Anatoly
Yelemianovich Slivko (Анатолий Емельянович
Сливко), nascido em 28 de dezembro de 1938, foi um assassino
serial soviético que foi condenado pelo assassinato de sete garotos
com idades entre sete e dezessete anos, nas proximidades da cidade
russa de Stavropol, entre 1964 e 1985. Slivko era casado e pai de
dois filhos.
GATILHO
PARA AS FANTASIAS
Em
1961, Slivko testemunhou um acidente automobilístico terrível em
que um menino adolescente, que usava uniforme dos “Jovens
Pioneiros” (equivalente russo dos Escoteiros) acabou morrendo. A
cena o excitou sexualmente e ele sempre recordava a cena do acidente
quando sentia cheiro de gasolina e fogo. Slivko rapidamente explorou
sua posição de fundador do clube Chergid das crianças para reviver
as fantasias do acidente: uma ou duas vezes por ano, ele formava uma
estreita amizade com um menino geralmente com idade entre 13 e 17. O
menino deveria ter pouca idade e usar o uniforme dos Jovens Pioneiros
(assim como o menino no acidente de trânsito).
Anatoly e os Jovens Pioneiros |
Slivko
ganhou a confiança do menino e lhe contou de uma experiência que
ele faria enquanto o jovem estivesse inconsciente, para alongar a
coluna a fim de deixar o jovem mais alto; depois que o menino
estivesse pronto, Slivko iria revivê-lo. Ao longo de 21 anos, ele
convenceu 43 meninos a participar deste "experimento".
Quando os meninos estavam inconscientes, Slivko fazia carícias,
tirava fotos em que ele colocava os corpos em posições sugestivas e
se masturbava. Em 36 dos casos, Slivko reviveu os meninos, e então,
ele os advertia para ficarem em silêncio, recomeçar as suas vidas
esquecendo de tudo e só lembrando de quanta sorte eles tinham.
Instrumentos usados para fotografar e filmar todo o processo |
CRONOLOGIA
Em
sete casos, no entanto, o comportamento de Slivko tornou-se violento.
Uma vez que essas vítimas estavam inconscientes, Slivko desmembrava
seus corpos, jogava gasolina sobre o tronco e membros e queimava os
corpos no fogo para se lembrar do acidente que provocou a sua
excitação. Ele geralmente guardava os sapatos das vítimas como uma
recordação. Assim como acontecia com as suas vítimas
sobreviventes, Slivko fotografava e filmava todo o processo.
Slivko
matou sua primeira vítima, um garoto de rua não identificado,
estimando ter cerca de 15 anos, em 1964. Ao ser incapaz de reviver
esse menino quando estava inconsciente, Slivko desmembrou o corpo e o
sepultou. Ele também destruiu o filme e as fotografias que tinha
feito dessa vítima.
Nove anos
depois, em 14 novembro de 1973 um garoto de 15 anos chamado
Aleksander Nesmeyanov desapareceu em Nevinnomyssk, no sul da antiga
União Soviética.
Dois anos
depois, em 11 de Maio de 1975 um menino de onze anos, chamado Andrei
Pogasyan, desapareceu. A mãe do menino disse à polícia que um
homem tinha feito algumas gravações de vídeo em uma floresta
próxima e que seu filho iria participar, mas a polícia não fez
nada para evitar isso porque sabia quem era o homem e que este havia
ganho prêmios por alguns de seus vídeos.
O nome do
homem era Anatoly Slivko e ele tinha um clube para meninos chamado
Chergid. No inverno 1975, um preso alegou que ele sabia onde
Aleksander Nesmeyanov foi enterrado, mas a polícia vasculhou a área
e não encontrou nada, comprovando que a afirmação era falsa.
Anatoly entre amigos |
Cinco
anos depois, em 1980, um menino de 13 anos de idade chamado Sergei
Fatsiev desapareceu e, como com Nesmeyanov e Pogasyan, ele era um
membro da Chergid.
A
próxima vítima tinha 15 anos de idade e era chamada de Slava
Khovistik, acabou sendo morta em 1982.
Em 23 de
julho de 1985, Slivko matou sua última vítima, Sergei Pavlov, 13
anos de idade. Ele desapareceu depois de dizer a um vizinho que
estava indo se encontrar com o líder do Chergid.
Vítimas |
DESENROLAR
DO CASO
Em
novembro de 1985, um promotor chamado Tamara Languyeva, investigando
o desaparecimento de Sergei Pavlov, interessou-se pelas atividades do
clube. No entanto, não tinha nenhuma evidência de que houvesse algo
de ilegal na forma como o clube era gerido. O promotor interrogou
muitos meninos que tinham ido ao clube e eles disseram que tinham
sofrido "amnésia temporária" e que Slivko havia praticado
muitas experiências com eles.
Depois de
uma longa investigação, Anatoly Slivko foi preso em dezembro de
1985 e acusado de sete assassinatos, sete acusações de abuso sexual
e necrofilia. Em janeiro e fevereiro de 1986, Slivko levou os
investigadores aos corpos de seis das suas vítimas, embora ele não
conseguisse localizar o corpo de sua primeira vítima. Em 1986, ele
foi condenado à morte. Ele foi mantido no corredor da morte na
prisão Novocherkassk por três anos. Em 1989, ele trabalhou com a
polícia para ajudar a prender um outro serial killer, Andrei
Chikatilo, que matou 53 pessoas, entre crianças e mulheres. Apenas
algumas horas depois de ter sido interrogado pela polícia, Anatoly
Slivko foi executado.
Fonte:
Murderpedia
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