la exigindo dinheiro para não sequestrar a filha.

Pintor desempregado, estava escondido embaixo da cama, no barracão onde morava com a mulher e uma filha, quando o policial chegou e se fez passar por um cliente, interessado em comprar seus objetos de artesanato.

Em 2004 foi acusado de roubar e matar o taxista Odilon Ribeiro. Como sequer houve auto de necropsia, saiu em 30 dias. Preso novamente em fevereiro de 2005 por roubo, fugiu em outubro. Recapturado em janeiro de 2006, cumpriu um terço da pena de 5 anos, passou ao regime semiaberto e saiu de vez em junho de 2008. Quando preso pelos assassinatos em Contagem, confessou o assassinato do taxista, ocorrido há 6 anos atrás.



Agia da seguinte forma: abordava suas vítimas nos carros, a levava a lugar ermo e as estuprava. Então, pedia que vestissem novamente a roupa e, quando elas achavam que seriam libertadas, ele as estrangulava, só roubando o aparelho celular. Todas as suas vítimas eram morenas claras, de classe média e cabelos compridos. Curiosidade: as vítimas tinham o mesmo perfil da mãe de Marcos.

Em sua avaliação psicológica, ele não quis falar sobre os crimes. Demonstrou frieza afetiva, indiferença, calma, fala baixo, nunca olha nos olhos e não se perde no raciocínio.

Permaneceu no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional São Cristóvão. Atualmente, cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, pelas seguintes condenações:

28 anos de reclusão – vítima: Maria Helena
34 anos e 4 meses – vítima: Ana Carolina
36 anos e 9 meses – vítima: Edna Cordeiro

Os julgamentos pelos crimes praticados contra Adina e Natália ainda não foram realizados...

Fonte: notícias veiculadas na mídia e no site do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais