domingo, 8 de junho de 2014

JOHNNY FRANK GARRETT - Anjos assassinos



A freira Tadea Benz, de 76 anos, dormia em seu quarto no segundo andar do Convento de São Francisco, em Amarillo, na noite de Halloween, em 1981, quando Johnny Frank Garrett, de 17 anos, entrou... ele a estuprou e sufocou até a morte. Segundo ele, a freira recitou uma oração durante o ataque.

No dia 11 de fevereiro de 1992, um mês depois de ganhar um indulto do governador, Garrett foi executado por injeção letal, após o Supremo Tribunal de Justiça rejeitar três recursos, um destes cerca de uma hora antes da execução.

O caso ganhou notoriedade porque Garrett foi considerado portador de deficiência mental severa e por cometer o crime com 17 anos de idade.

Suas últimas palavras foram: “Eu gostaria de agradecer à minha família por me amar e cuidar de mim... e o resto do mundo pode beijar minha bunda”.

O histórico de Garrett cooperava para o que se transformou: na juventude, foi estuprado por seu padrasto que, em seguida, ofereceu o menino para outro homem. Aos 14 anos de idade, foi forçado a realizar atos sexuais bizarros e participar de filmes pornográficos homossexuais. Se envolveu com álcool e drogas por influência dos membros de sua família desde os 10 anos e, posteriormente, foi submetido a graves abusos de substâncias que provocaram sérios danos em seu cérebro.



Era regularmente espancado e, em uma ocasião, foi colocado sobre um queimador de fogão, resultando em cicatrizes graves.

Tais informações não foram disponibilizados para o júri. Especialistas em saúde mental que o examinaram, entre 1982 e 1986, concluíram que Garrett foi extremamente prejudicado mentalmente, tinha psicopatia crônica e cérebro danificado resultado de várias lesões graves na cabeça, sofridas na infância. Um dos especialistas descreveram o caso como “uma das piores histórias de abuso e negligência que encontrou em mais de 28 anos de profissão”.

Trinta dias antes da execução, o Papa João Paulo II e as freiras do convento onde a vítima foi assassinada fizeram um pedido de clemência ao governador – o que resultou apenas no adiamento da execução, que veio efetivamente a ocorrer.

Até onde se sabe, em 2004, o advogado de Garrett, Jesse Quackenbush, ainda tentava (ou tenta) provar sua inocência... Garrett nunca assinou uma confissão e, segundo o defensor, evidências foram ignoradas e provas manipuladas.

De acordo com Jesse, 3 meses antes do assassinato da freira no convento, outra senhora de 77 anos foi assassinada a mesma forma, o que fazia com que os detetives pensassem que se tratava do mesmo assassino. Na cena do crime, foram encontrados fios de cabelo preto – Garrett tinha o cabelo castanho. Na época, a polícia chegou a prender um homem hispânico que estuprou e bateu em cerca de dez mulheres. Além disso, amostras de sêmen encontradas no local do crime foram descartadas... desculpa do patologista forense para isso: “ninguém (me) disse que eu deveria guardá-las...”.

Em conclusão, há fortes possibilidades de que não tenha sido Garrett... talvez, mais um inocente executado.

Fonte: Murderpedia.org


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