Evan |
Aos
14 anos de idade, Evan e seu amigo, Colby Smith, de 16 anos, no dia
15 de julho de 2003, assassinaram seu vizinho, Cole Cannon, de 52
anos.
Segundo
os fatos narrados no recurso de apelação ao Tribunal de Apelações
Criminais do Estado do Alabama, Evan e Colby golpearam Cannon até
que ele perdesse suas forças e atearam fogo ao trailer onde Cannon
morava... sem qualquer socorro, o senhor veio a falecer por inalação
da fumaça no incêndio.
Colby
disse que conheceu Evan no ensino médio, há cerca de quatro ou
cinco meses antes do crime... naquela noite, ele foi passar a noite
no trailer de Evan e, por volta da meia-noite, Cannon pediu comida à
mãe de Evan, pois a sua tinha queimado. Colby disse que Cannon
parecia estar embriagado, assim como Evan e, enquanto a mãe de Evan
preparava um espaguete para Cannon, eles foram ao trailer deste
procurar drogas mas, como nada encontraram, furtaram algumas
figurinhas de beisebol e retornaram ao trailer de Evan.
Evan e Colby |
Quando
Cannon terminou de comer, retornou ao seu trailer, e Colby e Evan o
seguiram com a intenção de furtar o dinheiro de Cannon. Evan e
Colby fumaram um baseado, jogaram e beberam com Cannon até que ele
desmaiou no sofá. Com Cannon inconsciente, Evan roubou sua carteira,
o levou ao banheiro e dividiu pouco mais de 300 dólares com Colby...
quando Evan tentou colocar a carteira de volta no bolso de Cannon,
este agarrou Evan pela garganta. Colby pegou um taco de beisebol e
acertou a cabeça de Cannon, enquanto Evan aproveitou para golpear
com socos o rosto do homem e, depois, pegou o bastão e continuou a
atacar Cannon por várias vezes.
Em
seguida, pegou um lençol e colocou sobre a cabeça de Cannon e
disse: “Eu sou Deus, eu vim tirar sua vida” e o golpeou com o
bastão pela última vez. Retornaram ao trailer de Evan e, alguns
minutos depois, voltaram ao trailer de Cannon para tentar limpar o
sangue... sem sucesso, resolveram causar vários incêndios para
encobrir o crime. Primeiro, Colby tentou usar um isqueiro para
acender o fogo em um sofá no quarto dos fundos, enquanto Evan
provocou outro incêndio no outro sofá para “encobrir as
evidências”.
Cannon, a vítima |
Os
bombeiros, ao tentar apagar o incêndio, perceberam sangue na mesa do
café e alguns respingos na parede, encontrando o corpo de Cannon no
corredor que leva aos fundos do trailer. Os investigadores
encontraram a carteira de Cannon jogada debaixo do sofá, porém,
faltava sua carteira de motorista; e ainda encontraram um taco de
beisebol debaixo do sofá.
Após
estas descobertas, os investigadores pediram que Evan e sua mãe,
Susan, fossem prestar depoimentos na delegacia. Em suas primeiras
declarações, Evan negou ter ido ao trailer de Cannon e disse que
estava vendo filmes naquela noite... disse não ter notado o incêndio
no trailer de Cannon até a manhã quando viu os bombeiros no
local... quando pedido para reconstituir suas ações a partir
daquela manhã para trás, até a noite anterior, Evan ficou agitado
e disse para ele que “esquecesse de tudo aquilo, porque não era
verdade” - tudo o que ele havia dito anteriormente.
A
partir de então, Evan disse que, naquela noite, Cannon foi até seu
trailer para usar o telefone, e que ele foi até o trailer de Cannon
onde encontrou alguns cartões que pareciam valer dinheiro... então,
quando Cannon voltou mais tarde ao seu trailer para comer alguma
coisa, Evan voltou ao trailer dele para pegar os cartões. Depois,
por volta das 2 ou 3 da manhã, voltaram ao trailer de Cannon para
beber cerveja e, conforme a noite avançava, Cannon ficou tão bêbado
que tropeçou e bateu com seu nariz e o lábio sobre a mesa, e que,
ao tentar ajudá-lo, Cannon o agarrou pelo pescoço; ele, então,
empurrou Cannon que pegou um taco de beisebol e bateu no braço
dele... Colby teria tomado o taco dele e Evan chutou o taco para
debaixo do sofá, deu vários socos no rosto de Cannon antes de ver a
carteira dele no chão e pegar os 300 dólares e sua carteira de
motorista.
Segundo
a perícia, a morte de Cannon foi causada por múltiplos traumas,
fraturas da costelas e inalação de fumaça.
Em
outubro de 2006, Colby se declarou culpado de homicídio qualificado
e recebeu pena perpétua com possibilidade de condicional. Evan foi
condenado por um júri composto na totalidade por mulheres que
imaginaram do que ele seria capaz quando se tornasse um adulto. Evan
foi condenado também à prisão perpétua, porém, sem possibilidade
de condicional.
Evan
foi diagnosticado com transtorno de conduta, transtorno antissocial e
de personalidade... anteriormente já havia sido diagnosticado com
depressão, transtorno desafiador opositivo, além de fingir ser
doente mental, exibindo um comportamento narcisista e sem qualquer
remorso. Nunca pediu desculpas e suas ações não demonstram
qualquer remorso.
A
partir deste julgamento (e do caso Kuntrell Jackson), foi enviada
petição à Suprema Corte dos EUA para a declaração da
inconstitucionalidade da “prisão perpétua” para “crianças”
que cometem homicídios ou outros crimes que não envolvam matanças,
o que foi à julgamento no dia 20 de junho de 2012... resultado: a
Suprema Corte considerou INCONSTITUCIONAL sentenciar jovens à prisão
perpétua sem liberdade condicional por homicídio, em uma decisão
de 5-4, excluindo também a possibilidade de pena de morte para os
mesmos.
Fonte:
New York Daily News
The
Guardian
Decatur
Daily
Murderpedia.org
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