Robert
William Pickton, conhecido como “Willie”, nasceu em 26 de outubro
de 1949. Morador de Port Coquitlam, British Columbia, no Canadá, era
criador de porcos e foi condenado pelo assassinato em segundo grau de
seis mulheres, porém, também é acusado pela morte de outras,
muitas delas prostitutas e usuárias de drogas, em Vancouver. Em
dezembro de 2007 foi condenado à prisão perpétua, sem
possibilidade de condicional por 25 anos – a sentença mais longa
disponível sob a lei canadense por assassinato.
A fazenda |
Confessou
a um policial disfarçado, enquanto estava no cárcere que, o que o
deixava muito chateado era ter sido negligente em suas ações nos
últimos tempos – pouco antes de ter sido pego – pois, faltava
apenas uma vítima para chegar à escala de 50 assassinatos e, desta
forma, superaria a marca do “Assassino de Green River” (EUA), ao
qual atribuem cerca de 42 assassinatos... essa era a insatisfação
dele...
A
DESCOBERTA
No
dia 5 de fevereiro de 2002, a polícia executou um mandado de busca
para armas de fogo ilegais na propriedade de Pickton e seus três
irmãos... levado sob custódia, a polícia obteve um segundo mandado
para a fazenda como parte da investigação sobre mulheres
desaparecidas, quando itens pessoais – incluindo um inalador para
asmáticos, pertencente a uma das mulheres desaparecidas – foram
encontrados. Apesar disso, no dia. seguinte, Willie foi liberado e
mantido sob vigilância policial.
No
dia 22 de fevereiro de 2002, Willie foi preso e acusado por dois
crimes de homicídio qualificado pelas mortes de Sereena Abotsway e
Mona Wilson... em 2 de abril de 2002 mais três acusações foram
adicionadas pelos assassinatos de Jacqueline McDonell, Diane Rock e
Heather Bottomley. A sexta acusação pelo assassinato de Andrea
Joesbury foi adicionada em 9 de abril de 2002, seguida por uma sétima
acusação por Brenda Wolfe.
O inalador de Sereena Abotsway encontrado no escritório de Willlie |
Em
20 de setembro, mais quatro acusações foram adicionadas pelos
assassinatos de Georgina Papin, Patricia Johnson, Helen Hallmark e
Jennifer Furminger... depois, seguiram-se de Heather Chinnock, Tanya
Holyk, Sherry Irving e Inga Hall no dia 3 de outubro de 2002.
No
dia 26 de maio de 2005, mais doze acusações foram lançadas contra
ele pelas mortes de Cara Ellis, Andrea Borhaven, Debra Lynne Jones,
Marnie Frey, Tiffany Drew, Kerry Koski, Sarah Devries, Cynthia
Feliks, Angela Jardine, Wendy Crawford, Diana Melnick e uma mulher
não identificada.
Foto do interior do trailer de Willie, onde foi encontrado sangue de Mona Wilson |
A cozinha de Willie, onde foi encontrado um vibrador - entre outros brinquedos sexuais apreendidos em toda a propriedade - com DNA de Mona Wilson e também uma fronha com DNA de Andrea Joasbury |
Porta no matadouro de Willie onde foi encontrado DNA de Mona Wilson |
Cutelo encontrado com DNA de Dinah Taylor |
As
escavações continuaram até novembro de 2003, o que elevou os
custos da investigação e, atualmente, a propriedade esta penhorada
pela Coroa. Nesse meio tempo, todas as construções foram
demolidas... a análise forense era difícil, pois, os corpos
poderiam ter sido deixados para se decompor ou dados aos porcos na
fazenda.
Em
10 de março de 2004 foi revelado que a carne humana pode ter sido
moída e misturada à carne dos porcos, e distribuída comercialmente
ou entregue a amigos e visitantes da fazenda... outra alegação é
que Willie teria alimentado os porcos com os corpos das vítimas.
Neste balde - e em outros também - foram encontrados partes do corpo de Andrea Joesbury |
Na
investigação preliminar, foi descoberto que Willie foi acusado em
1997 de ter esfaqueado uma profissional do sexo que sobreviveu e
testemunhou que “após dirigir até a Fazenda Port Coquitlam e ter
relações sexuais com ela, ele colocou uma algema em sua mão
esquerda e esfaqueou seu abdômen, e que ela também tinha esfaqueado
Willie... depois, ambos foram tratados no mesmo hospital, onde os
funcionários usaram uma chave encontrada no bolso de Willie para
remover as algemas do pulso dela”.
Freezer, armário, duas mesas e um gancho encontrados no matadouro de Willie, local onde foram encontrados restos mortais de Mona Wilson |
Essa
acusação de tentativa de assassinato foi suspensa porque a mulher
tinha problemas com drogas e o Ministério Público entendeu que seu
depoimento era “instável”... as roupas e botas de Willie ficaram
armazenadas por mais de sete anos em um armário do departamento de
polícia e, em 2004, testes de DNA mostraram que duas das mulheres
desaparecidas tinham amostras de DNA compatíveis com Willie – o
que foi comparado com o DNA existente em seus pertences armazenados
resultando POSITIVO.
No
dia 20 de fevereiro de 2007, foram apresentadas ao tribunal as
seguintes informações:
→
dentro
do trailler de Willie: um revólver calibre 22, uma caixa de munição
para Magnum 357, óculos de visão noturna, dois pares de algemas
forradas, uma seringa com 3ml de um líquido azul e afrodisíaco
chamado “mosca espanhola”;
→
um
vídeo de um amigo de Willie onde este lhe diz conhecer uma excelente
maneira de matar uma viciada em heroína: injetando um fluido de
para-brisa; em outro vídeo, Willie diz ter matado prostitutas após
algemá-las e estrangulá-las e, em seguida, a faz sangrar
eviscerando-as para alimentar os porcos;
→
fotos
de uma lata de lixo contendo restos mortais de Mona Wilson.
No
dia 17 de dezembro de 2007, Willie foi condenado pela morte de:
→
Sereena
Abotsway, 29 anos, desaparecida em agosto de 2001;
→
Mona
Lee Wilson, 26 anos, vista pela última vez em 23 de novembro de 2001
e dada como desaparecida em 30 de novembro de 2001;
→
Andrea
Joesbury, 22 anos, vista pela última vez em junho de 2001;
→
Brenda
Ann Wolfe, 32 anos, vista pela última vez em fevereiro de 1999 e foi
dado como desaparecido em abril de 2000;
→
Marnie
Frey Lee, vista pela última vez em agosto de 1997;
→
Georgina
Papin, vista pela última vez em 1999.
Muitos
detalhes sobre o que foi encontrado na fazenda foram proibidos de
serem noticiados ao público... o que se teve notícia é de que o
que lá acontecia era bem pior do que se imaginava. A mídia
noticiava sobre pés, dentes, ossos, partes de corpos, picador de
madeira, freezers com alguns restos mortais... alguns repórteres
foram ameaçados com prisão se relatassem algo do que existia nos
autos ou do que fora dito nas audiências.
TRADIÇÃO
NA SUINOCULTURA
Em
1905, William Pickton, bisavô do serial killer, comprou um terreno
perto de um hospital psiquiátrico e começou a criar porcos... seus
filhos e netos cresceram criando porcos... no final dos anos 50, os
Picktons foram forçados a vender sua fazenda e tiveram que investir
em outros negócios.
Em
1963, Leonard Pickton e sua esposa, Helen Louise, compraram 40
hectares de pântano por 18mil dólares e começaram a criar
porcos... tiveram 3 filhos: Robert, David e Linda – esta última
não foi criada na fazenda, mas na cidade, onde frequentou o
internato, casou com um homem de negócios e atualmente mora em South
Granville, perto do centro de Vancouver.
David
e Robert permaneceram na fazenda, cheirando a porcos, sangue e
carnificina. Seu pai morreu em 1978 e sua mãe em 1979... herdaram,
portanto, a fazenda, junto com sua irmã.
A
terra comprada em 1963 foi avaliada em 300mil dólares em 1993 e,
posteriormente, em 7,2 milhões de dólares em 1994... venderam parte
da fazenda a uma empresa de desenvolvimento de moradias, e a cidade
de Port Coquitlam comprou outro pedaço de sua propriedade por 1,2
milhão de dólares, construindo um parque. Em 1995, outra parte da
fazenda foi vendida por 2,3 milhões e foi construído o Blakeburn
Elementary School.
Foi
nessa época de prosperidade dos Pickton que as mulheres começaram a
desaparecer em larga escala: Catherine Gonzales (1995), Catherine
Cavaleiro, Dorothy Spence, Diana Melnick, Tanya Holyk, Olivia
Willians, Frances Young, Stephanie Lane, Helen Hallmark, Janet Henry
e daí em diante...
Neste
documento, vocês poderão ler toda a conversa de Pickton com o
policial disfarçado em uma cela no presídio... no final da página
157 para a página 158 verão quando Willie lamenta não ter
alcançado a marca dos 50 assassinatos para poder ultrapassar o
“Assassino de Green River”, dos EUA – link:
http://sdrv.ms/KdBKXX
(texto em inglês).
Neste
vídeo de 9 minutos, extraído da gravação acima transcrita, em
alguns momentos ele se diz chateado por não ter feito a vítima
número 50 e, ao final, por não ter ultrapassado a marca do
Assassino de Green River... pelo menos não oficialmente. Também em
inglês:
O
blog do Aprendiz Verde traz uma excelente cobertura sobre Robert
Pickton e todo o procedimento da investigação, incluindo fotos do
caso:
Fonte:
Murderpedia
Crime
Library
O
Aprendiz Verde