A
freira Tadea Benz, de 76 anos, dormia em seu quarto no segundo andar
do Convento de São Francisco, em Amarillo, na noite de Halloween, em
1981, quando Johnny Frank Garrett, de 17 anos, entrou... ele a
estuprou e sufocou até a morte. Segundo ele, a freira recitou uma
oração durante o ataque.
No
dia 11 de fevereiro de 1992, um mês depois de ganhar um indulto do
governador, Garrett foi executado por injeção letal, após o
Supremo Tribunal de Justiça rejeitar três recursos, um destes cerca
de uma hora antes da execução.
O
caso ganhou notoriedade porque Garrett foi considerado portador de
deficiência mental severa e por cometer o crime com 17 anos de
idade.
Suas
últimas palavras foram: “Eu gostaria de agradecer à minha família
por me amar e cuidar de mim... e o resto do mundo pode beijar minha
bunda”.
O
histórico de Garrett cooperava para o que se transformou: na
juventude, foi estuprado por seu padrasto que, em seguida, ofereceu o
menino para outro homem. Aos 14 anos de idade, foi forçado a
realizar atos sexuais bizarros e participar de filmes pornográficos
homossexuais. Se envolveu com álcool e drogas por influência dos
membros de sua família desde os 10 anos e, posteriormente, foi
submetido a graves abusos de substâncias que provocaram sérios
danos em seu cérebro.
Era
regularmente espancado e, em uma ocasião, foi colocado sobre um
queimador de fogão, resultando em cicatrizes graves.
Tais
informações não foram disponibilizados para o júri. Especialistas
em saúde mental que o examinaram, entre 1982 e 1986, concluíram que
Garrett foi extremamente prejudicado mentalmente, tinha psicopatia
crônica e cérebro danificado resultado de várias lesões graves na
cabeça, sofridas na infância. Um dos especialistas descreveram o
caso como “uma das piores histórias de abuso e negligência que
encontrou em mais de 28 anos de profissão”.
Trinta
dias antes da execução, o Papa João Paulo II e as freiras do
convento onde a vítima foi assassinada fizeram um pedido de
clemência ao governador – o que resultou apenas no adiamento da
execução, que veio efetivamente a ocorrer.
Até
onde se sabe, em 2004, o advogado de Garrett, Jesse Quackenbush,
ainda tentava (ou tenta) provar sua inocência... Garrett nunca
assinou uma confissão e, segundo o defensor, evidências foram
ignoradas e provas manipuladas.
De
acordo com Jesse, 3 meses antes do assassinato da freira no convento,
outra senhora de 77 anos foi assassinada a mesma forma, o que fazia
com que os detetives pensassem que se tratava do mesmo assassino. Na
cena do crime, foram encontrados fios de cabelo preto – Garrett
tinha o cabelo castanho. Na época, a polícia chegou a prender um
homem hispânico que estuprou e bateu em cerca de dez mulheres. Além
disso, amostras de sêmen encontradas no local do crime foram
descartadas... desculpa do patologista forense para isso: “ninguém
(me) disse que eu deveria guardá-las...”.
Em
conclusão, há fortes possibilidades de que não tenha sido
Garrett... talvez, mais um inocente executado.
Fonte:
Murderpedia.org
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