sábado, 14 de fevereiro de 2015

EVAN JAMES MILLER - Anjos Assassinos


Evan

Aos 14 anos de idade, Evan e seu amigo, Colby Smith, de 16 anos, no dia 15 de julho de 2003, assassinaram seu vizinho, Cole Cannon, de 52 anos.

Segundo os fatos narrados no recurso de apelação ao Tribunal de Apelações Criminais do Estado do Alabama, Evan e Colby golpearam Cannon até que ele perdesse suas forças e atearam fogo ao trailer onde Cannon morava... sem qualquer socorro, o senhor veio a falecer por inalação da fumaça no incêndio.

Colby disse que conheceu Evan no ensino médio, há cerca de quatro ou cinco meses antes do crime... naquela noite, ele foi passar a noite no trailer de Evan e, por volta da meia-noite, Cannon pediu comida à mãe de Evan, pois a sua tinha queimado. Colby disse que Cannon parecia estar embriagado, assim como Evan e, enquanto a mãe de Evan preparava um espaguete para Cannon, eles foram ao trailer deste procurar drogas mas, como nada encontraram, furtaram algumas figurinhas de beisebol e retornaram ao trailer de Evan.

Evan e Colby

Quando Cannon terminou de comer, retornou ao seu trailer, e Colby e Evan o seguiram com a intenção de furtar o dinheiro de Cannon. Evan e Colby fumaram um baseado, jogaram e beberam com Cannon até que ele desmaiou no sofá. Com Cannon inconsciente, Evan roubou sua carteira, o levou ao banheiro e dividiu pouco mais de 300 dólares com Colby... quando Evan tentou colocar a carteira de volta no bolso de Cannon, este agarrou Evan pela garganta. Colby pegou um taco de beisebol e acertou a cabeça de Cannon, enquanto Evan aproveitou para golpear com socos o rosto do homem e, depois, pegou o bastão e continuou a atacar Cannon por várias vezes.

Em seguida, pegou um lençol e colocou sobre a cabeça de Cannon e disse: “Eu sou Deus, eu vim tirar sua vida” e o golpeou com o bastão pela última vez. Retornaram ao trailer de Evan e, alguns minutos depois, voltaram ao trailer de Cannon para tentar limpar o sangue... sem sucesso, resolveram causar vários incêndios para encobrir o crime. Primeiro, Colby tentou usar um isqueiro para acender o fogo em um sofá no quarto dos fundos, enquanto Evan provocou outro incêndio no outro sofá para “encobrir as evidências”.

Cannon, a vítima

Os bombeiros, ao tentar apagar o incêndio, perceberam sangue na mesa do café e alguns respingos na parede, encontrando o corpo de Cannon no corredor que leva aos fundos do trailer. Os investigadores encontraram a carteira de Cannon jogada debaixo do sofá, porém, faltava sua carteira de motorista; e ainda encontraram um taco de beisebol debaixo do sofá.

Após estas descobertas, os investigadores pediram que Evan e sua mãe, Susan, fossem prestar depoimentos na delegacia. Em suas primeiras declarações, Evan negou ter ido ao trailer de Cannon e disse que estava vendo filmes naquela noite... disse não ter notado o incêndio no trailer de Cannon até a manhã quando viu os bombeiros no local... quando pedido para reconstituir suas ações a partir daquela manhã para trás, até a noite anterior, Evan ficou agitado e disse para ele que “esquecesse de tudo aquilo, porque não era verdade” - tudo o que ele havia dito anteriormente.

A partir de então, Evan disse que, naquela noite, Cannon foi até seu trailer para usar o telefone, e que ele foi até o trailer de Cannon onde encontrou alguns cartões que pareciam valer dinheiro... então, quando Cannon voltou mais tarde ao seu trailer para comer alguma coisa, Evan voltou ao trailer dele para pegar os cartões. Depois, por volta das 2 ou 3 da manhã, voltaram ao trailer de Cannon para beber cerveja e, conforme a noite avançava, Cannon ficou tão bêbado que tropeçou e bateu com seu nariz e o lábio sobre a mesa, e que, ao tentar ajudá-lo, Cannon o agarrou pelo pescoço; ele, então, empurrou Cannon que pegou um taco de beisebol e bateu no braço dele... Colby teria tomado o taco dele e Evan chutou o taco para debaixo do sofá, deu vários socos no rosto de Cannon antes de ver a carteira dele no chão e pegar os 300 dólares e sua carteira de motorista.

Segundo a perícia, a morte de Cannon foi causada por múltiplos traumas, fraturas da costelas e inalação de fumaça.

Em outubro de 2006, Colby se declarou culpado de homicídio qualificado e recebeu pena perpétua com possibilidade de condicional. Evan foi condenado por um júri composto na totalidade por mulheres que imaginaram do que ele seria capaz quando se tornasse um adulto. Evan foi condenado também à prisão perpétua, porém, sem possibilidade de condicional.

Evan foi diagnosticado com transtorno de conduta, transtorno antissocial e de personalidade... anteriormente já havia sido diagnosticado com depressão, transtorno desafiador opositivo, além de fingir ser doente mental, exibindo um comportamento narcisista e sem qualquer remorso. Nunca pediu desculpas e suas ações não demonstram qualquer remorso.

A partir deste julgamento (e do caso Kuntrell Jackson), foi enviada petição à Suprema Corte dos EUA para a declaração da inconstitucionalidade da “prisão perpétua” para “crianças” que cometem homicídios ou outros crimes que não envolvam matanças, o que foi à julgamento no dia 20 de junho de 2012... resultado: a Suprema Corte considerou INCONSTITUCIONAL sentenciar jovens à prisão perpétua sem liberdade condicional por homicídio, em uma decisão de 5-4, excluindo também a possibilidade de pena de morte para os mesmos.

Fonte: New York Daily News
           The Guardian
           Decatur Daily
           Murderpedia.org


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