domingo, 24 de agosto de 2014

ALEXANDER PISCHUSKIN, o “Maníaco do Parque Bitsa” ou “Assassino do Tabuleiro de Xadrez”



Nascido na Rússia, em 9 de abril de 1974, Alexander é um assassino em série que atuou entre 1992 e 2006. Acredita-se que tenha feito cerca de 49 vítimas... ou mais.

Iniciou sua “carreira” em 1992 e, alguns veículos de comunicação conjecturavam que ele foi motivado por uma competição macabra com outro assassino russo, Andrei Chikatilo, condenado em 1992 por ter assassinado 52 crianças e jovens por aproximadamente 12 anos.

Para Alexander, “a vida sem matar, para mim, é como uma vida sem comida para você”... disse ter como objetivo matar 64 pessoas por corresponder ao número de quadrados em um tabuleiro de xadrez, no entanto, depois desmentiu esta afirmação dizendo que teria matado sem parar se não tivesse sido preso.



Suas vítimas eram idosos sem teto, para os quais oferecia vodka... em regra, eram seus conhecidos, alguns gostavam de jogar xadrez com ele no parque. Após embebedá-los, os matava com golpes de martelo na cabeça. Não havia estupro, mas Alexander se satisfazia ao enfiar os gargalos das garrafas de vodka nos buracos feitos no crânio das vítimas com os golpes de martelo, para garantir que não sobrevivessem. Também fez algumas vítimas de menos idade – homens, mulheres e crianças... sempre os atacava por trás para evitar que suas roupas se sujassem de sangue.

Dizia que se sentia um “Deus” ao decidir se suas vítimas viviam ou morriam, e também que se sentia um “pai” ao abrir as portas de um outro mundo para estas... disse a um dos promotores que gostou “do som ao partir um crânio”. Os peritos do Instituto Serbsky, principal clínica psiquiátrica da Rússia, chegaram à conclusão de que Alexander é irrecuperável.

Alexander foi preso em 14 (ou 15) de junho de 2006, levou os policiais para as cenas de muitos dos seus crimes no Parque Bitsa, demonstrando como executou seus crimes com riqueza de detalhes. Lamentou não ter matado todas as suas vítimas por seu método preferido (golpes de martelo atrás da cabeça), pois, algumas foram jogadas nos esgotos do parque – uma das vítimas sobreviveu ao ataque. Algumas vítimas foram estranguladas, muitas nunca foram encontradas e outras, enterradas no próprio parque.



Marina Moskalyova, de 36 anos, foi a última vítima de Alexander... com seu corpo foi encontrado um bilhete de metrô, o que tornou possível aos agentes verem as fitas de vigilância do sistema metroviário e identificaram Alexander na companhia de Marina na plataforma.

Ao ser preso, se gabou de ter matado oito vítimas a mais que Andrei Chikatilo (contabilizou 62 vítimas), porém, a polícia só conseguiu vinculá-lo a 49, negando-lhe a fama que desejava.

Em março de 2008, Alexander concedeu uma entrevista exclusiva a um tabloide russo – Tvoi Den. Leia alguns trechos:

Sobre a vida humana: “A vida humana não é muito longa. É mais barata do que uma salsicha. Quanto ao meu advogado, eu gostaria de abri-lo como um peixe. Eu o teria matado como um inseto e teria um imenso prazer em ser processado por isso. Eu iria cortá-lo e fazer cintos com sua carne”.

Sobre religião e política: “fui batizado aos 3 meses de idade. Eu não queria isso. Bem, eu não acho que alguém... está lá. Também posso dizer que não vou nem ler a bíblia ou escrever uma autobiografia. Eu nunca orei para Deus... este é um belo conto de fadas, para os fracos, para aqueles que sacrificam para o Estado”.

Sonhos: “tenho pesadelos... um cão. Ele viveu comigo por um longo tempo (Alexander, após embebedar suas vítimas as convidava para chorar com ele no túmulo deste cão, no Parque Bitsevsky, antes de esmagar a cabeça delas com o martelo). Ele (o cão) morreu e a culpa foi minha... cuidei dele mas não foi o suficiente. Ele poderia ter sido salvo... ele deixou algo no meu subconsciente”.

Literatura: “é claro que eu não escrevo. Só meninas escrevem. Jornalistas também, eu acho”.

Amizade: “primeiro de tudo, o que é um amigo? Este não é alguém que lhe dá cem rublos ou permite que você fique por uma noite... e, em segundo lugar, meus princípios: para a sepultura, e é isso aí. Tive muito mais prazer em matar as pessoas que eu conhecia pessoalmente. Mas também encontrei um modo de atrair estranhos, o que não é fácil. Seus pais disseram para nunca irem a algum lugar com um estranho, o que para mim é besteira, apesar da diferença de idade”.

Arrependimento: “não, eu não me arrependo. Tanta força e tempo gastos. Arrependimento é novamente uma formalidade maçante. Desde que eu era jovem eu sonhava... tudo era diferente naquela época... e tudo saiu do jeito que eu queria. Vi um programa de TV sobre mim... Denis, meu colega, disse: 'quando soube que ele tinha cometido esses crimes foi um choque'. Outros disseram que eu era um caso raro – matando apenas por matar. Não há motivação: nem raça, nem sexo, nem religião”.

Turismo: “eu gostaria de viver no México... primeiro porque lá é quente e, em segundo lugar, há florestas. Talvez eu vivesse de uma maneira diferente se estivesse lá...” Então, o repórter do Tvoi Den disse à Alexander que no México não tem florestas e ele respondeu: “você quer dize que não há selvas? Como Freddy Krueger disse: 'Elm Street existe em cada cidade'”.

Ao ser condenado em outubro de 2007 por 49 assassinatos e 3 tentativas de assassinato, Alexander pediu ao tribunal para adicionar mais 11 vítimas de sua contagem de corpos, elevando o número de assassinatos para 60. Foi negado. Alojado em uma gaiola de vidro, Alexander ouviu a sentença proferida pelo juiz – o que levou cerca de 1 hora: passará o resto de sua vida na prisão, sendo os primeiros 15 anos na solitária. A pena de morte foi abolida na Rússia por uma moratória em 1996.

Video 1


Video 2


Video 3


Video 4


Video 5


Fonte: Murderpedia
           The Exile, by Yasha Levine
           Inthenews.co.uk 

Nenhum comentário:

Postar um comentário