domingo, 11 de maio de 2014

ELISA BAKER



Esta não chega a ser uma serial killer mas, pelo crime cometido, ganhou esse lugar de “destaque” entre tão distintas figuras...

A história diz respeito à Zahra Baker, nascida em 16 de novembro de 1999, em Wagga Wagga, Austrália, considerada desaparecida em 9 de outubro de 2010, com apenas 10 anos de idade. Por causa da natureza horrenda do crime e da série de eventos que antecederam sua morte, o caso teve repercussão mundial.

Filha do casal Emily Dietrich e Adam Baker, sua mãe teve depressão pós-parto e desistiu da custódia em favor do marido, Adam, que se mudou para Giru, Queensland, em 2004, para trabalhar em uma usina de açúcar. Zahra foi diagnosticada com câncer ósseo em 2005, sofrendo, mais tarde, metástase para o pulmão. Em consequência, teve a perna amputada e perda auditiva.

Zarah

Adam conheceu Elisa Fairchild através de um site na internet – ela morava no oeste da Carolina do Norte. Ela visitou Adam em Queensland e rapidamente se casaram... ela já havia se casado seis vezes e Adam ainda era casado na época. O câncer de Zahra começou a diminuir em 2008, pouco antes de sua mudança para os Estados Unidos com seu pai e a madrasta.

Já na Carolina do Norte, após alguns meses, eles se estabeleceram definitivamente em Hickory, onde Zahra frequentou a escola pública até que ela deixou de ir à escola passando a ser educada em casa – o que não se sabe ao certo se aconteceu. Muitos vizinhos alegaram ter visto que Elisa abusava fisicamente e mentalmente, além de negligenciar a menina. Dois professores visitaram Zahra após ela ter aparecido no colégio com um olho roxo em uma escola pública de Hudson, quando ela estava na quarta série.

Antes da morte de Zahra, o Serviço de Proteção à Criança, tanto do condado de Caldwell quanto de Catawba, fizeram várias visitas à residência da menina, onde eles moraram antes de se estabelecer em Hickory.

A "família feliz"

Também foram encontrados relatos de comportamento abusivo por parte de Elisa contra seus próprios filhos, datados de 1999... ela tem 3 crianças de dois relacionamentos diferentes: uma filha nascida fora do casamento e um casal de filhos de um casamento anterior.

No dia 9 de outubro de 2010, às 5h30, Elisa fez uma chamada para o 911 relatando um incêndio na parte de trás de sua residência... quando a polícia chegou, encontrou uma nota com um pedido de resgate e um cheiro de gasolina vindo do caminhão da empresa onde Adam trabalha.

Duas horas depois, em um segundo telefonema para o 911, Zahra é considerada desaparecida. Segundo Adam, na noite anterior ao incêndio, foi encontrada essa nota de resgate no valor de 1 milhão de dólares dirigida ao chefe dele e que os supostos sequestradores devem ter confundido sua filha com a filha do Sr. Coffey – seu chefe. Provavelmente, o fogo teria sido para distraí-los e poder sequestrar a menina.

Durante as investigações, Elisa falhou no teste do polígrafo ao ser perguntada “se ela teria machucado Zahra”, “se ela sabia de alguém que poderia ter prejudicado Zahra” e “se ela sabia quem escreveu o bilhete de resgate”.

Elisa, no Tribunal

No dia 10 de outubro de 2010, cães de busca e salvamento deram alertas positivos ao cheiro de restos humanos nos carros da família Baker. Neste mesmo dia, Elisa foi presa por vários crimes que incluíam ameaças, cheques sem fundos, furto e condução com licença revogada, todos crimes sem relação com a morte de Zahra. Também foi presa, acusada por obstrução da justiça, depois de admitir que escreveu o bilhete de resgate, induzindo a polícia a erro.

No final do mês de outubro, a filha de Elisa, Âmbar Fairchild, testemunhou em audiência que sua mãe lhe disse que estava pensando em sair da Carolina do Norte um dia antes de ser presa, e que sua mãe estava envolvida em um relacionamento online com um homem da Inglaterra, que tinha enviado milhares de dólares.

Uma tia de Elisa, Buzzie Winkler, disse aos jornalistas que ela tinha confessado que Zahra morreu depois de estar doente por duas semanas e que ela e Adam tinham desmembrado a menina e escondido os restos mortais. Depois, Elisa confessou o crime, mas disse que Adam desmembrou a menina sozinho, após sua morte, e que os dois esconderam seus restos mortais. Elisa também disse à polícia que Zahra morreu em 24 de setembro, mas só teria anunciado seu desaparecimento no dia 9 de outubro.

O dono de um site que escreve sobre serial killers, Eric Gein, usou um nome falso para escrever à Elisa na cadeia que, ao responder, compartilhou algumas informações. Disse em uma das cartas: “nós realmente não a matamos, mas o que ele fez depois do fato é meio apavorante... ele me deixa com medo”.

Elisa disse ao seu advogado onde poderiam encontrar possíveis provas relativas à morte de Zahra, como, que a prótese de perna de Zahra foi deixada em uma lixeira, em Hickory... a mesma foi encontrada no final de outubro em uma estrada no condado de Caldwell, a poucos quilômetros de uma antiga residência de Elisa. Em novembro de 2010, Elisa começou levando a polícia a diferentes áreas em Catawba e no Condado de Caldwell localizando os restos dispersos de Zahra... mas sua cabeça não foi encontrada. Elisa disse que jogou o colchão de Zahra em uma caçamba de lixo, encontrada posteriormente em um aterro sanitário.

Elisa também levou a polícia a outra lixeira, atrás de uma mercearia em Hudson, onde ela e Adam teriam despejado uma tampa do carro e a cama, usada para esconder e transportar Zahra, e que também poderiam encontrar partes do corpo de Zahra no sifão da banheira e que luvas de plástico que ela usou também seriam encontrados.

No dia 12 de outubro de 2010, um informante disse à polícia que um homem tinha dito que Zahra esteve na casa de um parente dele com sua mãe, “Elisa”, e que ele precisava fugir da cidade porque havia feito algo muito ruim... este homem disse que ele e um segundo homem estupraram a menina. O segundo homem era amante de Elisa e que, após o estupro, ele bateu muito na cabeça de Zahra. Os investigadores estiveram na referida casa e encontraram um colchão no chão do pátio lateral, com uma grande mancha escura no meio do colchão... o “dono” do colchão disse que tinha urinado sobre ele e, por isso, o colchão estava com a mancha escura... o colchão foi apreendido como evidência.

Uma vez que nenhuma causa da morte pode ser determinada, considerou-se como “homicídio violento indeterminado”. Elisa disse à polícia que ela e Adam eliminaram juntos os restos de Zahra, porém, de acordo com torres de telefonia celular, ela estava na área onde os restos mortais foram encontrados, Adam não... os investigadores acreditam que Elisa teria assassinado e desmembrado a menina no dia 24 de setembro, eliminado seus restos no dia seguinte... Elisa foi indiciada por assassinato em segundo grau com as seguintes circunstâncias agravantes, no dia 22 de fevereiro de 2011, em Catawba:

seu histórico de abusos físicos, verbais e psicológicos à criança;
escondeu a criança de sua família, antes e depois do crime;
profanou o corpo de Zahra para impedir a investigação de assassinato;
Zahra era jovem e fisicamente doente/deficiente;
Elisa se aproveitou de sua posição de confiança.

Se não tivesse confessado e conduzido os policiais aos restos de Zahra, Elisa responderia por assassinato em primeiro grau. Adam negou qualquer envolvimento e os policias não encontraram qualquer evidência que pudesse incriminá-lo. O crânio de Zahra foi encontrado no dia 21 de fevereiro de 2012.

Elisa Baker foi condenado à 18 anos de prisão no dia 14 de setembro de 2011 e, em 2013, a mais 10 anos por acusações relacionadas à drogas.

Fonte: Murderpedia.org
           TruTV.com
           Huffington Post


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